As três verdades da vida...
JORGE LEITE DE OLIVEIRA
jojorgeleite@gmail.com
De Brasília-DF
Júlia publicou sua
história e três verdades da vida, na
revista Seleções deste mês, que
desejo compartilhar com você, leitora amiga. A primeira é a fé, a segunda é a família e a terceira é o amor.
Ela disse que
contraíra câncer de ovário, embora fosse saudável, até então, praticante de
natação diária e de ioga. Tem um casal de filhos pequenos, trabalha como
apresentadora de TV e escritora.
Descobriu-se
portadora de uma massa do tamanho de uma “bola de basquete”, que se encaixava
entre o seu umbigo e a coluna, como se estivesse grávida. Naturalmente, passou
pelas fases normais de pessoas em sua situação “terminal”: perplexidade,
revolta e aceitação.
Ficou perplexa por perceber que, embora sendo
pessoa de hábitos saudáveis, contraíra uma forma rara de câncer, com
possibilidade de não viver até o Natal deste ano. Foi tomada de revolta quando refletiu na existência de
seu casal de filhos, que, diariamente, arrumava com carinho e levava para a
escola. O que seria deles sem ela? Por fim, isolou-se dos meios de comunicação,
nos dias que antecederam à cirurgia para retirada dos tumores: um em cada
ovário, aceitou...
O sentimento inicial
era de horror, mas a fé entrou em ação e, após muito orar, seguiu serena para a
operação. A fé consolou-a, pois percebera que nossas vidas estão nas mãos de
Deus, que, sendo Pai Amoroso, tudo faz em nosso benefício. A segunda verdade
surgira no apoio recebido de toda a família,
incluindo-se nela os fãs e amigos,
com quem aprendeu a terceira verdade, a do amor.
Superou, assim,
cinco horas de cirurgia, com complicações, e mais oito dias na UTI, quando teve
visões como a de um músico de reggae, que se sentara calado em sua cama, a de
seu irmão mais velho entrando na sala hospitalar ostentando três cabeças e,
finalmente, vendo e ouvindo o barulho de chuva intermitente em torno de sua
cama da enfermaria.
Por fim, no momento
da alta hospitalar, a má e a boa notícia. A primeira foi a de que ela tivera um
raro tipo de câncer que poderia reaparecer a qualquer tempo de sua vida. A
segunda foi a de que a taxa de sobrevida, para quem tem esse câncer, é muito
alta.
Durante todo esse
período de luta contra a indesejada das
gentes, o apoio de sua família
foi maravilhoso, aliado à força da fé.
Alguns parentes vieram de longe, prestar-lhe solidariedade e apoio, como a da
pessoa que viajara 20 horas “só para lhe trazer um abraço”. E Júlia percebeu
que “família é tudo”.
Por fim, a dinâmica
e otimista mãe e profissional da mídia descobriu que o exercício do amor é
fundamental para que nos sintamos bem conosco, com a nossa “tribo e família” e
com Deus. Quando amamos e somos amados, podemos enfrentar todas as tempestades
da vida sem temor pois, como diz este versículo do rei Davi:
“O Senhor é meu
Pastor, e nada me faltará” (Salmo 23).
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