O uso da
crase oferece, para muitas pessoas, uma dificuldade que é, contudo, típica da
linguagem escrita.
Lembremos o
que nos ensina a Gramática.
Crase indica
a fusão de duas letras “a”.
A primeira
letra é sempre uma preposição (a); a segunda é geralmente um artigo definido (a),
mas pode ser também um pronome demonstrativo iniciado pela letra a (aquela,
aquele, aquilo etc.).
Exemplos:
- Neste verão
voltaremos à (preposição a + artigo a) cidade em que nascemos.
- O processo
voltou à (prep. a + art. a) situação inicial.
- Não me
refiro àquele (prep. a + pronome demonstrativo aquele) homem.
Não cabe,
pois, crase antes de palavra masculina ou de verbo:
- Vamos a pé.
- Andei muito
a cavalo.
- Saí a
pescar.
- João voltou
a fumar.
*
Deve-se usar
a crase também nestes casos:
1) na
indicação de horas quando estas são determinadas: O avião chegará às 17 horas.
Estarei lá às 14 horas.
2) em
determinadas locuções: às vezes, à risca, à noite, à direita, à custa de, às
pressas, à espera etc.
3) nas
locuções que indicam instrumento ou meio: à faca, à máquina, à bala, à vista, à
toa, à tinta etc.
4) antes dos
pronomes relativos “que”, “qual” e “quais”, na referência a pessoas ou palavras
femininas: Eis a atriz à qual me referi. Esta casa é semelhante à que vimos no
filme. Não gostaria de enfrentar situações iguais às que deparei no passado.
Dada a
complexidade do assunto, voltaremos a ele em nossas próximas edições.
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