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quinta-feira, 13 de agosto de 2015

Pérolas literárias (111)


Morrer

João de Deus

Não mais a dor intensa e desmedida
No momento angustioso de morrer,
Nem o pranto pungente por se ver
Um ser amado em horas da partida!...

A morte é um sono doce; basta crer
Na Paz do Céu, na Terra apetecida,
Para se achar o Amor, a Luz e a Vida,
Onde há trégua à tristeza e ao padecer.

Venturosa região do espaço além,
Onde brilha a Verdade e onde o Bem
É o fanal reluzente que conduz;

Mansão de claridade e pulcritude
Onde os bons, que adoraram a Virtude,
Gozam do afeto extremo de Jesus.



Nascido em 1830 em São Bartolomeu de Messines, Portugal, João de Deus desencarnou em 1896. O soneto acima integra o Parnaso de Além-Túmulo, obra psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier.



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