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sábado, 24 de março de 2018





Partiu, Júpiter...

JORGE LEITE DE OLIVEIRA
jojorgeleite@gmail.com
De Brasília-DF

Lemos na Revista Espírita, de Allan Kardec, que de todos os planetas do Sistema Solar o que está em maior grau de adiantamento é Júpiter. Esse planeta, calculado em 1.200 vezes maior do que a Terra, é considerado mundo ditoso ou feliz.
Nele não existe o mal e nem leis penais, pois a Lei Divina está impressa na consciência de cada um. Ali, cada encarnação tem a duração de até quinhentos anos, e a morte do corpo físico não é acompanhada da podridão que caracteriza a degradação dos corpos na Terra. Os elementos corporais, ali, dissolvem-se no ar sem exalarem o mau odor característico de todo apodrecimento da carne em nosso planeta azul. A infância é muito mais curta e menos obtusa. O desejo do bem é permanente em cada alma e o que distingue cada uma delas é a experiência e o conhecimento, o qual não possui limites.
Segundo informações de espírito, na época de Kardec, o grande músico Mozart estaria reencarnado em Júpiter, assim como o espírito que foi conhecido na Terra como São Luís e alguns outros, de grande elevação entre nós. Certamente, muitas almas que passaram na Terra praticamente desconhecidas, embora bondosas e humildes, e talvez por isso mesmo, também foram promovidas a habitar em corpos mais perfeitos, no planeta Júpiter.
Aqui na Terra, se observarmos bem, perceberemos que já há grande quantidade de almas cuja bondade e proatividade ultrapassa o comum dos humanos. É bem verdade que ainda há muitas pessoas de natureza muito má. Talvez grande número delas, em breve, já não possa mais permanecer em nosso orbe, que já caminha para o estado de mundo de regeneração. Entretanto, como bem observou o grande médium e tribuno espírita Divaldo Franco, em texto de autoria própria, o número de pessoas de bem é muitíssimo superior ao das que não o são.
Vamos narrar apenas dois casos, como exemplo de respeito ao que não é nosso e mesmo de bondade. O primeiro caso é simples. Poderia mesmo ser considerado fruto do acaso, que nos permitiu recuperar um bem perdido e intocado, até ser reencontrado. Após nossa corrida de domingo no Eixão de Brasília, aberto ao público em geral aos domingos e feriados, para caminhada, ciclismo, patinação, corrida e outras atividades lúdicas, fizemos alguns exercícios em aparelhos públicos que o governo local disponibiliza em todas as quadras. Depois disso, voltamos ao apartamento de nossa residência e, ao aqui chegar, demos pela falta de nossas chaves. Retornamos ao local dos exercícios e... Eureka! Lá estavam as chaves esperando por nós.
O segundo caso demonstra, não somente a preocupação com objeto alheio, mas também a disposição de ir ao encontro de quem o esqueceu na rua, na praia, na fazenda, ou numa casinha de sapê.... Ops! Em Brasília não há praia e essa frase faz parte de antiga música. Mas há bastantes quadras de futebol de salão e, numa delas, meu neto, que treina futebol à noite, esqueceu sua mochila, com todo o material escolar, lancheira, dinheiro e celular.
Pedi ao Júnior, pai de Mateus, o meu neto, para mandar WhatsApp para o grupo de pais, pois estava certo de que algum deles havia visto a mochila, que o menino, ao sair correndo da quadra, esquecera, por ter começado a chover forte. Não deu outra: uma hora depois, o porteiro de nosso bloco interfonou-nos... Uma jovem estava aguardando na portaria com a mochila.
Era a Srª Fernanda e seus lindos filhos, Paula e Daniel, este, colega do Mateus.
Eles não moram tão perto de nós, pois residem no Lago Norte e nós na Asa Norte. Nem por isso se deram por vencidos, quando viram que o material era do amiguinho. Foram à casa de minha filha, que ali não estava, por estar viajando e, após anotarem o endereço fornecido por meu genro, vieram até nossa residência e fizeram questão de entregar pessoalmente a mochila.
Em nosso encontro, a jovem Srª Fernanda lembrou-nos, ante a carinha alegre das crianças, que ela e o filho ficaram preocupados, pois sabiam que o Mateus faria prova no dia seguinte.
Esta e outras semelhantes são histórias simples e belas de solidariedade, honestidade e bondade naturais que raramente vemos na mídia. Entretanto, muitas dessas almas belas já estão preparando sua jornada nas estrelas, como Hawking. Provavelmente, algumas delas, como Fernanda, Fábio, seu esposo também de excelente coração, e seus filhos já mereçam residir em Júpiter.






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