Nem só a dor leva alguém ao
Espiritismo
A um jovem que ingressou há pouco tempo nas lides espíritas, Orson
Peter Carrara perguntou: - Como você se aproximou do Espiritismo? O jovem
respondeu: “Chegou um momento em que não encontrava respostas para as mais
diversas questões da vida. A necessidade de entender a mim mesmo, assim como
tudo aquilo que nos cerca, me levou a procurar uma doutrina com a qual me
identificasse”.
O rapaz procurou então a casa espírita, gostou do que viu e, pouco
depois, a instituição já contava com um novo trabalhador.
O relato acima faz parte da entrevista que Felippe Fiuza do Nascimento
concedeu à revista O Consolador, publicada
no dia 8 de outubro do ano passado.
Conhecemos vários casos parecidos e um deles, ocorrido em nossa cidade,
ofereceu-nos duas importantes lições.
Anos atrás realizou-se nas dependências da Universidade Estadual de
Londrina um simpósio espírita promovido pelos jovens que compunham, à época, o
Núcleo Espírita Universitário.
Como do evento participariam alguns professores da citada instituição,
muitos alunos se fizeram presentes, a maioria por simples curiosidade.
Entre eles estava um acadêmico que integrava na ocasião o grupo de
jovens católicos da catedral metropolitana de Londrina.
O jovem, como ele próprio revelaria mais tarde, encantou-se com a
filosofia espírita, visto que naquela noite muitas dúvidas que não conseguira
elucidar até então, no âmbito da religião que professava, haviam sido
dirimidas.
No ano seguinte realizou-se no mesmo local outro simpósio aberto à
comunidade acadêmica, só que dessa vez ele não estava na plateia, mas junto dos
colegas que, com ele, coordenavam o evento.
Que lições podemos extrair do caso relatado?
A primeira é que nem todos os espíritas chegam ao Espiritismo tangidos
pela dor, como já foi bastante comum no passado.
A segunda é que a divulgação espírita, tanto dentro como fora do
ambiente da casa espírita, é por demais importante, porque não existem motivos
para que ocultemos do nosso próximo uma doutrina que nos faz tanto bem e nos
ajuda a que, pelo esforço continuado, modifiquemos em nós o homem velho que insiste em comandar os
nossos passos e cuja transformação para melhor é um dos objetivos e um dos
motivos pelos quais estamos aqui reencarnados.
Essa divulgação é também uma forma de caridade, como Emmanuel observou
ao escrever a página “Socorro oportuno”, em que, após enfatizar a importância
de divulgar os ensinamentos espíritas, nos propõe:
“... estudemos Allan Kardec, ao clarão da mensagem de Jesus Cristo, e,
seja no exemplo ou na atitude, na ação ou na palavra, recordemos que o
Espiritismo nos solicita uma Espécie Permanente de Caridade – A Caridade da Sua
Própria Divulgação”. (Do livro Estude e
Viva, página psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier.)
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