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segunda-feira, 2 de abril de 2018




Ampara sempre

João de Deus

Se a treva do mal procura
Mergulhar-te na amargura,
Não te aflijas, meu irmão!...
Olvida o fel que te invade
E acende a luz da bondade
No templo do coração.

Muitas vezes a ironia,
Sob a cólera sombria,
É grito de angústia e dor.
Alma revolta na vida
É como a terra ferida,
Necessita de amor.

Ampara sempre... O Caminho
Nem sempre será de arminho
Que te convide a cantar.
Terás, igualmente, um dia,
A luta, o pranto e a agonia
Por viver e atravessar.

Alguém clama ou desespera?
Silêncio! Trabalho e espera
Na alegria calma e sã...
Sobre a noite brilha a aurora
E, além das sombras de agora,
O dia volta amanhã.


Do livro Cartas do Coração, obra mediúnica psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier.





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