Esquizofrenia
Seria a esquizofrenia resultado de uma má influência espiritual, de um
processo obsessivo, ou apenas uma enfermidade de natureza genética?
Antes de tudo, é bom esclarecer que a esquizofrenia não tem, em
princípio, relação alguma com o fenômeno da obsessão. Segundo o Instrutor
Calderaro, originando-se de sutis perturbações do organismo perispirítico, a
esquizofrenia traduz-se no corpo físico por surpreendente conjunto de moléstias
variáveis e indeterminadas. Seria essa a principal característica da
enfermidade – a diversidade de moléstias variadas e indeterminadas. (No Mundo Maior, obra mediúnica de
autoria de André Luiz, psicografada pelo médium Chico Xavier, cap. 12, pp. 169
e 170.)
Pensamento semelhante foi exposto em artigo publicado na revista O Consolador pelo confrade e médico
Leonardo Machado, radicado no Recife (PE). Segundo ele, embora seja discutida
como se fosse uma doença única, a esquizofrenia pode ser considerada como uma
síndrome heterogênea, ou ainda, como um grupo de transtornos com causas
heterogêneas. A sua história pode ser considerada a história da própria
psiquiatria, uma vez que a quantidade de estudiosos dessa enfermidade é vasta.
Nesse contexto, o psiquiatra francês Benedict Morel (1809-1873) foi quem
primeiro se utilizou do termo démense precoce, o qual seria latinizado, mais
tarde, por Emil Kraepelin (1856-1926) como dementia
precox. Coube, porém, ao suíço Eugen Bleuer, em 1911, a criação do termo
“esquizofrenia”, que indica a presença de um cisma entre pensamento, emoção e
comportamento (esquizo = cisão, frenia = mente). Para ler na íntegra o artigo
citado, clique neste link: http://www.oconsolador.com.br/25/leonardo_machado.html
Em setembro de 2011, durante seminário realizado pela Associação
Médico-Espírita do ABC, em São Bernardo do Campo (SP), o dr. Roberto Lúcio
Vieira, então diretor clínico do Hospital Espírita André Luiz, de Belo
Horizonte (MG), e vice-presidente da Associação Médico-Espírita do Brasil
(AME-Brasil), apresentou o caso de um paciente internado com esquizofrenia
grave que passou por um processo de regressão espontânea, o que trouxe dados
importantes para a compreensão das enfermidades mentais do ponto de vista
espiritual. Como causas gerais da esquizofrenia, foram apontadas então
alterações energéticas, herança genética, comprometimentos graves do espírito
em vida pretérita, muitas vezes com abuso da inteligência, homicídio ou mesmo o
suicídio, e ainda fatores exógenos como químicos, traumáticos e sociofamiliares.
Segundo o Dr. Roberto, nem todo doente mental fica enfermo pela ação
espiritual, mas esta sim pode agravar quadros mentais. Eis o link que remete à matéria
– http://www.oconsolador.com.br/ano5/227/especial2.html
Em entrevista concedida durante um programa de Hebe Camargo, na TV
Bandeirantes, no dia 20 de junho de 1985, Chico Xavier respondeu a um
questionamento feito pela convidada Nair Belo, no qual o saudoso médium
referiu-se também ao tema de que tratamos.
Nair Belo perguntou-lhe se um filho excepcional é um carma ou uma prova
para os pais. Chico Xavier assim respondeu:
“Nair, a criança excepcional sempre me
impressionou pelo sofrimento de que ela é portadora, não somente em se tratando
dela mesma, mas, também, dos pais e isso tem sido o tema de várias conversações
minhas com o nosso Emmanuel, que é o guia espiritual de nossas tarefas. E ele,
então, diz que, regra geral, a criança excepcional é o suicida reencarnado,
reencarnado depois de um suicídio recente, porque a pessoa, quando pensa que se
aniquila, está apenas estragando ou perdendo a roupa que a Providência Divina permite
de que ela se sirva durante a existência, que é o corpo físico.
A verdade é que ela em si é um corpo espiritual;
então, os remanescentes do suicídio acompanham a criatura que praticou a
autodestruição para a vida do Mais Além. Lá ela se demora algum tempo amparada
por amigos que toda criatura tem, afeições por toda parte, mas volta à Terra
com os remanescentes que ela levou daqui mesmo, após o suicídio.
Se uma pessoa espatifou o crânio e se o projétil
atingiu o centro da fala, ela volta com a mudez. Se atingiu apenas o centro da
visão, ela volta cega, mas se atingiu determinadas regiões mais complexas do
cérebro, ela vem em plena idiotia e aí os centros fisiológicos não funcionam.
Se ela suicidou-se mergulhando-se em águas profundas, ela vem com a disposição
para o enfisema, um enfisema infantil ou da mocidade, ou dos primeiros dias de
vida. Se ela, por exemplo, se enforcou, ela vem com a paraplegia, depois de uma
simples queda que toda criança cai do colo da ama, do colo da mãezinha; então,
quando o processo é de enforcamento, a vértebra que foi deslocada, no
enforcamento, vem mais fraca e, numa simples queda, a criança é acometida pela
paraplegia.
Outras crianças que vêm completamente perturbadas
– a esquizofrenia, por exemplo, diz-se que é o suicídio, depois do homicídio. O
complexo de culpa adquire dimensões tamanhas que o quimismo do cérebro se
modifica e vem a esquizofrenia como uma doença verificável, porque através dos
líquidos expelidos pelo corpo é possível detectar os princípios da esquizofrenia.”
Eis o link que remete à entrevista - http://www.oconsolador.com.br/ano6/268/umminutocomchico.html
Eis o link que remete à entrevista - http://www.oconsolador.com.br/ano6/268/umminutocomchico.html
Como dissemos inicialmente, não existe, em princípio, relação entre
obsessão e esquizofrenia, mas um processo obsessivo de longo curso pode levar,
sim, o obsidiado à esquizofrenia. Pelo menos é o que Dr. Bezerra de Menezes
informou ao referir-se ao caso Ester, personagem central do livro Grilhões Partidos, obra de Manoel
Philomeno de Miranda, psicografada pelo médium Divaldo Franco.
De acordo com o cap. XXIII, item 254, d´O Livro dos Médiuns, a subjugação corporal pode ter como
consequência uma espécie de loucura, cuja causa o mundo desconhece e que não
tem relação alguma com a loucura ordinária. Esse era o caso da jovem Ester. Se
o socorro divino não a alcançasse imediatamente, a subjugação espiritual a
conduziria “a uma situação esquizofrênica com possibilidades irreversíveis”,
afirmou o venerável benfeitor espiritual. (Grilhões
Partidos, cap. 13, pp. 115 e 116.)
Sobre o assunto sugerimos aos interessados que leiam também o interessante
artigo intitulado “Esquizofrenia”, assinado por Ricardo Orestes Forni e
publicado na revista O Consolador.
Eis o link que remete ao texto do artigo: http://www.oconsolador.com.br/ano7/327/ricardo_forni.html
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