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segunda-feira, 30 de novembro de 2015

As mais lindas canções que ouvi (166)



Estrada do Sol

Tom Jobim e Dolores Duran


É de manhã, vem o sol,
mas os pingos da chuva que ontem caiu
ainda estão a brilhar,
ainda estão a dançar
ao vento alegre que me traz esta canção.
É de manhã, vem o sol,
mas os pingos da chuva que ontem caiu
ainda estão a brilhar,
ainda estão a dançar
ao vento alegre que me traz esta canção.
Quero que você me dê a mão,
vamos sair por aí,
sem pensar no que foi que sonhei,
que chorei,
que sofri,
pois a nossa manhã já me fez esquecer,
me dê a mão, vamos sair
pra ver o sol...

É de manhã, vem o sol,
mas os pingos da chuva que ontem caiu
ainda estão a brilhar,
ainda estão a dançar
ao vento alegre que me traz esta canção.
Quero que você me dê a mão,
vamos sair por aí,
sem pensar no que foi que sonhei,
que chorei, que sofri,
pois a nossa manhã já me fez esquecer,
me dê a mão, vamos sair
pra ver o sol...
O sol...
O sol.


Você pode ouvir a canção acima, na interpretação das cantoras abaixo, clicando nos links respectivos:




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domingo, 29 de novembro de 2015

O Espiritismo nos pede uma espécie permanente de caridade: sua própria divulgação


É bem conhecida a observação feita por Jesus de que não devemos colocar a candeia debaixo do alqueire.
Certa vez, antes de uma palestra sobre esse tema, presentes muitas pessoas de instrução mediana, o orador procedeu a uma ligeira enquete e descobriu que a maioria das pessoas que ali se encontravam não sabia o significado da palavra candeia(1) e menos ainda da palavra alqueire(2). O desconhecimento é, no caso, perfeitamente justificável, porque são palavras que as pessoas raramente utilizam e poucos palestrantes têm o cuidado de explicá-las.
A frase dita por Jesus nós a encontramos no seguinte trecho do Evangelho segundo Mateus, que faz parte do conhecido Sermão da Montanha:

“Vós sois a luz do mundo; não se pode esconder uma cidade edificada sobre um monte; nem se acende a candeia e se coloca debaixo do alqueire, mas no velador, e dá luz a todos que estão na casa. Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai, que está nos céus.” (Mateus, 5:14-16.)

Comentando o tema, Allan Kardec inseriu em sua obra duas informações que vale a pena destacar, dada a sua importância:

O poder de Deus se manifesta nas mais pequeninas coisas, como nas maiores. Ele não põe a luz debaixo do alqueire, por isso que a derrama em ondas por toda a parte, de tal sorte que só cegos não a veem. (O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. VII, item 9.)

Dá-se com os homens, em geral, o que se dá em particular com os indivíduos. As gerações têm sua infância, sua juventude e sua maturidade. Cada coisa tem de vir na época própria; a semente lançada à terra, fora da estação, não germina. Mas, o que a prudência manda calar, momentaneamente, cedo ou tarde será descoberto, porque, chegados a certo grau de desenvolvimento, os homens procuram por si mesmos a luz viva; pesa-lhes a obscuridade. Tendo-lhes Deus outorgado a inteligência para compreenderem e se guiarem por entre as coisas da Terra e do céu, eles tratam de raciocinar sobre sua fé. É então que não se deve pôr a candeia debaixo do alqueire, visto que, sem a luz da razão, desfalece a fé. (Obra citada, cap. XXIV, item 4.)

O tema diz respeito, como é fácil compreender, à necessidade de divulgação das verdades que, ensinadas por Jesus ou pelo Espiritismo, podem concorrer para o aprimoramento moral das pessoas e, por consequência, do mundo em que vivemos.
Num texto intitulado “Socorro oportuno”, psicografado por Francisco Cândido Xavier e constante do livro Estude e Viva, Emmanuel referiu-se de modo explícito ao assunto:

“Sensibiliza-te diante do irmão positivamente obsidiado e esmera-te em ofertar-lhe o esclarecimento salvador com que a Doutrina Espírita te favorece.
Bendito seja o impulso que te leva a socorrer semelhante doente da alma; entretanto, reflete nos outros, os que se encontram nas últimas trincheiras da resistência ao desequilíbrio espiritual.
Por um alienado que se candidata às terapias do manicômio, centenas de fronteiriços da obsessão renteiam contigo na experiência cotidiana. Desambientados num mundo que ainda não dispõe de recursos que lhes aliviem o íntimo atormentado, esperam por algo que lhes pacifiquem as energias, à maneira de viajores tresmalhados nas trevas, suspirando por um raio de luz... Marchavam resguardados na honestidade e viram-se lesados a golpes de crueldade, mascarada de inteligência; abraçaram tarefas edificantes e foram espancados pela injúria, acusados de faltas que jamais seriam capazes de cometer; entregaram-se, tranquilos, a compromissos que supuseram inconspurcáveis e acabaram espezinhados nos sonhos mais puros; edificaram o lar, como sendo um caminho de elevação, e reconheceram-se, dentro dele, à feição de prisioneiros sem esperança; criaram filhos, investindo em casa toda a sua riqueza de ideal e ternura, na expectativa de encontrarem companheiros abençoados para a velhice, e acharam-se relegados a extremo abandono; saíram da juventude, plenos de aspirações renovadoras e toparam enfermidades que lhes atenazam a vida... E, com eles, os que se acusam desajustados, temos ainda os que vieram do berço em aflição e penúria, os que se emaranharam em labirintos de tédio, por demasia de conforto, os que esmorecem nas responsabilidades que esposaram e os que carregam no corpo dolorosas inibições...
Lembra-te deles, os quase loucos de sofrimento, e trabalha para que a Doutrina Espírita lhes estenda socorro oportuno. Para isso, estudemos Allan Kardec, ao clarão da mensagem de Jesus Cristo, e, seja no exemplo ou na atitude, na ação ou na palavra, recordemos que o Espiritismo nos solicita uma espécie permanente de caridade – a caridade da sua própria divulgação.” (Estude e Viva, cap. 40, obra publicada pela FEB no ano de 1965.) (Negritamos.)

Em face de todo o exposto e do que escreveu Emmanuel, cremos que não seja preciso acrescentar mais nada acerca da importância da divulgação do Evangelho e dos ensinamentos espíritas, a não ser esta pequena proposição: – Se tais lições nos fazem tão bem, por que não as dividir com o próximo?


(1) Candeia (do latim candela, 'vela de sebo ou de cera') designa a vela de cera ou um pequeno aparelho de iluminação, que se suspende por um prego, com recipiente de folha-de-flandres, barro ou outro material, abastecido com óleo, no qual se embebe uma torcida. O mesmo que candela, candil ou lamparina.

(2) Alqueire (do árabe al-kayl, 'medida de cereais') designa o recipiente de grãos de cereais, com capacidade de 36,27 litros. A palavra é utilizada também como medida de superfície agrária que equivale a 4,84 hectares em Minas Gerais, Rio de Janeiro e Goiás e a 2,42 hectares em São Paulo.



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sábado, 28 de novembro de 2015

Destaques da semana da revista “O Consolador”


Dificuldades intransponíveis no tocante à utilização de e-mails para divulgação dos destaques semanais da revista O Consolador obrigaram-nos a modificar o esquema que durante meses funcionou perfeitamente.
Em face disso, comunicamos aos leitores que os destaques semanais desta revista serão sempre postados neste blog, todos os sábados, exatamente às 17 horas, como fazemos agora.
A seguir, os destaques da edição 442:
Link que remete à edição 442, de 29 de novembro, da revista O CONSOLADOR:
O médico Vlamir Orlando Berti Pereira, de Cascavel (PR), é o nosso entrevistado.
Controle da concordância universal do ensino dos Espíritos, eis o tema do Especial escrito por Leonardo Marmo Moreira.
Em Caxias do Sul (RS) Divaldo Franco falou, de novo, a um público imenso e caloroso.
“O desalento juvenil e suas causas” é o título e o tema do nosso editorial.
Foi lançado pela EVOC, dia 27, o e-book “Vida e verso se misturam”, de Cláudio Bueno da Silva.
Saiba o que ocorre nesta semana no movimento espírita brasileiro.
Anote e acompanhe os eventos espíritas internacionais desta semana.
Que é erraticidade? podemos afirmar que todos os Espíritos desencarnados são errantes? 
Quem foram os precursores do Espiritismo? onde e quando viveram?
“Perseverai no bem e não vacileis”, propõe-nos Dr. Bezerra de Menezes.
Christina Nunes: “Nossos irmãos menores.”
É verdade que o fluido vital pode ser transmitido de uma pessoa a outra?
Cláudio Bueno da Silva: “A urgência da caridade moral.”
Como podem evoluir as almas dos animais que são mortos prematuramente?
Emmanuel nos pede e diz o porquê: “Acorda e segue.”
Felinto Elízio Duarte Campelo: “Coisas da Terra e do Céu.”
Que aconselha André Luiz com respeito aos funerais e aos velórios?
Ivomar Schüler da Costa: “Caridade: uma espécie de bem.”
Pode ocorrer nos casos de suicídio a participação de obsessores?
“Deus quer primeiro que seus filhos sejam bons, depois que creiam n´Ele.” (Chico Xavier)
Jorge Leite de Oliveira: “As Vidas de Jésus Gonçalves.”
Hilário ou hilariante – qual o correto?
Marcus Braga: “Puxão de orelha dos Espíritos.”
Que tal um dicionário on-line de fraseologia em esperanto?
“A Leoa e a gruta”, outra linda e instrutiva história contada por Meimei.
Rogério Coelho: “Alerta ao movimento espírita!”
“Confortinho” é o título de outro belo e jocoso soneto de Cornélio Pires.
Wellington Balbo: “Se eu desencarnar, farei falta ao centro espírita onde trabalho?”

Caim, Caim, que fizeste do teu irmão?!


JORGE LEITE DE OLIVEIRA
jojorgeleite@gmail.com
De Brasília-DF

Hoje estou muito triste. Quinze dias atrás, cento e trinta irmãos nossos, franceses, foram cruel e covardemente assassinados sem qualquer chance de defesa. Seu crime foi o de viver e tentar ser felizes.
Essas pessoas tinham famílias e projetos de vida em um mundo pacífico, sem guerras, sem violências, sem fanatismos que deturpam o verdadeiro sentido das religiões: religar o ser criado ao seu Criador, cujo propósito jamais foi o de exterminar suas criaturas, ou de lançá-las umas contra as outras, como feras a se entredevorarem, mas sim o de lhes dar a vida em abundância para serem felizes.
Essas pessoas eram filhas, eram filhos, eram mães, eram pais e tinham parentes que as aguardavam em seu lar. Trabalhavam, estudavam, divertiam-se, amavam e eram amadas. Em suas folgas, buscavam entreter-se sem causar mal algum a seu próximo. Não tinham inimigos. Não tinham nada a ver com o extremismo religioso de bárbaros assassinos, desequilibrados mentalmente, que deturpam os ensinamentos dos verdadeiros profetas de Deus, os quais nos recomendam nos amar como filhos que somos de um mesmo Pai espiritual, seres eternos que somos, criados para a perfeição e não para a destruição. Talvez essas vítimas indefesas nem mesmo tivessem religião, mas eram boas e não faziam mal a ninguém...
Esses nossos irmãos franceses, assim como milhares de outros cidadãos que morrem brutalmente assassinados, em especial nos países como o nosso, em que a maioria da população não tem a mínima proteção do bem maior, a vida, precisam de nossas orações... e ações. Ações que não sejam meramente retributivas do mal com o mal, mas sim educativas.
Quem agride, mesmo sabendo que, por sua vez, será agredido; quem mata, mesmo sabendo que será morto; quem odeia, mesmo tendo consciência de que será odiado também se odeia, está enfermo da alma e, portanto, precisa de tratamento psiquiátrico, de estímulo à própria vida, de esclarecimentos sobre as leis imutáveis que regem os nossos atos, neste mundo, e sobre as consequências para quem as viola, quaisquer que sejam as suas justificativas.
Oremos, portanto, amigos, não somente por essas tristes vítimas barbaramente mortas, covardemente assassinadas, mas por toda a humanidade. Um dia todos entenderão que somente a educação de qualidade, o amor, a honestidade e a ação no bem são as forças indestrutíveis que nos farão felizes para sempre.
Mas não nos olvidemos de vigiar nossos pensamentos, palavras e atos, além de recordar sempre o aviso de um jovem galileu a seu discípulo que mais o amava e que, desembainhando sua espada, cortou a orelha de um dos carrascos do seu Mestre: 
— Pedro, embainha tua espada, pois todos os que lançarem mão da espada à espada morrerão (Mateus, 26:51-52).
Em outra passagem do seu Evangelho de Amor, lembrou-nos o Cristo que não devemos temer os que matam o corpo, mas sim Aquele que tem poder para nos lançar no fogo simbólico do inferno de nossas almas culpadas (Lucas, 12:4-5). Esses nossos irmãos mal informados que julgam que estarão nos braços de Deus, ao se destruírem, após fazerem o mesmo com seu próximo, na realidade estão cavando, para si mesmos, um inferno que, se não é eterno, nem por isso mesmo é menos terrível, o da consciência culpada.
Homem, Deus está em tua consciência. Onde teu espírito estiver, ela, ferida por tua ignorância, repetirá, milhões de vezes, até que o arrependimento do mal que praticaste se desfaça pela reparação e pelo teu sincero desejo de praticar o bem:
— Caim, Caim, que fizeste do teu irmão?!




sexta-feira, 27 de novembro de 2015

Qual o local ideal para ministrarmos o passe?


Alguém nos pergunta se há algum inconveniente na aplicação de passes fora da Casa espírita e em pessoas alcoolizadas.
Como medida socorrista de emergência, o passe pode ser, sim, ministrado em qualquer lugar, desde que observadas as condições indispensáveis à sua eficácia.
Excetuada tal situação, pensamos como Divaldo Franco (Diretrizes de Segurança, pergunta 81) e Roque Jacintho (Passe e passista, cap. 16), que são categóricos quanto ao assunto: os passes ministrados no lar da pessoa devem ocorrer somente em casos excepcionais, quando o indivíduo não reunir condições de ir a uma Casa espírita.
Com relação aos alcoólatras, é preciso lembrar que aqueles que buscam curar-se do alcoolismo podem e devem ser auxiliados com o passe, mas este será mais eficaz se ministrado na Casa espírita, porque, indo ao Centro espírita, eles se desligam do recinto doméstico onde perduram suas formas-pensamentos enfermiças.
Se o indivíduo é alcoólatra e no momento do passe se encontra alcoolizado, devemos lembrar o ensinamento constante do livro Mecanismos da Mediunidade, p. 148, o qual nos informa que maior eficácia terá o passe quanto mais intensa for a adesão do paciente.



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quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Pérolas literárias (126)


Trabalha agora

Auta de Souza

Pondera o tempo – mar em que navegas,
Invisível apoio que te escora.
Não te afundes no abismo, senda afora,
Nem prossigas, em vão, tateando às cegas.

Glórias, delitos, lágrimas, refregas,
Tudo é feito no tempo, de hora a hora...
Estende o amor e a paz, semeando agora
As riquezas do tempo que carregas!

Inda que a dor te oprima e o mal te afronte,
Vive, qual novo dia do horizonte,
Sem que a névoa do mundo te abastarde...

Hoje! Trabalha agora, em cada instante;
Agora! Trilha aberta ao sol triunfante!...
Muitas vezes, depois é muito tarde!...



Auta de Souza nasceu em Macaíba, Rio Grande do Norte, em 12/9/1876 e faleceu em Natal, no mesmo Estado, em 7/2/1901. O soneto acima integra o livro Antologia dos Imortais, obra psicografada pelos médiuns Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira.




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quarta-feira, 25 de novembro de 2015

Pílulas gramaticais (180)


O verbo acontecer, que significa suceder de repente, inesperadamente, está bem usado em orações como estas:
- O fato aconteceu há 45 anos.
- Se algo lhe acontecer, tenha fé.
- Tudo acontece em Brasília.
- Isso não aconteceria se tivéssemos sido avisados.
- Como aconteceu isto?
- Nada acontece sem que Deus saiba.
- Que aconteceu na cidade?

Não devemos, porém, utilizar esse verbo com o sentido de realizar-se, ocorrer, verificar-se. Evitemos, portanto, escrever:
- A palestra acontece hoje.
- Não aconteceu a falta.
- O debate acabou não acontecendo.
- O show aconteceu como previsto.

Estas quatro orações ficarão melhor assim:
- A palestra realiza-se hoje.
- Não existiu a falta.
- O debate acabou não se realizando.
- O show realizou-se como previsto.

*

Em face do Acordo ortográfico firmado recentemente pelo Brasil, o alfabeto português voltou a ter 26 letras, com a reintrodução das letras k, w e y.

As letras k, w e y devem, no entanto, ser usadas em alguns casos restritos:
a) na escrita de símbolos de unidades de medida: km (quilômetro), kg (quilograma), W (watt);
b) na escrita de palavras e nomes estrangeiros (e seus derivados): show, playboy, playground, windsurf, kungfu, yin, yang, William, kaiser, Kafka, kafkiano.

Evidentemente, as palavras já aportuguesadas permanecem como eram escritas antes da vigência do Acordo, a exemplo de quilo, uísque, quilômetro etc.



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terça-feira, 24 de novembro de 2015

A paz dos meus dias


CÍNTHIA CORTEGOSO
De Londrina-PR

Só desejo a paz dos meus dias, nenhuma ilusão, só essa paz, a simplicidade feliz dos meus dias, pois se o coração é capaz de se encontrar assim é porque já pratica o nobre aprendizado do amor, está bem mais sob a luz que a penumbra dos desacertos, no entanto, a luz é eterna e a bondade do Senhor, idem. São os nossos pés que precisam caminhar.
Diante do presente quase passado – visto a rapidez com que o tempo desatina devido aos inúmeros compromissos, prazos, tantos deles para o preenchimento de um coração com sede do verdadeiro sentido da existência –, a vida passa e naturalmente muito mais oportunidade se perde do que se aproveita. Mas a simplicidade é tão nobre. Tudo o que é notável e necessário começa por questões tão singelas.
É curioso que quem se autodenomina pleno de energia para grandes lutas, desassossego, intempéries, duras conquistas, de fato, no cantinho mais importante do seu coração, quer a paz dos seus dias, quer a calma amorosa. A experiência, quando apreendida, e os anos vivenciados nos encaminham adiante para o que realmente preenche esse cantinho que quer ser inteiro.
Se conseguirmos parar um pouco para observarmos como estão os vasinhos de flores colocados em nossa jardineira durante cada estação, para uma boa parte de corações haverá mais ausência de perfume e cores. Mas a jardineira existe assim como as flores para se valerem.
Menos tempo de frente com os olhos virtuais e mais com os presenciais humanos; menos preocupação com a materialidade e mais compromisso com o plano espiritual; mais tempo para ensinar quem ainda não respeita a vida e parte dele com quem se responsabiliza com ela.
E quando se busca a emancipação da alma, algo diminui: a paciência com tolices. Deveras, como é aborrecedor deparar-se com questões ridiculamente pequenas; no entanto, o caminheiro que se presta a isso não imagina ainda o que é se emancipar. Esse caminheiro sofre porque está preso nas sutis cordas manipuladoras e torna-se marionete pelas cinzas energias ligadas, por ocasiões criadas por ele mesmo, aos espíritos que não quiseram ainda ver a luz benfazeja.
Tanto se vê durante os amanheceres e entardeceres, quanto se conhece em uma existência. E na minha vida tanto privilegio e desejo a paz dos meus dias, pois, assim, estarei em conformidade com o que o Mestre verdadeiramente nos legou, com o que realmente, para o espírito, é necessário.
Querer aprender e reformular-se para o bem é passo integrante para usufruir a grandeza da simplicidade. Ver mais pores de sol e reconhecer as estrelas; saber ouvir mais; andar pela natureza e, sem dúvida, protegê-la e preservá-la; abraçar os amigos e dar a mão ao que se denomina inimigo; salvar mais insetinhos do que matá-los; agradecer e cooperar; cuidar-se, pois cada um também é sua própria responsabilidade; amar bem mais... e a paz dos dias começa a fazer morada no coração.
Esse sentimento só pode ser conquistado, não se compra nem sem empresta, é independente de hierarquia ou posição social, também não se pode alugar, apenas ser adquirido por meio da conquista... conquista individual.
Pois bem, vou continuar com meu grande objetivo: ser conquistadora da paz dos meus dias... tanto há por fazer.
Desejo que cada um possa alcançar a paz em sua vida, a simplicidade feliz dos seus dias.

Visite o blog Conto, crônica, poesia… minha literatura: http://contoecronica.wordpress.com/



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segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Quando o assunto é Corinthians...


Na noite de 19/11/2015, no estádio do Vasco da Gama, ficou definido com três rodadas de antecedência o título do campeonato brasileiro de 2015, quando o Timão se igualou ao São Paulo ao conquistar seu 6º título de campeão brasileiro desde 1971, ocasião em que o campeonato assumiu o formato que conhecemos, com a participação de 20 clubes.
Três dias depois (22/11/2015) ocorreu a goleada histórica que o Timão impôs ao São Paulo: 6 a 1.
Em homenagem ao Timão, eis alguns momentos que o corintiano de verdade jamais poderá esquecer:

FILMES E DOCUMENTÁRIOS

Filme TODO PODEROSO: O FILME (100 anos de Timão):
Filme 23 ANOS EM 7 SEGUNDOS (1977 – O fim do jejum corintiano):
Documentário sobre a invasão corintiana no Maracanã em dezembro de 1976:
Documentário sobre as chamadas 3 invasões (1976, 2000 e 2012):
Documentário sobre o título de Campeão do 4º Centenário (1954):
Campanha do título de campeão paulista de 1977:
Como foram as campanhas relativas aos primeiros 5 títulos de campeão brasileiro:
Campanha do título de 2015 (todos os gols até a 34ª rodada):
Melhores momentos do jogo Corinthians x Vasco, que definiu o título de 2015:
Melhores momentos da goleada histórica (6 a 1) do Timão sobre o São Paulo, no dia 22/11/2015:
Campanha do primeiro título de campeão mundial em 2000:
Campanha do título de campeão da Libertadores em 2012:
Campanha do título de bicampeão mundial em 2012:

PARTIDAS DE FUTEBOL NA ÍNTEGRA

Final do Paulista de 1977 contra a Ponte Preta:
Final do Brasileiro de 1990 contra o São Paulo (1º título brasileiro):
Final do Brasileiro de 1998 contra o Cruzeiro (2º título brasileiro):
2ª partida das finais do Brasileiro de 1999 contra o Atlético:
3ª partida das finais do Brasileiro de 1999 contra o Atlético (3º título brasileiro):
Final do campeonato mundial de 2000 contra Vasco:
Final da Libertadores de 2012 contra o Boca Juniors:
Final do campeonato mundial de 2012 contra o Chelsea:
Vitória sobre o Atlético no dia 1º/11/2015, que encaminhou de forma indiscutível a conquista do hexacampeonato (2015):

CURIOSIDADES

Veja por que a Rede Globo transmite mais jogos do Corinthians:
Um jogo do Corinthians deu à Band a maior audiência da história da emissora:


As mais lindas canções que ouvi (165)


Corinthians do meu coração

Toquinho

És grande no esporte bretão,
O passado ilumina tua história.
Ciente da tua missão:
Vitória, vitória, vitória.

Corinthians do meu coração,
Tu és religião de janeiro a janeiro.
Ser corintiano é ir além
De ser ou não ser o primeiro.
Ser corintiano é ser também
Um pouco mais brasileiro.

Tens a tradição
De um clube tantas vezes campeão.
Pelos teus rivais, temido,
Pela tua Fiel, querido.

Ser corintiano é ir além
De ser ou não ser o primeiro.
Ser corintiano é ser também
Um pouco mais brasileiro.



Postamos a canção acima em homenagem ao campeão brasileiro de futebol de 2015, o Corinthians.
Você pode ouvir a canção acima na voz do seu autor, Toquinho, em três diferentes versões, clicando nos links abaixo:



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domingo, 22 de novembro de 2015

Uma parábola que se mantém atualíssima


As parábolas são, como sabemos, narrações alegóricas em que o conjunto de elementos evoca, por meio de comparação, outras realidades.
Jesus valia-se com frequência de parábolas, que se contam em grande número e foram objeto de comentários diversos e de obras importantes, como Parábolas e Ensinos de Jesus, de Cairbar Schutel, e Histórias que Jesus Contou, de Clóvis Tavares, entre muitas outras.
Por meio delas é possível tomar contato, de maneira mais fácil, com o pensamento de Jesus acerca dos mais diferentes temas.
Dias atrás discutia-se numa roda de amigos espíritas uma questão que tem sido frequente em nosso meio: a deserção de companheiros que iniciam mas não levam à frente a tarefa assumida na instituição espírita. A pessoa chega a uma Casa Espírita, entusiasma-se com o que vê, engaja-se nesse ou naquele trabalho, mas, de repente, desaparece e poucos ficam sabendo o que, de fato, aconteceu.
A deserção – vocábulo que Allan Kardec utilizou em situações semelhantes – é algo também, como sabemos, muito comum nas famílias espíritas. Os jovens nascidos em lar espírita, com as exceções de praxe, permanecem nas lides espíritas até certa idade, mas poucos aí continuam quando ingressam na vida acadêmica.
Embora tenha estado entre nós há mais de 2.000 anos, Jesus, por incrível que possa parecer, aludiu a esse fato em uma conhecida parábola que o apóstolo Mateus registrou no cap. XIII de suas anotações.
Vejamo-la:

Naquele mesmo dia, tendo saído de casa, Jesus sentou-se à borda do mar; em torno dele logo reuniu-se grande multidão de gente; pelo que entrou numa barca, onde sentou-se, permanecendo na margem todo o povo. Disse então muitas coisas por parábolas, falando-lhes assim:
- Aquele que semeia saiu a semear; e, semeando, uma parte da semente caiu ao longo do caminho e os pássaros do céu vieram e a comeram.
Outra parte caiu em lugares pedregosos onde não havia muita terra; as sementes logo brotaram, porque carecia de profundidade a terra onde haviam caído. Mas, levantando-se, o sol as queimou e, como não tinham raízes, secaram.
Outra parte caiu entre espinheiros e estes, crescendo, as abafaram. Outra, finalmente, caiu em terra boa e produziu frutos, dando algumas sementes cem por um, outras sessenta e outras trinta. Ouça quem tem ouvidos de ouvir. (Mateus, cap. XIII, vv. 1 a 9.)

Parece que os companheiros de Jesus não entenderam bem a parábola e o Mestre, então, a explicou:

Escutai, pois, vós outros a parábola do semeador. Quem quer que escuta a palavra do reino e não lhe dá atenção, vem o espírito maligno e tira o que lhe fora semeado no coração. Esse é o que recebeu a semente ao longo do caminho.
Aquele que recebe a semente em meio das pedras é o que escuta a palavra e que a recebe com alegria no primeiro momento. Mas, não tendo nele raízes, dura apenas algum tempo. Em sobrevindo reveses e perseguições por causa da palavra, tira ele daí motivo de escândalo e de queda.
Aquele que recebe a semente entre espinheiros é o que ouve a palavra; mas, em quem, logo, os cuidados deste século e a ilusão das riquezas abafam aquela palavra e a tornam infrutífera.
Aquele, porém, que recebe a semente em boa terra é o que escuta a palavra, que lhe presta atenção e em quem ela produz frutos, dando cem ou sessenta, ou trinta por um. (Mateus, cap. XIII, vv. 18 a 23.)

Allan Kardec teceu sobre o ensinamento acima os seguintes comentários:

“A parábola do semeador exprime perfeitamente os matizes existentes na maneira de serem utilizados os ensinos do Evangelho. Quantas pessoas há, com efeito, para as quais não passa ele de letra morta e que, como a semente caída sobre pedregulhos, nenhum fruto dá!
Não menos justa aplicação encontra ela nas diferentes categorias de espíritas. Não se acham simbolizados nela os que apenas atentam nos fenômenos materiais e nenhuma consequência tiram deles, porque neles mais não veem do que fatos curiosos?
Os que apenas se preocupam com o lado brilhante das comunicações dos Espíritos, pelas quais só se interessam quando lhes satisfazem à imaginação, e que, depois de as terem ouvido, se conservam tão frios e indiferentes quanto eram?
Os que reconhecem muito bons os conselhos e os admiram, mas para serem aplicados aos outros e não a si próprios?
Aqueles, finalmente, para os quais essas instruções são como a semente que cai em terra boa e dá frutos?” (O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XVII, item 6.)

Em face de lições tão claras, não é preciso acrescentar mais nada aos que desertam dos compromissos que assumiram, exceto um aviso que Abel Gomes nos enviou pelas mãos de Chico Xavier, publicado no livro Falando à Terra, pág. 67: “À maneira que nos desenvolvemos em sabedoria e amor, consideramos a perda dos minutos como sendo a mais lastimável e ruinosa de todas.” 



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