Do que realmente preciso?
CÍNTHIA CORTEGOSO
cinthiacortegoso@gmail.com
De Londrina-PR
Sem dúvida, quantas coisas desejamos, com sentido de precisar, na vida.
Mas ultimamente me questiono: do que realmente preciso? O envolvimento social
com o contato de tanta inovação, beleza, praticidade e o desejo apurado de
querer sempre algo mais desenvolvem a quase precisão de ter muito mais do que
realmente é preciso.
De fato, o que é necessário para sentir-se feliz é tão mais acessível.
Existe para todos de maneira similar; é a sensibilidade de conhecer-se a si
mesmo, pois apenas com esse conhecimento se compreenderá realmente do que se
necessita e consequentemente trará felicidade. No entanto, como a simplicidade
é grandeza da vida acompanhada de bondade e compreensão tão mais próxima está a
paz alegre que o espírito deseja.
Muitas vezes, pensamos encontrar a felicidade ‒ se bem que aqui
encarnados e com o estágio atual, felicidade já é ter abrandado um pouco mais
os muitos sofrimentos e compreendido mais ‒ em objetos, conquistas, posição
social e profissional entre outras formas tão características do anseio humano.
Porém, quando o “eu”, quietinho em si, não consegue disfarçar o sentimento, ele
confessa a sua solidão, desproteção e tristeza, e como uma das metas
equivocadas humanas é não pedir ajuda para não demonstrar fraqueza, o eu se
sufoca e cria doenças e, certas vezes, regressa antecipadamente numa nuvem
amarela à dimensão dos espíritos. E ao chegar, encontra-se desnorteado e muito
perturbado ao lar estranho.
Enquanto se está a caminho quanto mais sábio compreender o que é
necessário deveras. E penso que uma maneira bem sensata de responder a isso é
imaginar, num momento íntimo, com a prece e a sinceridade do coração, o que o
faria verdadeiramente feliz, sem nenhum critério social, humano, mas com o
critério do coração que sabe, de fato, o que poderá fazê-lo feliz.
Se essa avalanche de consumismo se perdesse pelo caminho, se a posição
social não tivesse importância alguma, se o preconceito se evaporasse de tanta
vergonha, se o orgulho se igualasse a tudo aquilo que não é necessário, se a
compreensão de que a eternidade é o tempo do espírito e o da humanidade é uma
chispa na infinita vida, se o entendimento de fazer sempre mais o que faz bem
se reverte em felicidade e que há um determinado tempo para aprimorar-se em
cada existência, meu Deus, como a alegria faria parte de nós! Somos, muitas
vezes, como diziam nossos avós, “turrões demais” para logo encontrarmos a
estrada serena. E buscamos os caminhos tortuosos e tristes.
A vida é tão simples e preciosa. Tudo é menos em dificuldade e mais em
conquista, porém, como somos “turrões” invertemos as intensidades, o mais vira
menos e este se torna mais. Mas vamos aprendendo. Algo que busco assimilar é
que tudo de bom puder que colocar no coração se transformará em meu tesouro, em
minha base de desenvolvimento, em minha asa de liberdade, em meu semblante
feliz, em minhas conquistas verdadeiramente almejadas.
E agora pensando, do que realmente preciso é de uma casa pequena e
simples, de amigos do peito, de um trabalho que eu ame e me sustente, de tempo
para escrever e viajar, de amor para amar, de saúde para viver, da
responsabilidade de que sou uma filha com todos os deveres com um Pai
incomparavelmente grandioso e de que tenho irmãos e um Planeta para cuidar com
ternura. E quieta em mim, compreendo quanto preciso da paz que este Pai me dá.
Isso tudo é acessível. Em primeiro lugar devemos esvaziar os espaços
ocupados com coisas desnecessárias, desgastantes, sem valores reais. E quando o
espaço estiver mais limpinho e pronto para completar-se com algo necessário e
produtivo, perguntemo-nos com muito carinho e sinceridade: do que realmente
preciso?
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