Estudamos semanalmente no Centro Espírita Nosso Lar, de
Londrina (PR), o livro “No Invisível” (veja
capa), um dos clássicos do Espiritismo, de autoria de Léon Denis. São duas
as turmas de estudo, uma na terça à noite, a outra na quinta-feira à tarde.
Reproduzimos, em seguida, o texto do módulo concluído nesta
semana, cuja publicação tem por finalidade proporcionar, a quem se interessar,
a oportunidade de acompanhar o mencionado estudo.
Questões para
debate
A. É
possível a manifestação de uma pessoa viva, isto é, encarnada, por intermédio
de um médium em transe?
Sim. Mas esse
gênero de manifestações introduz quase sempre um elemento de confusão e erro
nos fenômenos de “transe” e é preciso uma experiência consumada para os não
confundir com as manifestações de desencarnados. O motivo é que os vivos
incorporados em um organismo estranho nem sempre têm a noção perfeita de sua
verdadeira situação. Léon Denis relata nesta obra um caso que se passou com ele
próprio, quando, durante três anos consecutivos, o Espírito de um vivo
manifestou-se, por via de incorporação, no grupo que ele dirigia em Tours. Os pormenores
mais positivos foram fornecidos pelo Espírito acerca de sua identidade. Dizia
chamar-se B. e havia sido sacristão na vila de D., na Sarthe, e tudo nele –
propósitos, recordações, pesares – dava ao grupo a firme convicção de estar
tratando com um desencarnado. Não foi, pois, pequena a surpresa quando um
membro do grupo, tendo ido à indicada região a fim de proceder a uma pesquisa,
descobriu que B. ainda pertencia a este mundo. (No Invisível - O Espiritismo
experimental: Os fatos - XII - Exteriorização do ser humano. Telepatia.
Desdobramento. Os fantasmas dos vivos.)
B. Como é
possível à alma de um ser vivo manifestar-se em um lugar distante do local onde
se encontra seu corpo físico?
A alma se
acha ligada ao corpo físico por uma espécie de cordão fluídico, seja qual for a
distância a que se encontre. A existência desse laço é atestada pelos videntes
e confirmada pelos Espíritos. Tão sutil é ele que, a cada sensação um pouco
viva que afete o corpo material, a alma, bruscamente atraída, retoma posse
deste imediatamente. Esse ato constitui o despertar. A alma dispõe, a seu
talante, dos elementos imponderáveis da Natureza, com os quais constrói, a
princípio, o corpo fluídico, modelo estrutural do corpo físico. Durante o sono
normal, como no sono magnético, o laço que une os dois corpos se afrouxa, sem
se quebrar, o que permite à alma afastar-se e ir aonde queira. (Obra citada
- O Espiritismo experimental: Os fatos - XII - Exteriorização do ser humano.
Telepatia. Desdobramento. Os fantasmas dos vivos.)
C. As
manifestações da alma, seja durante a vida corpórea, seja depois da morte do
corpo, obedecem a uma mesma lei?
Sim. As leis
que regem esses fenômenos são idênticas. A exteriorização não é mais que uma
preparação do Espírito para o estado de liberdade, para essa outra forma de
existência em que ele se encontra desembaraçado dos liames da matéria. Em face
disso, o estudo da alma exteriorizada durante a vida nos conduz ao estudo de
suas manifestações depois da morte. (Obra citada - O Espiritismo
experimental: Os fatos - XII - Exteriorização do ser humano. Telepatia.
Desdobramento. Os fantasmas dos vivos.)
Texto para leitura
505. Os
fantasmas dos vivos atuam sobre a matéria, abrem e fecham portas, agitam
campainhas, fazem ouvir acordes em pianos fechados, impressionam animais
domésticos, deixam sinais de mãos e dedos na poeira dos móveis e, às vezes,
mesmo comunicações escritas, que permanecem como uma irrecusável prova de sua
passagem. Os desdobramentos dos vivos têm sido comprovados em todos os tempos.
506. Deles
relata a História numerosos casos, firmados em valiosos testemunhos. Tácito
refere que Basilides apareceu a Vespasiano em um templo de Alexandria,
achando-se na ocasião retido pela enfermidade a muitas léguas de distância. A
mística cristã registra, como fatos miraculosos, casos de bilocação ou
bicorporeidade, em que facilmente reconhecemos fenômenos de exteriorização.
Santo Afonso de Liguóri foi canonizado por se ter mostrado simultaneamente em
dois lugares diferentes. Achando-se adormecido em Arienzo, pôde assistir à
morte do papa Clemente XIV, em Roma, e anunciou, ao despertar, que acabava de
ser testemunha desse acontecimento. O caso de Santo Antônio de Pádua é célebre.
Estando em Pádua a pregar, interrompeu-se de repente, em meio do sermão, e
adormeceu. Nesse mesmo instante, em Lisboa, seu pai, acusado falsamente de
homicídio, era conduzido ao suplício. Santo Antônio aparece, demonstra a
inocência de seu pai e faz conhecer o verdadeiro culpado.
507.
Encontram-se numerosos fatos análogos na vida dos santos, particularmente nas
de Santo Ambrósio, São Francisco Xavier, São José de Cupertino, Santa Maria
d'Agreda, Santa Liduína, etc. O ser humano, desprendido dos liames carnais pela
prece, pelas elevadas aspirações e por uma vida pura e sóbria, torna-se mais
apto a exteriorizar-se. A possibilidade dessas manifestações acha-se igualmente
demonstrada pelas experiências dos magnetizadores, como Du Potet, Deleuze,
Billot, por Kerner, Perty, D'Assier, etc.
508. Convém
notar que esses fenômenos não se produzem somente durante o sono. Uma emoção
violenta, certas enfermidades, a agonia e a morte podem provocar o
desprendimento psíquico. Camille Flammarion, em “O Desconhecido e os Problemas
Psíquicos”, cita 186 casos em que moribundos se manifestam, a distância,
falando, ou apenas visíveis.
509. Na
“Revue des Revues” (resposta a Sannt-Saêns) o ilustre astrônomo relata o
seguinte fato: “Uma jovem, ao fim de sete anos de afetuosas relações, se havia
separado do homem que amava. Este se casou e ela nunca mais teve notícias suas.
Passaram-se alguns anos, quando, em uma noite de abril de 1893, viu ela entrar
em seu quarto uma forma humana que se aproximou e sobre ela se debruçou. Sentiu
então, nos lábios, com terror, o demorado beijo de uma boca gelada. No dia
seguinte, cerca de meio-dia, correndo a vista por um jornal, leu a notícia do
falecimento e dos funerais do que fora seu amante.”
510. Publicou
o “L'Éclair” de 24 de novembro de 1908: “O comandante de um navio de guerra
inglês fazia um cruzeiro nos mares do Sul. Estava, uma noite, encerrado em seu
camarote, a fazer cálculos algébricos a giz, no quadro-negro, e em dado momento
sentou-se à mesa para anotar no canhoto os resultados obtidos. Ao voltar-se,
para ler no quadro a última equação, viu de repente aparecer uma mão, com um
vago começo de antebraço, tomar a esponja e apagar as fórmulas. Ficou
estupefato, imóvel. Uma figura, ao começo nebulosa e indistinta, se tornou
visível; era um homem, uniformizado, em quem reconheceu um dos seus antigos
companheiros de escola, oficial de Marinha como ele, e que deixara de ver,
havia muitos anos. Notou que estava envelhecido. A figura tomou um pedaço de
giz, escreveu uma latitude, uma longitude, e desapareceu.”
511. “O
comandante, apenas dissipado o assombro que o tomara, sai rapidamente do
camarote, chama os seus oficiais e lhes refere o que acabava de presenciar,
mostrando-lhes as indicações inscritas no quadro e fazendo-lhes notar que nunca
escrevia, como ali estavam, os algarismos. Tomaram nota da hora e data e,
obedecendo a um mesmo sentimento, fizeram rumo a todo vapor para o ponto do
oceano indicado no quadro. Ao fim de cinco dias o alcançaram e durante longas
horas cruzaram nas imediações do lugar, situado em pleno mar, a milhares de
milhas de toda costa e fora das rotas de navegação.”
512. “Afinal,
na manhã do sexto dia, perceberam ao longe alguma coisa que flutuava, ponto
negro no horizonte claro, em que se esgarçavam as névoas matutinas. Ao
alcançá-lo, verificaram ser uma jangada, feita de tábuas apenas reunidas, à
qual, sem víveres, sem água, à mercê do mais ligeiro vento, se achavam
agarrados três agonizantes – como o referiram quarenta e oito horas mais tarde,
quando puderam falar – únicos sobreviventes do naufrágio de um grande navio que
se tinha incendiado e soçobrado em pouco tempo. Era seu comandante o oficial
que aparecera diante do quadro-negro. O sinistro havia ocorrido no ponto
inscrito pelo fantasma e precisamente à hora em que este se tinha manifestado.
O capitão anotou o fato em seu diário de bordo. Pode sem dúvida acreditar-se
que ele próprio escrevera, inconscientemente, os algarismos no quadro-negro.
Mas é preciso então admitir que ele agiu sob a influência do Espírito de seu
antigo companheiro, que estava a morrer nas chamas e lhe transmitiu a latitude
e a longitude do lugar em que se produzia a catástrofe.”
513. Esses
casos são múltiplos e jamais se poderia explicá-los pela teoria da alucinação.
Neles há relação de causa e efeito. A morte coincide com as aparições e estas
são demasiado numerosas para que se possam considerar as coincidências como
produto do acaso. As vozes que se ouvem são de pessoas que se acham longe; as
visões representam figuras conhecidas; as roupas, verifica-se que são tais
quais as que as pessoas vestiam na ocasião. Particularidade digna de nota: cães
e cavalos se mostram assustados e inquietos à aproximação dos fenômenos, dos
quais parece terem a visão ou o pressentimento, muito tempo antes que sejam
perceptíveis ao homem.
514. Os
fenômenos devidos à exteriorização ou ação extracorpórea da alma humana foram
estudados com atenção e classificados por Aksakof sob a denominação geral de
animismo. Esse erudito observador quis estabelecer uma distinção formal entre
esses fatos e as manifestações dos denominados mortos. Tal distinção,
realmente, não existe; esses fatos, como veremos adiante, são sempre idênticos
quer antes, quer depois da morte. A alma do homem pode, exatamente como a alma
desencarnada, atuar sobre médiuns, ditar comunicações, avisos, tanto por
escrito como por meio de mesinhas, provocar deslocamentos de objetos materiais,
aparecer a grande distância de seu próprio corpo e impressionar chapas
fotográficas.
515. Allan
Kardec consagrou um capítulo inteiro de “O Livro dos Médiuns” aos estudos das
aparições de vivos. Esses fenômenos, pois, não eram ignorados pelos espíritas,
como se tem pretendido, e Aksakof, em “Animismo e Espiritismo”, apenas
confirmou o que muito antes dele já havia sido reconhecido.
516. Experiências
mais recentes têm demonstrado a possibilidade, para certos indivíduos, de se
desdobrarem parcialmente, de materializarem determinadas partes de sua forma
fluídica e produzirem vários fenômenos. Médiuns, como Eusápia Paladino e
Eglinton, têm provocado, a muitos metros de distância e sem contacto físico, o
deslocamento de corpos inertes em plena luz e deixado impressões de seus
membros fluídicos em substâncias moles: argila, parafina ou papel enegrecido ao
fumo.
517. Não nos
seria lícito deixar de mencionar ainda os casos de incorporação de vivos no
organismo de médiuns adormecidos. Esse gênero de manifestações introduz quase
sempre um elemento de confusão e erro nos fenômenos de “transe” e é preciso uma
experiência consumada para os não confundir com as manifestações dos
desencarnados. Com efeito, os vivos incorporados em um organismo estranho nem
sempre têm a noção perfeita de sua verdadeira situação.
518. Aqui
está um exemplo que demonstra quanto é necessário, no curso de tais
experiências, ter sempre a máxima atenção: Durante três anos consecutivos, pôde
o Espírito de um vivo manifestar-se, por via de incorporação, no grupo que
dirigíamos em Tours, sem que o pudessem distinguir dos Espíritos desencarnados
que intervinham habitualmente em nossas sessões. Os pormenores mais positivos
nos eram, entretanto, por ele fornecidos acerca de sua identidade. Dizia
chamar-se B. e havia sido sacristão da vila de D., na Sarthe. A voz arrastada,
o gesto lento e fatigado, a atitude curvada contrastavam com as atitudes e
gestos próprios do médium e dos outros Espíritos familiares. Nós o
reconhecíamos logo às primeiras palavras proferidas. Punha-se ele então a
narrar por miúdo os menores incidentes de sua vida, as admoestações do vigário,
por motivo de sua preguiça e das bebedeiras que tomava, o mau estado da igreja
e dos paramentos confiados aos seus cuidados, e até suas infrutíferas pesquisas
no Espaço, a fim de encontrar a confirmação do que lhe havia sido ensinado! –
Tudo nele – propósitos, recordações, pesares – nos dava a firme convicção de
estarmos tratando com um desencarnado.
519. Não
pequena foi por isso a surpresa que experimentamos, quando um membro do nosso
grupo, tendo ido à indicada região e sido encarregado de proceder a uma
pesquisa, nos informou que B. ainda pertencia a este mundo. Tudo o que nos
havia ele dito, era, ao demais, exato. Nosso secretário o pôde ver e conversar
com ele. Achando-se velho e cada vez mais dado à preguiça e à embriaguez,
tivera que abandonar suas funções. Todas as noites, às primeiras horas, se
deitava e adormecia profundamente. Podia assim exteriorizar-se, transportar-se
até junto de nós e incorporar-se em um dos nossos médiuns, a quem o prendiam
laços de afinidade cuja causa se nos conservou sempre ignorada.
520.
Pergunta-se como pode a alma dos vivos chegar a produzir, durante o sono,
fenômenos tão surpreendentes quão complexos. Em certos casos as aparições, as
materializações, exigem uma força considerável, um profundo conhecimento do que
chamaremos de química espiritual; e fica-se maravilhado de que, apenas afastada
de seu envoltório carnal, possa a alma apreender as suas leis.
521. Parece
que a energia necessária para produzir esses fenômenos é haurida no corpo
físico, a que se acha ligada a forma fantástica por uma espécie de cordão
fluídico, seja qual for a distância a que se encontre. A existência desse laço
é atestada pelos videntes e confirmada pelos Espíritos. Tão sutil é ele que, a
cada sensação um pouco viva que afete o corpo material, a alma, bruscamente
atraída, retoma posse deste imediatamente. Esse ato constitui o despertar.
522. Convém
não esquecer que o espírito dirige a matéria. A alma dispõe, a seu talante, dos
elementos imponderáveis da Natureza, com os quais constrói, a princípio, o
corpo fluídico, modelo estrutural do corpo físico, e depois forma este com o
auxílio dos elementos terrestres, que reúne e assimila. Durante o sono normal,
como no sono magnético, o laço que une os dois corpos se afrouxa, sem se
quebrar. Os dois invólucros ficam separados. Se, ao afastar-se, o corpo
fluídico absorve a necessária energia, pode condensar-se, solidificar-se, atuar
sobre a matéria, produzir sons, ruídos, tornar-se até visível.
523. O grande
motor em tudo isso é a vontade. Essa faculdade é criadora; e o demonstram os fenômenos
de sugestão, mediante os quais a vontade interveniente pode ocasionar profundas
modificações no corpo humano. Assim, o Espírito, pela ação mental, pode
imprimir à matéria sutil as formas, os atributos, as aparências de trajos, de
roupas que permitirão reconhecê-lo. Além disso, na maioria dos casos, o
manifestante é assistido por amigos invisíveis, como evidentemente o prova a
intervenção do Espírito John King nas sessões de Eusápia, e Abdullah nas de
Eglinton, etc. Os habitantes do Espaço em geral possuem experiência e
conhecimento mais extenso das coisas desse meio. Grande é a sua força de
vontade e eles podem auxiliar eficazmente a produção de certos fatos
telepáticos, que o manifestante não seria capaz de realizar sem o concurso
deles.
524. Todos os
fenômenos que acabamos de descrever pertencem ao domínio das observações.
Podem-lhes ser, entretanto, acrescentados fatos de experiência, provocados
voluntariamente, e que permitem verificar simultaneamente a presença do corpo
material e a do duplo fluídico da alma em dois lugares diferentes. Aí já não há
que recorrer ao acaso nem a coincidências fortuitas. O resultado a obter,
previamente indicado pelo experimentador, é alcançado mediante processos e em
condições que desafiam toda crítica.
525. São numerosos
esses fatos, dentre os quais indicaremos os seguintes:
a.) O Sr.
Desmond-Fitz-Gérald, engenheiro, tomou parte em uma experiência decisiva. O
Espírito de uma jovem, exteriorizado durante o sono, foi enviado à sua casa e
aí se materializou. Sua presença foi reconhecida por diversas pessoas, uma das
quais se sentiu tocar pelo fantasma, o que lhe produziu um grande terror.
É uma experiência de desdobramento com resultado positivo.
b.) A Sra. De
Morgan, esposa do professor a quem se deve a obra intitulada “From Matter to
Spirit”, hipnotiza uma senhorita e ordena ao seu duplo exteriorizado que vá
bater à porta da rua. As pancadas foram ouvidas por várias pessoas, que abriram
imediatamente aquela porta e verificaram que a rua se achava deserta.
526. Podem-se
encontrar em certas obras e revistas numerosos casos em que pessoas vivas,
evocadas durante o sono, vêm dar, utilizando-se de médiuns, comunicações que
encerram provas de identidade. A esses fatos acrescentaremos os de reproduções
fotográficas de duplos ou fantasmas de vivos exteriorizados. O testemunho é em
tal caso irrecusável e nenhuma ilusão é possível. Não se poderia suspeitar a
chapa sensível de estar sujeita a alucinações.
527. O
professor Istrati, membro do Conselho de Ministros da Romênia, concentrando a
própria vontade antes de adormecer, pôde exteriorizar-se, aparecer ao Doutor
Hasden, senador romeno, a mais de 50 quilômetros de
distância, e por ele se fazer fotografar em espírito. Na chapa
distingue-se a imagem fluídica do professor, encarando o obturador do aparelho.
528. Uma
certeza resulta desse conjunto de fatos: é que a alma humana, ao contrário do
que pretendem os materialistas, não é uma resultante do organismo, transitória
como ele, uma função do cérebro, que se aniquile por ocasião da morte, mas um
ser em si mesmo real, independente dos órgãos. Sua ação se pode exercer fora
dos limites do corpo; a alma pode transmitir a outros seres seus pensamentos,
suas sensações, e mesmo desdobrar-se e aparecer em sua forma fluídica.
Sobranceira às leis do tempo e do espaço, ela vê à distância e se transporta ao
longe; lê no passado e pode penetrar o futuro.
530. O estudo
da alma exteriorizada durante a vida nos conduz, assim, ao estudo de suas
manifestações depois da morte. As leis que regem esses fenômenos são idênticas.
A exteriorização não é mais que uma preparação do Espírito para o estado de
liberdade, para essa outra forma de existência em que ele se encontra
desembaraçado dos liames da matéria.
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