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domingo, 26 de julho de 2015

A reencarnação não é um castigo, mas uma bênção


Embora combatida por boa parte dos modernos seguidores do Cristianismo, a ideia no tocante à reencarnação remonta à mais alta Antiguidade e teve partidários ilustres, como Pitágoras, que a hauriu entre os hindus e os egípcios, Sócrates e Platão. Aliás, já à época de Sócrates – que viveu alguns séculos antes do advento do Cristianismo – era conhecida a doutrina da escolha das provas, que podemos verificar em Platão, em sua alegoria do Fuso da Necessidade, na qual o conhecido filósofo imagina um diálogo entre Sócrates e Glauco.
A reencarnação é, como já dissemos inúmeras vezes, um dos princípios fundamentais da doutrina espírita. Seu objetivo é muito claro: como todos os Espíritos têm como meta atingir a perfeição, Deus lhes faculta os meios de alcançá-la, proporcionando a todos a possibilidade de realizar em novas existências corporais o que não pôde ser feito numa primeira oportunidade. Ninguém volta ao cenário terráqueo por castigo. Ao contrário. A reencarnação é uma bênção, sobretudo quando é aflitiva, no plano espiritual, a situação do Espírito culpado.
A tese da existência das vidas sucessivas encontra-se presente também no âmago das grandes religiões do Oriente, e não apenas na obra de filósofos importantes, como os mencionados.
Oriunda da Índia, essa ideia espalhou-se pelo mundo e, antes de terem aparecido os grandes reveladores dos tempos históricos, já era formulada nos Vedas. O Bramanismo e o Budismo nela se inspiraram, o Egito e a Grécia também a adotaram e vê-se que, encoberta às vezes por um simbolismo mais ou menos obscuro, esconde-se por toda parte a ideia das vidas sucessivas.
Segundo os clássicos do Espiritismo, o meio de comprovação da reencarnação mais completo é, sem dúvida, a recordação das existências passadas.
Às vezes isso se dá espontaneamente, na idade infantil, fato que deu origem à expressão memória extracerebral, objeto de pesquisas por experimentadores que se tornaram mundialmente conhecidos, como os professores Hemendra Nath Banerjee e Ian Stevenson.  Stevenson legou-nos um clássico na matéria, o livro “20 casos sugestivos de reencarnação”.
Atualmente, uma das pesquisadoras de renome de casos semelhantes que sugerem a reencarnação é Carol Bowman, objeto de um dos editoriais da revista “O Consolador”, intitulado “Ivanova, Carol Bowman e as vidas sucessivas”. Eis o link que permite acessá-lo: http://www.oconsolador.com.br/ano6/263/editorial.html
A recordação de existências passadas pode ser também provocada. Léon Denis, na obra “O problema do ser, do destino e da dor”, relata diversas experiências de regressão de memória em que o sujet alude a existências passadas vividas na Terra. Dentre os relatos constantes da referida obra, é digna de nota a experiência narrada durante o Congresso Espírita de Paris em 1900 por experimentadores espanhóis. Um deles, Fernandes Colavida, presidente do Grupo de Estudos Psíquicos de Barcelona, referiu ali ter magnetizado um determinado indivíduo que, além de regredir à juventude e infância, contou como foi sua vida no Plano Espiritual e em quatro encarnações anteriores.
Vê-se, à vista disso, que a regressão da memória a vidas passadas não surgiu com Morris Netherton, um dos pais da TVP, – terapia das vidas ou vivências passadas, – que tem, por sinal, inúmeros seguidores no Brasil e no exterior.


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