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quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

Pílulas gramaticais (181)


Já vimos oportunamente neste blog alguns exemplos de expressões em que a redundância é óbvia e, por isso, devem ser evitadas.
Uma delas aqui mencionada foi “breve alocução”. A redundância advém do fato de que alocução tem o significado de discurso breve, proferido em ocasião solene. Assim não há sentido em acrescentar o adjetivo breve. Basta que digamos: “alocução”.
Obviamente, se o discurso não for breve, a palavra “alocução” não poderá ser utilizada.

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A outra expressão, tão comum no cotidiano, é “outra alternativa”. A redundância aí decorre de que a palavra alternativa significa: opção entre duas coisas; sucessão de duas coisas reciprocamente exclusivas.
Assim, em vez de dizermos “outra alternativa”, digamos simplesmente “alternativa”.
Exemplos:
 - Não havia alternativa.
- A família não teve alternativa.
- A crise não nos deixou alternativa.
Pelo mesmo motivo, devemos evitar a expressão “única alternativa”, visto que, se não existem opções, não se pode falar em alternativa, que deve, nesse caso, ser substituída pelos vocábulos saída, recurso, possibilidade, opção etc.
Exemplos:
- A única opção foi mudar de casa.
- Restou-lhe uma única saída: a demissão.
- Ao senador cabe um único recurso: explicar-se.


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