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sexta-feira, 23 de fevereiro de 2018





Cristianismo e Espiritismo

Léon Denis

Parte 14

Continuamos o estudo do livro Cristianismo e Espiritismo, que estamos realizando com base na 6ª edição publicada pela Federação Espírita Brasileira, tradução de Leopoldo Cirne.
Esperamos que este estudo constitua para o leitor uma forma de iniciação aos chamados Clássicos do Espiritismo.
Cada parte compõe-se de:
a) questões preliminares;
b) texto para leitura.
As respostas correspondentes às questões apresentadas encontram-se no final do texto indicado para leitura. 

Questões preliminares

A. Como se processa a evolução do homem?
B. Como é a vida no plano espiritual das pessoas inclinadas à materialidade?
C. Por que, na condição de encarnado, o Espírito esquece suas existências passadas?

Texto para leitura

179. A evolução se efetua, alternadamente, no espaço e na superfície dos mundos, através de inúmeras etapas, ligadas entre si pela lei de causa e efeito. A vida presente é, para cada qual, a herança do passado e a gestação do futuro. É uma escola e um campo de trabalho; a vida no espaço que lhe sucede é a sua resultante. (P. 220)
180. Para as almas inclinadas à materialidade, a vida no espaço é uma vida de privações e misérias. Depois de um estágio de repouso no espaço, a alma renasce na condição humana, trazendo as reservas e aquisições das vidas pregressas. Desse modo se explicam as desigualdades morais e intelectuais que diferenciam os habitantes do nosso mundo. (PP. 220 e 221)
181. Cada ser humano, regressando a este mundo, perde a lembrança do passado; este, fixado no perispírito, desaparece momentaneamente sob o invólucro carnal. Há nisso uma necessidade física e uma necessidade moral, porque a recordação das vidas precedentes causaria, neste mundo, as mais graves perturbações. Os criminosos seriam reconhecidos, repudiados, desprezados e ficariam, eles próprios, aterrados e como que hipnotizados por suas recordações. (PP. 222 e 223)
182. O conhecimento do passado perpetuaria em nós não somente a sucessão dos fatos, como também os hábitos rotineiros, as opiniões acanhadas, as manias pueris, obstinadas, peculiares às diversas épocas e que estorvam o progresso. (P. 223)
183. O mal não é mais que um efeito de contraste; não tem existência própria. O mal é, para o bem, o que a sombra é para a luz, que só apreciamos depois de havermos sido dela privados. (P. 227)
184. Deus, em sua pura essência, dizem os Espíritos, é qual oceano de chamas. Deus não tem forma, mas pode revestir uma para aparecer às almas elevadas. É a recompensa concedida às grandes dedicações, mas a sua majestade é de tal ordem, que os Espíritos mais puros mal lhe podem suportar o brilho. (P. 233)
185. O ensino espírita pode satisfazer a todos, aos mais aprimorados Espíritos, como aos mais modestos, mas dirige-se principalmente aos que sofrem, aos que vergam ao peso de rude labor ou de dolorosas provações. (P. 236)
186. “A crença na imortalidade – disse Platão – é o laço de toda a sociedade; despedaçai esse laço e a sociedade se dissolverá.” (P. 238) (Continua na próxima edição.)

Respostas às questões preliminares

A. Como se processa a evolução do homem?
A evolução humana se efetua, alternadamente, no espaço e na superfície dos mundos, através de inúmeras etapas, ligadas entre si pela lei de causa e efeito. A vida presente é, para cada qual, a herança do passado e a gestação do futuro. É uma escola e um campo de trabalho; a vida no espaço que lhe sucede é a sua resultante. (Cristianismo e Espiritismo, cap. X, p. 220.)
B. Como é a vida no plano espiritual das pessoas inclinadas à materialidade?
Para essas almas, a vida no espaço é cheia de privações e misérias. Depois de um estágio de repouso no espaço, elas renascem na condição humana, trazendo as reservas e aquisições das vidas pregressas. É desse modo que se explicam as desigualdades morais e intelectuais que diferenciam os habitantes do nosso mundo. (Obra citada, cap. X, pp. 220 e 221.)
C. Por que, na condição de encarnado, o Espírito esquece suas existências passadas?
Há nisso uma necessidade física e uma necessidade moral, visto que a recordação das vidas precedentes causaria, neste mundo, as mais graves perturbações. Os criminosos seriam reconhecidos, repudiados, desprezados e ficariam, eles próprios, aterrados e como que hipnotizados por suas recordações. O conhecimento do passado perpetuaria em nós não somente a sucessão dos fatos, como também os hábitos rotineiros, as opiniões acanhadas, as manias pueris, obstinadas, peculiares às diversas épocas e que estorvam o progresso. (Obra citada, cap. X, pp. 222 e 223.)

Nota:
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