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quarta-feira, 22 de julho de 2015

Pílulas gramaticais (162)


O uso da crase oferece, para muitas pessoas, uma dificuldade que é, contudo, típica da linguagem escrita.
Lembremos o que nos ensina a Gramática.
Crase indica a fusão de duas letras “a”.
A primeira letra é sempre uma preposição (a); a segunda é geralmente um artigo definido (a), mas pode ser também um pronome demonstrativo iniciado pela letra a (aquela, aquele, aquilo etc.).
Exemplos:
- Neste verão voltaremos à (preposição a + artigo a) cidade em que nascemos.
- O processo voltou à (prep. a + art. a) situação inicial.
- Não me refiro àquele (prep. a + pronome demonstrativo aquele) homem.
Não cabe, pois, crase antes de palavra masculina ou de verbo:
- Vamos a pé.
- Andei muito a cavalo.
- Saí a pescar.
- João voltou a fumar.

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Deve-se usar a crase também nestes casos:
1) na indicação de horas quando estas são determinadas: O avião chegará às 17 horas. Estarei lá às 14 horas.
2) em determinadas locuções: às vezes, à risca, à noite, à direita, à custa de, às pressas, à espera etc.
3) nas locuções que indicam instrumento ou meio: à faca, à máquina, à bala, à vista, à toa, à tinta etc.
4) antes dos pronomes relativos “que”, “qual” e “quais”, na referência a pessoas ou palavras femininas: Eis a atriz à qual me referi. Esta casa é semelhante à que vimos no filme. Não gostaria de enfrentar situações iguais às que deparei no passado.
Dada a complexidade do assunto, voltaremos a ele em nossas próximas edições.


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