Há
pouco tempo, numa roda de amigos, alguém lançou-nos uma pergunta acerca de um
tema que é muito caro aos espíritas: a existência de outros planetas habitados
e o intercâmbio porventura mantido por seus habitantes.
Como
o leitor já sabe, um dos princípios fundamentais do Espiritismo é o da
pluralidade dos mundos habitados. Assim o exigem duas leis estabelecidas pelo
Criador: a lei do progresso e a lei da reencarnação.
Nesse
sentido, os planetas funcionam à maneira de escolas. Quando uma turma completa
seus estudos, chega outra e assim sucessivamente, e é essa migração constante
entre as diferentes escolas, ou mundos habitados, que explica o aumento
constante da população da Terra.
Na
obra da criação, entre os mundos destinados à encarnação de Espíritos em
estágio probatório ou expiatório, encontra-se o nosso planeta, que nada mais é
que uma das inumeráveis moradas que circulam no espaço infinito.
Existem,
evidentemente, muitos outros planetas a abrigar sociedades ou grupos humanos
semelhantes ao nosso, não sendo o homem terráqueo o único ser encarnado dotado
de inteligência, racionalidade e senso moral neste Universo imenso em que as
galáxias estelares se contam aos milhões.
Criado
simples e ignorante, mas dotado da liberdade de definir sua própria conduta, o
Espírito sujeita-se a encarnar e reencarnar, experimentando múltiplas
existências corporais na Terra ou em outros planetas, tantas quantas forem
necessárias para ultimar sua depuração e seu progresso.
Esse
processo admirável realiza-se através da alternância sucessiva das existências
humanas nos dois planos da vida: o corpóreo e o espiritual.
O
Espírito encarnado, enquanto seu corpo vive, está fixado ao mundo em que
encarnou. Desencarnado, passa ele à condição de Espírito errante, que, como o próprio
vocábulo errante sugere, necessita ainda de reencarnar para depurar-se e
progredir. No estado de erraticidade, o Espírito continua a pertencer ao mundo
onde deve reencarnar, mas, não estando a ele fixado pelo corpo, é mais livre e
pode até mesmo visitar outros planetas, com a finalidade de instruir-se.
As
emigrações e imigrações de Espíritos podem também ocorrer, e efetivamente
ocorrem, entre mundos diferentes, ou seja, os Espíritos podem migrar de uns
para outros planetas.
Uns
o fazem por força do progresso realizado, que os habilita a ingressar em um
mundo mais adiantado, o que é um prêmio para eles; outros, ao contrário, podem
ser banidos do mundo a que pertencem, por não haverem acompanhado o progresso
moral atingido pela sociedade que habita o planeta.
O
exílio que lhes é imposto constitui verdadeiro castigo, que a lei de justiça
impõe aos recalcitrantes no mal, escravizados ao orgulho e à sensualidade. Foi,
aliás, esse fato que deu origem à chamada raça adâmica, tema que Kardec examina
em sua última obra, A Gênese, e que
Emmanuel esmiúça, com a clareza habitual, em seu livro A Caminho da Luz, psicografado por Francisco Cândido Xavier.
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