O necessário e o supérfluo
Este é o módulo 45 de uma série que esperamos sirva
aos neófitos como iniciação ao estudo da doutrina espírita. Cada módulo
compõe-se de duas partes: 1) questões para debate; 2) texto para leitura.
As respostas correspondentes às questões
apresentadas encontram-se no final do texto sugerido para leitura.
Questões para debate
1. Ao estabelecer para o homem a necessidade de
viver, Deus concedeu-lhe também os meios para suprir essa necessidade?
2. A superfície da Terra é suficiente para
assegurar a alimentação dos mais de 6 bilhões de criaturas que aqui vivem? E se
a população terrena continuar a crescer, haverá alimentos para todos?
3. Existe um limite entre o necessário e o supérfluo?
4. O gosto pelo supérfluo é prejudicial ao homem
ou isso não tem nenhuma importância?
5. O que é realmente necessário ao ser humano? E o
que lhe é supérfluo?
Texto para leitura
Só o necessário é útil; o supérfluo nunca o é
1. Todos temos que concorrer para o cumprimento
dos desígnios da Providência. Eis por que, como já vimos anteriormente, Deus
nos deu a necessidade de viver, porquanto a vida é essencial ao aperfeiçoamento
dos seres.
2. Ao lado da necessidade de viver, Deus
concedeu-nos também os meios para suprir essa necessidade, razão pela qual faz
com que a Terra produza o suficiente para proporcionar o necessário aos que a
habitam, porque só o necessário é útil. O supérfluo nunca o é.
3. Em suas experiências evolutivas, os homens
passam, no entanto, por privações e situações difíceis, em que lhes falta até
mesmo o essencial à sobrevivência. Mas essa situação extrema geralmente ocorre
por pura imprevidência das pessoas.
4. A Terra, ensinam os Espíritos superiores,
produziria sempre o necessário, se o homem soubesse contentar-se com o
necessário. Se o que ela produz não lhe basta a todas as necessidades, é porque
ele emprega no supérfluo recursos que poderiam ser aplicados na obtenção do
necessário.
Imprevidente não é a Natureza, mas o homem
5. O árabe que vive no deserto, lembram os
instrutores espirituais, encontra sempre uma maneira de viver naquele ambiente
inóspito porque não cria para si necessidades fictícias. Ora, desperdiçando a
metade dos recursos na satisfação de fantasias, que motivos tem o homem para se
espantar de nada encontrar nos dias de penúria? Então, imprevidente não é a
Natureza, mas o ser humano, que não sabe, em muitas ocasiões, regrar o seu
viver.
6. Se é certo que a civilização multiplica as
necessidades do indivíduo, também é certo que multiplica as fontes de trabalho
e os meios de viver. A desgraça provém, para muitos, do fato de haverem
enveredado por uma senda diferente da que a Natureza lhes traçou.
7. Há para todos lugar ao Sol, com a condição de
que cada pessoa ocupe o seu e não o lugar dos outros. A Natureza não pode ser
responsabilizada pelos defeitos da organização social nem pelas consequências
da ambição e do amor-próprio.
8. Vários são os meios empregados pelo homem para
preservar ou ampliar o seu bem-estar. Nesse sentido o progresso da Humanidade
tem sido notável. Graças aos louváveis esforços que a filantropia e a ciência,
juntas, têm feito para melhorar a condição material dos homens e malgrado o
crescimento incessante da população da Terra, a insuficiência da produção se
acha atenuada, e os anos às vezes calamitosos do presente não se podem, de modo
algum, comparar com os de outrora.
O gosto pelo supérfluo prejudica o indivíduo
9. Nada tem de absoluto o limite entre o
necessário e o supérfluo, porque a Civilização criou necessidades que o
selvagem desconhece. Tudo é, pois, relativo, cabendo à razão regrar as coisas.
10. O gosto pelo supérfluo é prejudicial ao homem.
Os desregramentos que provoca fazem com que a natureza animal tenha nele
preponderância sobre sua natureza espiritual. Ademais, o atrativo dos bens
materiais funciona também como prova para o Espírito que passa pela experiência
reencarnatória.
11. Para bem se conduzir na esfera carnal, o homem
precisa conhecer o limite entre o necessário e o supérfluo. Há pessoas que
requerem seguidas experiências e grande esforço para adquirir esse
conhecimento. Outras o têm por intuição, resultado das conquistas efetivadas em
vidas pregressas.
12. O que é preciso entender, a tal respeito, é
que o limite entre o necessário e o supérfluo não é exato nem absoluto, mas,
sim, relativo às condições de vida proporcionadas pelos avanços da Civilização,
que criam novas necessidades.
Os artigos de luxo não são necessários, mas supérfluos
13. Pode-se dizer que são essenciais ao homem
todos os bens de relevância para a sua sobrevivência, para que desfrutem de
relativo conforto e possam participar da vivência social.
14. São supérfluos todos os bens que servem a
outras finalidades, tais como o luxo e a satisfação do orgulho, bem como os
que, acumulados e improdutivos nas mãos de poucos, fazem falta a muitos.
15. Cabe aos indivíduos e às instituições
governamentais ou privadas desenvolver esforços no sentido de estender a todos,
sem exceção, os benefícios decorrentes da melhoria do padrão de vida humano,
originados dos progressos da Civilização, de modo a atenuar as desigualdades
sociais.
16. Para garantir o cumprimento dessa tarefa,
assegurando o bem-estar a todas as pessoas, são necessários investimentos nos
setores de saúde, alimentação, habitação, acesso aos meios de comunicação e, em
especial, educação, compreendida esta em seu sentido mais amplo de formação
intelectual, social, moral e espiritual do ser.
Respostas às questões propostas
1. Ao estabelecer para o homem a necessidade de viver, Deus
concedeu-lhe também os meios para suprir essa necessidade?
Sim. Deus concedeu ao homem os meios para suprir
suas necessidades, razão pela qual faz com que a Terra produza o suficiente
para proporcionar o necessário aos que a habitam, porque só o necessário é
útil; o supérfluo nunca o é.
2. A superfície da Terra é suficiente para assegurar a alimentação dos
mais de 6 bilhões de criaturas que aqui vivem? E se a população terrena
continuar a crescer, haverá alimentos para todos?
Em suas experiências evolutivas, os homens passam
por privações e situações difíceis, em que lhes falta até mesmo o essencial à
sobrevivência. Mas essa situação extrema geralmente ocorre por pura
imprevidência das pessoas. A Terra, ensinam os Espíritos superiores, produzirá
sempre o necessário se o homem souber contentar-se com o necessário. Se o que
ela produz não lhe basta a todas as necessidades, é porque ele emprega no
supérfluo recursos que poderiam ser aplicados na obtenção do necessário.
3. Existe um limite entre o necessário e o supérfluo?
Nada tem de absoluto o limite entre o necessário e
o supérfluo, porque a Civilização criou necessidades que o selvagem desconhece.
Tudo é, pois, relativo, cabendo à razão regrar as coisas.
4. O gosto pelo supérfluo é prejudicial ao homem ou isso não tem nenhuma importância?
O gosto pelo supérfluo é prejudicial ao homem e os
desregramentos que provoca fazem com que a natureza animal tenha nele
preponderância sobre sua natureza espiritual. Ademais, o atrativo dos bens
materiais funciona como prova para o Espírito que passa pela experiência
reencarnatória.
5. O que é realmente necessário ao ser humano? E o que lhe é supérfluo?
Como foi dito, o limite entre o necessário e o supérfluo
não é exato nem absoluto, mas sim relativo às condições de vida proporcionadas
pelos avanços da Civilização, que criam novas necessidades. Pode-se, porém,
dizer que são essenciais ao homem todos os bens de relevância para a sua
sobrevivência, para que desfrutem de relativo conforto e possam participar da
vivência social. E supérfluos todos os bens que servem a outras finalidades,
tais como o luxo e a satisfação do orgulho, bem como os que, acumulados e
improdutivos nas mãos de poucos, fazem falta a muitos.
Nota:
Eis os links que remetem aos 3
últimos textos:
Módulo 42 - https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com.br/2017/08/iniciacao-ao-estudo-da-doutrina-espirita_24.html
Módulo 43 - https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com.br/2017/08/iniciacao-ao-estudo-da-doutrina-espirita_31.html
Módulo 44 - https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com.br/2017/09/iniciacao-ao-estudo-da-doutrina-espirita.html
Como consultar as matérias deste
blog? Se você não conhece a estrutura deste blog, clique neste link: http://goo.gl/OJCK2W, e verá como utilizá-lo e os vários recursos que ele
nos propicia.
|
Nenhum comentário:
Postar um comentário