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domingo, 15 de janeiro de 2017

Reflexões à luz do Espiritismo


É graças à reencarnação que progredimos

A reencarnação é, como ninguém ignora, um dos princípios fundamentais do Espiritismo. A passagem dos Espíritos pela vida corporal é absolutamente necessária para que eles possam evoluir e adquirir as asas com que rumem até a meta para a qual fomos criados, ou seja, a perfeição.
A atividade que o Espírito é obrigado a exercer na vida terrena auxilia o desenvolvimento de sua inteligência, que se amplia ao longo das jornadas sucessivas, concorrendo desse modo não só para a sua evolução, como para o progresso do próprio planeta.
Retornando a uma nova experiência reencarnatória, o Espírito traz, gravados em seu psiquismo, o conhecimento que acumulou nas anteriores existências, a inteligência que aprimorou e as virtudes que adquiriu ao longo do processo.
Quem é pai percebe, com grande facilidade, as nuanças que se revelam em seus filhos, tanto no aspecto intelectual quanto no aspecto moral. Há crianças que desde cedo se mostram afáveis e carinhosas, enquanto um dos irmãos parece refratário ao contato com os pais. Outras revelam aptidões diferentes no tocante ao aprendizado. Umas aprendem com facilidade essa ou aquela disciplina, ao passo que outras têm enorme dificuldade no assimilar esse ou aquele conteúdo.
A história da presença do homem na Terra evidencia, com notável clareza, como a evolução dos seres humanos é real, apesar de extremamente lenta.
Segundo recentes estudos, o homo sapiens sapiens surgiu na Terra há pouco mais de 40 mil anos, mas é ele, em verdade, uma subespécie do homo sapiens, cuja presença inicial teria ocorrido no mundo há cerca de 200 mil anos e era, segundo a ciência, a espécie que mais se assemelhava ao homem moderno.
Ocorre que tais indivíduos não apareceram de repente ou por acaso, sendo fruto de um processo evolutivo que apresentou, muito antes, entre outras espécies, o homo habilis, que viveu entre 2,2 milhões a 780 mil anos atrás, e o homo erectus, que viveu entre 1,8 milhão e 300 mil anos atrás.
Nesse processo, cuja duração é medida por milênios, não apenas a forma física, mas a inteligência, o conhecimento e a técnica se desenvolveram, fruto das experiências sucessivas proporcionadas pela lei da reencarnação.
Presente no planeta há 40 mil anos aproximadamente, foi, contudo, somente no Período Neolítico, também conhecido como Idade da Pedra Polida, iniciado por volta de 8.000 anos antes de Cristo, que o homo sapiens sapiens conquistou certas habilidades que a partir de então ficaram incorporadas na vida dos terráqueos.
Se antes o homem paleolítico coletava alimentos praticando o ato da caça e da pesca para sobreviver, o homem neolítico passou a produzir o que comer com mais assiduidade, plantando frutos, legumes e vegetais. Com isso, não havia mais a necessidade de vagar constantemente à procura de alimentos. Foram construídas então as primeiras moradias, similares a pequenos cubículos feitos de palha e madeira. Os neolíticos trabalhavam, geralmente, de forma coletiva, saindo em numerosos grupos para as poucas atividades de caça e pesca, enquanto as mulheres eram responsáveis por garantir o bem-estar das pequenas aldeias, permanecendo com os filhos e cuidando da agricultura. Com mais tempo para interagirem entre si, os neolíticos desenvolveram as primeiras atividades de lazer, descobrindo a arte da cerâmica e a forma de comercializá-la.
Outro importante avanço desse período foi a domesticação dos animais, o que possibilitou maior proximidade deles com o homem e trouxe mais variações alimentícias, com a criação de gado, cabras e porcos. As vestimentas também sofreram alterações. Devido ao frio intenso da Era Glacial, o homem paleolítico se cobria com pele de animal, enquanto o neolítico passou a fabricar as primeiras roupas com lã, algodão e linho para facilitar na locomoção e trazer mais conforto em relação ao clima mais ameno.
Em face do exposto, toda vez que alguém contestar a necessidade do processo reencarnatório ou simplesmente negá-lo, pergunte a essa pessoa que seria do mundo e do homem se Deus nos houvesse privado das experiências que a passagem pela vida corporal nos proporciona. Caso tenha dúvida em sua resposta, olhe para seus próprios filhos e pergunte o que lhes aconteceria caso nenhum deles conhecesse a escola e o trabalho...




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