A Reencarnação
Gabriel Delanne
Parte 8
Continuamos o estudo do clássico A
Reencarnação, de Gabriel Delanne, de acordo com a tradução feita por Carlos
Imbassahy publicada pela Federação Espírita Brasileira.
Esperamos que este estudo constitua para o leitor uma forma de
iniciação aos chamados Clássicos do Espiritismo.
Cada parte compõe-se de:
1) questões preliminares;
2) texto para leitura.
As respostas correspondentes às questões apresentadas encontram-se no
final do texto indicado para leitura.
Questões preliminares
A. Que valor tem, nos estudos sobre a reencarnação, o caso de Laura
Raynaud?
B. Por que as lembranças de vida anterior são mais frequentes entre as
crianças?
C. Os Espíritos sabem quando vão reencarnar? E sabendo disso podem
anunciá-lo aos encarnados?
D. Que lições podemos extrair do caso de Alexandrina, filha do Dr.
Carmelo Samona?
Texto para leitura
131. O caso de reencarnação de Laura Raynaud, descrito pelo Dr.
Durville, pôde ser completamente verificado e documentado. (PÁGS. 215 a 228)
132. Verificamos que certas crianças têm a intuição de haver vivido
anteriormente, enquanto outras conservam indiscutíveis lembranças de suas vidas
passadas. (PÁG. 229)
133. A clarividência pode explicar certos fatos, mas não explica o
conhecimento de que uma senhora tivesse morrido no início do século XIX de doença do peito, nem que fosse inumada em
uma igreja, nem a certeza que tinha de haver vivido anteriormente, como se deu
com Laura Raynaud. (PÁG. 229)
134. Juliano lembrava-se de ter sido Alexandre da Macedônia. Empédocles
dizia ter sido rapaz e moça. Ponson du Terrail recordava-se de ter vivido ao
tempo de Henrique III e Henrique IV. Devemos ater-nos, porém, às narrativas que
trazem consigo a prova de autenticidade. (PÁG. 232)
135. Muitas vezes, no sonambulismo e nas enfermidades, o paciente
repete frases inteiras ouvidas no teatro ou lidas antigamente, profundamente
esquecidas no estado normal. Mas uma palestra sustentada em língua desusada, gozando
o indivíduo de todas as faculdades, supõe o funcionamento de um mecanismo,
muito tempo inativo, que se revela no momento próprio. (PÁG. 234)
136. Não se improvisa uma linguagem; ora, se a essa ressurreição
mnemônica se juntam lembranças precisas de fatos e lugares, há fortes indícios
de que a reencarnação é a explicação mais lógica desses fenômenos. (PÁG. 234)
137. Jules-Alphonse, de 7 anos de idade, cura com a imposição de suas
mãos, ou com o auxílio de remédios vegetais que ele receita. Quando se pergunta
onde as houve, responde que ao tempo em que era médico. (PÁG. 236)
138. As lembranças de uma vida anterior se revelam mais frequentemente
entre as crianças, porque o perispírito, antes da puberdade, possui ainda um
movimento vibratório que, em certas circunstâncias, pode adquirir bastante intensidade,
para fazer recordações da existência anterior. (PÁG. 237)
139. O fenômeno, nas crianças, de lembranças de vida passada não é
particular a uma época ou a uma nação. Delanne narra uma série de casos
ocorridos em diferentes países. (PÁGS. 238 a 246)
140. Como vimos, a hereditariedade fisiológica não existe para os
fenômenos intelectuais, não só porque os homens de gênio saem muitas vezes dos
meios menos cultivados, como porque seus descendentes não lhes herdam as
faculdades. (PÁG. 247)
141. O Espírito que se encarna traz, em estado latente, o resultado de
seus estudos anteriores e, quando as circunstâncias o permitem, certas crianças
apresentam, desde a mais tenra idade, aptidões incríveis para a aquisição de
conhecimentos que exigem, em outras pessoas, longos anos de estudo. (PÁGS. 247
e 248)
142. Na maior parte dos casos, a clarividência não deve ser invocada
como explicação do fenômeno, porque, para que a lucidez possa ser posta em
ação, é preciso, em regra, uma causa que estabeleça uma relação entre o vidente
e a cena descrita. (PÁG. 248)
143. É preciso, no entanto, um número mais importante desses
testemunhos, para que esse gênero particular de fenômenos entre definitivamente
no domínio da Ciência. (N.R.: Leiam-se, sobre o assunto: "Vinte Casos
Sugestivos de Reencarnação", de Ian Stevenson, e "Reencarnação no
Brasil", de Hernani Guimarães Andrade, editado em 1987.) (PÁG. 249)
144. A lei das vidas sucessivas, como vimos, não se nos apresenta mais
como simples teoria filosófica, visto que se pode apoiar em fatos
experimentais, como os da regressão da memória, levada além do nascimento
atual. (PÁG. 250)
145. Existem casos em que o Espírito previne os familiares de seu
retorno à Terra. Delanne relata inúmeros exemplos a respeito. (PÁGS. 253 a 256)
146. Após relatar casos de reencarnação anunciados em sessões
espíritas, Delanne comenta o caso de uma jovem que tivera um ódio implacável do
irmão e, desejando progredir, solicitou uma reencarnação como filha dele. (PÁG.
260)
147. Léon Denis refere o caso de um Espírito que anunciou sua próxima
encarnação e, como sinal para o seu reconhecimento, acrescentou que teria uma
cicatriz de 2 centímetros do lado direito da cabeça, o que ocorreu. (PÁG. 264)
148. O caso da jovem Alexandrina, filha do Dr. Carmelo Samona,
conhecido nos meios científicos da Itália, é relatado por Delanne. (PÁGS. 264 a
270)
149. Reencarnada, a nova Alexandrina apresenta o mesmo aspecto físico
da vida precedente: era ela cópia fiel da primeira, afirma o pai. (PÁG. 271)
150. A objeção de que a pequena Alexandrina não poderia manifestar-se,
se a reencarnação tivesse começado, é inexata, pois sabemos que o Espírito
encarnado pode perfeitamente dar comunicações e, com mais forte razão, quando
não se acha, ainda, completamente ligado ao corpo. (PÁG. 276)
151. Os hábitos de Alexandrina reencarnada não se podem atribuir à
influência do meio e da educação, porque sua irmã gêmea, Maria Pace, difere
completamente de Alexandrina. (PÁG. 276)
152. Onze anos depois do nascimento de Alexandrina II, as semelhanças
com a primeira persistiam: além de canhota, tinha os mesmos hábitos e
recordações de lugares e experiências vividas na vida precedente. (PÁG. 277)
153. Os fenômenos referentes ao aviso de uma futura reencarnação são
bastante numerosos para se imporem como realidade. (PÁG. 278)
Respostas às questões
preliminares
A. Que valor tem, nos
estudos sobre a reencarnação, o caso de Laura Raynaud?
O caso da reencarnação de Laura Raynaud, descrito pelo Dr. Durville,
tem enorme importância nos estudos sobre a reencarnação porque pôde ser
completamente verificado e documentado. (A Reencarnação, cap. X, págs. 215 a
228.)
B. Por que as lembranças de
vida anterior são mais frequentes entre as crianças?
As lembranças de uma vida anterior se revelam mais frequentemente entre
as crianças, porque o perispírito, antes da puberdade, possui ainda um movimento
vibratório que, em certas circunstâncias, pode adquirir bastante intensidade,
para fazer recordações da existência anterior. (Obra citada, cap. XI, págs. 236
a 246.)
C. Os Espíritos sabem
quando vão reencarnar? E sabendo disso podem anunciá-lo aos encarnados?
Existem casos em que o Espírito sabe quando vai reencarnar e previne os
familiares de seu retorno à Terra. Delanne relata inúmeros exemplos a respeito.
(Obra citada, cap. XII, págs. 253 a 264.)
D. Que lições podemos
extrair do caso de Alexandrina, filha do Dr. Carmelo Samona?
O caso da jovem Alexandrina II é expressivo e só pode ser explicado
pela reencarnação. A jovem reencarnada apresentava o mesmo aspecto físico da
vida precedente: era ela cópia fiel da primeira Alexandrina. Onze anos depois
do seu renascimento, as semelhanças entre ambas persistiam: além de canhota,
Alexandrina II tinha os mesmos hábitos e recordações de lugares e experiências
vividas na vida precedente. (Obra citada, cap. XII, págs. 264 a 277.)
Nota:
Eis os links que remetem aos 3 últimos textos:
Eis os links que remetem aos 3 últimos textos:
Parte 5 - http://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com.br/2017/05/iniciacao-aos-classicos-espiritas_19.html
Parte 6 - http://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com.br/2017/05/iniciacao-aos-classicos-espiritas_26.html
Parte 7 – http://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com.br/2017/06/iniciacao-aos-classicos-espiritas.html
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