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sexta-feira, 9 de dezembro de 2016

Iniciação aos clássicos espíritas




Depois da Morte

Léon Denis

Parte 5

Damos sequência ao estudo metódico e sequencial do livro Depois da Morte, de autoria de Léon Denis, de acordo com a tradução feita por Torrieri Guimarães, publicada pela Hemus Livraria Editora Ltda. Nosso objetivo é que este estudo constitua para o leitor uma forma de iniciação aos chamados Clássicos do Espiritismo.
Cada texto compõe-se de duas partes:
- questões preliminares
- texto para leitura.
As respostas correspondentes às questões apresentadas encontram-se no final do texto indicado para leitura. 

                            Questões preliminares

A. Em que momento a alma adquire a consciência?
B. Que representam para nós as existências terrestres?
C. Como compreender a existência da dor?
D. Que ensina Léon Denis sobre o magnetismo?

Texto para leitura

88. Se em nós apenas houvesse matéria, durante o sono não veríamos o Espírito viver e agir sem o concurso dos sentidos. (P. 119)
89. A lucidez magnética, a previsão dos fatos, a leitura do pensamento são outras tantas provas da existência da alma. (P. 119)
90. Se nossa alma se mantém, apesar da perpétua renovação das moléculas do corpo, a desagregação dessas moléculas e seu desaparecimento final com a morte física não podem afetar a alma, que é, pois, imortal. (P. 119)
91. A alma, após lenta elaboração, atinge o estado humano do qual não pode mais involuir: é então que conquista a consciência. (P. 123)
92. Nossas existências terrestres são um episódio de nossa vida imortal: somente a reencarnação pode explicar a diversidade dos caracteres, a variedade de aptidões e as desigualdades que nos ferem a vista. (P. 124)
93. Nossa liberdade é limitada por leis naturais que proveem à nossa conservação: livre-arbítrio e fatalismo equilibram-se e compensam-se, e a liberdade é sempre relativa à perfeição do indivíduo. (P. 126)
94. Aceita a reencarnação, revela-se a finalidade última desta vida: sabemos o que somos e para onde vamos e, então, as satisfações materiais perdem para nós sua atração. (P. 127)
95. Quando a vida é dedicada às paixões e estéril de bens, o ser retrocede, sua posição se amesquinha, e o Espírito deve reencarnar nos mundos de provas para purificar-se ali com o sofrimento. (P. 128)
96. Na ordem moral, como na ordem física, existem causas e efeitos, dirigidos por uma lei soberana e infalível: a existência atual é, pois, a consequência direta e inevitável de nossas existências anteriores. (P. 128)
97. É a ação dessa lei que explica as condições dolorosas por que muitos passam, pois cada vida culpada deverá ser redimida. (P. 129)
98. Feliz ou triste, o homem leva no íntimo de seu ser a sua grandeza ou a sua miséria como consequência das próprias obras. (P. 129)
99. Fixando a finalidade da existência para além da fortuna e do prazer, completa revolução se opera em nosso modo de compreender a vida e vemos que a dor, física ou moral, é elemento necessário à evolução. (P. 131)
100. A dor é a suprema purificação, a escola na qual se aprende paciência, resignação, todos os deveres austeros; é a chama a cujo calor se funde o egoísmo e se consome o orgulho. (P. 131)
101. A dor física desata quimicamente os liames que prendem o Espírito à carne, liberta-o dos fluidos grosseiros que o envolvem depois da morte e o retêm nas regiões inferiores. (P. 132)
102. O mal, a dor, a desigualdade das aptidões e das condições humanas, a aparente injustiça da sorte são explicados com a reencarnação. (P. 136)
103. A alma, de volta à vida espiritual, reconquista a plenitude de suas faculdades; começa então para ela um período de exame, de recolhimento, durante o qual ela se julga e mede o caminho percorrido. (P. 139)
104. O magnetismo, praticado em todos os tempos da história, difundiu-se especialmente no fim do século XVIII, mas só agora, um século depois, com o nome de hipnotismo, os cientistas se dignaram descobri-lo. (P. 149)
105. O sono magnético desenvolve nas pessoas novas faculdades e um poder incalculável de percepção. O fenômeno mais notável é a visão a distância, independentemente do órgão da visão. (P. 150)
106. A ciência do magnetismo dá ao homem maravilhosos recursos; a ação dos fluidos sobre o corpo humano é imensa. (P. 151)
107. Não existe homem animado de simpatia profunda pelos deserdados da sorte, de verdadeiro amor pelos sofredores, que não possa aliviar as dores de seus semelhantes pela prática sincera e iluminada do magnetismo. (P. 151)

Respostas às questões preliminares

A. Em que momento a alma adquire a consciência?
Depois de lenta elaboração, a alma atinge o estado humano do qual não pode mais involuir: é então que conquista a consciência. (Depois da Morte, p. 123.)
B. Que representam para nós as existências terrestres?
Nossas existências terrestres são um episódio de nossa vida imortal. Somente a reencarnação pode explicar a diversidade dos caracteres, a variedade de aptidões e as desigualdades que nos ferem a vista. A existência atual é, em face disso, a consequência direta e inevitável de nossas existências anteriores. (Obra citada, pp. 124 e 128.)
C. Como compreender a existência da dor?
A dor, física ou moral, no mundo em que vivemos, é elemento necessário à evolução, é a suprema purificação, a escola na qual se aprendem a paciência, a resignação e todos os deveres austeros. A dor física desata quimicamente os liames que prendem o Espírito à carne e liberta-o dos fluidos grosseiros que o envolvem depois da morte e o retêm nas regiões inferiores. (Obra citada, pp. 131 e 132.)
D. Que ensina Léon Denis sobre o magnetismo?
Ele diz que o magnetismo, praticado em todos os tempos da história, difundiu-se especialmente no fim do século XVIII, mas somente um século depois, com o nome de hipnotismo, os cientistas se dignaram descobri-lo. A ciência do magnetismo dá ao homem maravilhosos recursos. A ação dos fluidos sobre o corpo humano é imensa e não existe homem animado de simpatia profunda pelos deserdados da sorte, de verdadeiro amor pelos sofredores, que não possa aliviar as dores de seus semelhantes pela prática sincera e iluminada do magnetismo. (Obra citada, pp. 149 a 151.)


Nota:

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