Depois da Morte
Léon Denis
Parte 7
Damos sequência ao estudo
metódico e sequencial do livro Depois da
Morte, de autoria de Léon Denis, de acordo com a tradução feita por
Torrieri Guimarães, publicada pela Hemus Livraria Editora Ltda. Esperamos que
este estudo constitua para o leitor uma forma de iniciação aos chamados Clássicos
do Espiritismo.
- questões preliminares
- texto para
leitura.
As respostas correspondentes
às questões apresentadas encontram-se no final do texto indicado para leitura.
Questões preliminares
A. Em que consiste o
perispírito?
B. Existe o
magnetismo espiritual?
C. O corpo
espiritual ou perispírito também evolui?
D. Quais os
principais escolhos no Espiritismo e como devemos proceder ante as comunicações
recebidas?
Texto para leitura
129. Os
espiritualistas não explicam como a alma, imaterial, imponderável, pode unir-se
estreitamente e comandar o corpo, de natureza essencialmente diversa, fato
resolvido com as experiências espíritas. (P. 169)
130. Como já visto,
a alma está constantemente envolvida em uma veste fluídica mais ou menos sutil
ou etérea, chamada perispírito. (P. 169)
131. Mediador entre
o corpo e a alma, o perispírito é um organismo fluídico, é a forma preexistente
e sobrevivente do ser humano, o molde sobre o qual se formará o corpo físico.
(P. 169)
132. Esse corpo
fluídico não é, porém, imutável, pois se purifica e se enobrece junto com a
alma: a elevação dos sentimentos depura as moléculas do corpo espiritual,
estendendo e multiplicando as suas vibrações e consumindo, como por ação
química, suas partículas grosseiras. (P. 170)
133. Ao contrário,
os apetites materiais e as paixões baixas e vulgares reagem sobre ele,
tornando-o mais pesado, mais denso e mais escuro. (P. 170)
134. O perispírito
comunica-se com a alma por correntes magnéticas e se liga ao corpo por fluidos
nervosos, ou vitais. (P. 171)
135. O perispírito é
o instrumento pelo qual se realizam todos os fenômenos do magnetismo e do
Espiritismo; é ele que, durante o sono, se desprende do corpo e transporta-se a
distâncias incalculáveis. (P. 172)
136. Da mesma forma
que um magnetizador exerce uma ação poderosa sobre seu paciente, provocando
nele o desdobramento e suspendendo-lhe a vida material, assim os Espíritos podem
dirigir correntes magnéticas sobre alguns seres humanos – os médiuns – e agir
sobre os seus órgãos. (P. 174)
137. Os Espíritos
servem-se também de alguns médiuns para transmitir aos enfermos fluidos
magnéticos que aliviam e, às vezes, curam. (P. 176)
138. Os médiuns de
hoje, em geral, não entendem suficientemente a necessidade de uma vida pura e
exemplar para exercerem seu mandato. (P. 178)
139. O perispírito
sobe lentamente a escala das existências. A princípio é uma forma rudimentar,
um esboço incompleto. (P. 180)
140. Os Espíritos
inferiores têm um envoltório denso, impregnado de fluidos materiais, e guardam,
após a morte, as impressões e as necessidades da vida terrena. (P. 181)
141. A fome, o frio,
a dor existem entre os mais inferiores, e seu organismo fluídico, obscurecido
pelas paixões, não pode vibrar senão debilmente e, por isso, suas percepções
são mais limitadas. (P. 181)
142. O Espírito
desencarnado encontra-se, além da morte, tal qual se formou durante sua vida
terrena: não é melhor, nem pior. (P. 187)
143. O mundo
invisível é, em um campo mais vasto, a reprodução e a cópia do mundo terrestre.
(P. 188)
144. É necessária
uma prudência muito grande para entrar em comunicação com o mundo invisível: é
preciso passar pelo fino crivo de severo critério todas as revelações e todos
os ensinamentos recebidos. (P. 189)
145. Os obsessores
atacam de preferência os indivíduos levianos, que descuram dos problemas morais
e não procuram senão o seu prazer. (P. 189)
146. Quase sempre os
obsidiados estão ligados aos seus perseguidores por laços que têm origem em
existências anteriores: a soberana justiça faz com que nossas iniquidades
recaiam sobre nós através dos séculos. (P. 189)
147. A perfídia dos
maus Espíritos não é o único escolho no Espiritismo: o charlatanismo e a
venalidade são até piores. (P. 191)
148. A ignorância a
respeito da ciência espírita constitui também um flagelo na prática espírita.
(P. 192)
149. O
espiritualismo experimental pode ser o liame entre dois sistemas antagônicos
que se combatem há séculos: o espiritualismo metafísico e o materialismo. (P.
195)
150. A missão do
Espiritismo é grande e suas consequências morais incalculáveis. Bem
compreendido, seu ensinamento pode acalmar as mais vivas dores, dar a todos a
força de ânimo e a coragem na adversidade. (P. 196)
Respostas às questões preliminares
A. Em que consiste o perispírito?
Mediador entre o
corpo e a alma, o perispírito é um organismo fluídico, é a forma preexistente e
sobrevivente do ser humano, o molde sobre o qual se formará o corpo físico.
Esse corpo fluídico não é, porém, imutável, pois se purifica e se enobrece junto
com a alma: a elevação dos sentimentos depura as moléculas do corpo espiritual,
estendendo e multiplicando as suas vibrações e consumindo, como por ação
química, suas partículas grosseiras. Ao contrário, os apetites materiais e as
paixões baixas e vulgares reagem sobre ele, tornando-o mais pesado, mais denso
e mais escuro. O perispírito comunica-se com a alma por correntes magnéticas e
se liga ao corpo por fluidos nervosos, ou vitais. Ele é o instrumento pelo qual
se realizam todos os fenômenos do magnetismo e do Espiritismo, e é ele que,
durante o sono, se desprende do corpo e transporta-se a distâncias
incalculáveis. (Depois da Morte,
cap. XXI, pp. 169 a 172.)
B. Existe o magnetismo espiritual?
Sim. Da mesma forma
que um magnetizador exerce uma ação poderosa sobre seu paciente, provocando
nele o desdobramento e suspendendo-lhe a vida material, assim os Espíritos
podem dirigir correntes magnéticas sobre alguns seres humanos – os médiuns – e
agir sobre os seus órgãos. Os Espíritos servem-se também de alguns médiuns para
transmitir aos enfermos fluidos magnéticos que aliviam e, às vezes, curam.
(Obra citada, cap. XXII, pp. 174 a 176.)
C. O corpo espiritual ou perispírito também evolui?
Evidentemente. O
perispírito sobe lentamente a escala das existências. A princípio é uma forma
rudimentar, um esboço incompleto. Os Espíritos inferiores têm um envoltório
denso, impregnado de fluidos materiais, e guardam, após a morte, as impressões
e as necessidades da vida terrena. A fome, o frio, a dor existem entre os mais
inferiores, e seu organismo fluídico, obscurecido pelas paixões, não pode
vibrar senão debilmente e, por isso, suas percepções são mais limitadas. (Obra
citada, cap. XXIII, pp. 180 e 181.)
D. Quais os principais escolhos no Espiritismo e como
devemos proceder ante as comunicações recebidas?
A perfídia dos maus
Espíritos, o charlatanismo e a venalidade são alguns desses escolhos. A
ignorância a respeito da ciência espírita constitui também um flagelo na
prática espírita. É necessária uma prudência muito grande para entrar em
comunicação com o mundo invisível e é preciso passar pelo fino crivo de severo
critério todas as revelações e todos os ensinamentos recebidos. (Obra citada,
cap. XXIV a XXVII, pp. 189 a 192.)
Nota:
Links que remetem aos textos
anteriores:
Parte
1 - http://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com.br/2016/11/iniciacao-aos-classicos-espiritas.html
Parte
2 - http://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com.br/2016/11/iniciacao-aos-classicos-espiritas_18.html
Parte
3 - http://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com.br/2016/11/iniciacao-aos-classicos-espiritas_25.html
Parte
4 - http://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com.br/2016/12/iniciacao-aos-classicos-espiritas.html
Parte
5 - http://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com.br/2016/12/iniciacao-aos-classicos-espiritas_9.html
Parte
6 - http://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com.br/2016/12/iniciacao-aos-classicos-espiritas_16.html
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