Orar,
assim como ser grato, faz bem a todos
Em entrevista concedida à jornalista
Giovana Campos, o médico Jean Rafael
Rodrigues enumera os benefícios que o sentimento de gratidão confere às pessoas
de todas as faixas etárias, como propiciador de saúde e espiritualidade em
nossas vidas. Caso o leitor queira inteirar-se do teor da entrevista, eis o link: http://www.oconsolador.com.br/ano11/546/entrevista.html
A gratidão é mencionada no
Espiritismo como um dos objetivos das orações que todos nós fazemos – ou
deveríamos fazer – diariamente.
Segundo a questão 659 d´O Livro dos Espíritos, três coisas
podemos fazer por meio da prece: louvar, pedir e agradecer.
Louvar é reconhecer e enaltecer a
Deus por tudo o que Ele criou. Significa aceitar com alegria tudo o que nos
rodeia, o que, no tocante à participação do Senhor em nossa vida, é sempre
justo, equilibrado e perfeito.
Exemplo de prece de louvor é o
conhecido Salmo 23 de Davi:
O Senhor é o meu pastor; nada me
faltará.
Deitar-me faz em pastos verdejantes;
guia-me mansamente a águas tranquilas.
Refrigera a minha alma; guia-me nas
veredas da justiça por amor do seu nome.
Ainda que eu ande pelo vale da
sombra da morte, não temerei mal algum, porque tu estás comigo; a tua vara e o
teu cajado me consolam.
Preparas uma mesa perante mim na
presença dos meus inimigos; unges com óleo a minha cabeça, o meu cálice
transborda.
Certamente que a bondade e a
misericórdia me seguirão todos os dias da minha vida, e habitarei na casa do
Senhor por longos dias. (Salmos, 23:1-6.)
Pedir é o que mais fazemos em nossas
preces. São do tipo robusto os cadernos em que anotamos, na Casa Espírita, os
nomes das pessoas que recorrem aos Benfeitores Espirituais. E eles logo ficam
cheios, requerendo pronta substituição.
O terceiro tipo – preces de
agradecimento – é, no entanto, pouco lembrado pelas pessoas, que perdem com
isso ótima oportunidade de exercitar o sentimento de gratidão, por ignorar,
certamente, seus imensos benefícios.
Ocorre aqui algo que, até bem pouco
tempo, se verificava com relação ao perdão e seus positivos resultados, que não
são apenas de natureza moral, mas também de natureza física, porquanto a pessoa
que perdoa vive melhor e é mais resistente às enfermidades.
As preces são muito mais importantes
em nossa vida do que possamos imaginar, seja qual for a sua finalidade –
louvar, pedir ou agradecer.
Nas questões 658 a 666 de O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec,
os instrutores da espiritualidade fizeram revelações importantes a respeito da
prece.
Eis, de modo resumido, o que eles
nos ensinam:
a.) A prece é sempre agradável a
Deus, quando ditada pelo coração. É, assim, preferível ao Senhor a prece vinda
do íntimo à oração lida, por mais bela que seja, se for lida mais com os lábios
do que com o coração.
b.) A prece é um ato de adoração,
com o qual podemos propor-nos três coisas: louvar, pedir, agradecer.
c.) A prece torna melhor o homem,
porque aquele que ora com fervor e confiança se faz mais forte contra as
tentações do mal e Deus lhe envia bons Espíritos para assisti-lo.
d.) O essencial não é orar muito,
mas orar bem. Existem, porém, pessoas que supõem, de modo equivocado, que todo
o mérito está na longura da prece e fecham os olhos para os seus próprios
defeitos. Tais criaturas fazem da prece uma ocupação, um emprego do tempo,
nunca um estudo de si mesmas.
e.) Podemos pedir a Deus que nos
perdoe as faltas, mas só obteremos o perdão mudando de proceder, porquanto as
boas ações são a melhor prece e os atos valem mais que as palavras.
f.) As provas por que passamos estão
nas mãos de Deus e há algumas que têm de ser suportadas até o fim, mas Deus
leva sempre em conta a resignação. A prece traz para junto de nós os bons
Espíritos, que nos dão a força de suportá-las corajosamente.
g.) A prece nunca é inútil quando
bem feita, porque fortalece aquele que ora. Claro que a prece não pode ter por
efeito mudar os desígnios de Deus, mas a alma por quem oramos experimenta
alívio e sente sempre um refrigério quando encontra pessoas caridosas que se
compadecem de suas dores.
Joanna de Ângelis, que é, segundo
pensamos, quem melhor tratou do tema até hoje, afirma que o ato de orar com
fervor, com confiança e fé, é importante por si mesmo, independentemente da
resposta que a oração terá. Ao orar, diz Joanna, a pessoa se põe em contato com
as forças superiores que regem a vida e com isso se vitaliza.
Esse é certamente o motivo pelo qual
pesquisas recentes na área médica vêm comprovando o valor da prece e da
religião nos processos terapêuticos e imunológicos.
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Adorei a matéria, mto explicativo, a gratidão é a chave do sucesso, qto mais agradecemos mais recebemos do Universo.
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