Magnetismo humano e magnetismo espiritual
Este é o módulo 83 de uma série que esperamos sirva
aos neófitos como iniciação ao estudo da doutrina espírita. Cada módulo
compõe-se de duas partes: 1) questões para debate; 2) texto para leitura.
As respostas correspondentes às questões
apresentadas encontram-se no final do texto sugerido para leitura.
Questões para debate
1. É possível sanear um ambiente corrompido por
fluidos viciados?
2. A ação continuada e enérgica dos maus eflúvios
pode produzir doenças?
3. Que diferença existe entre o magnetismo humano
e o magnetismo espiritual?
4. Como André Luiz define fluido magnético?
5. Como age o fluido magnético para produzir na
pessoa enferma o equilíbrio desejado?
Texto para leitura
O perispírito não fica encerrado no corpo, mas se irradia
1. Qualquer lugar pode ter seus fluidos ambientes
poluídos pelas pessoas que ali se encontrem, estejam ou não encarnadas. O
pensamento do indivíduo encarnado age, como o dos desencarnados, sobre os
fluidos espirituais. Se o pensamento for bom, teremos fluidos saudáveis; se
mau, teremos fluidos viciados.
2. A capacidade de atuação dos encarnados sobre os
elementos do mundo espiritual decorre do fato de que a encarnação não os priva
de sua natureza espiritual. Com a encarnação a alma conserva seu perispírito,
que permanece com todas as suas qualidades e, como sabemos, não fica encerrado
no corpo físico, mas se irradia em seu derredor, envolvendo-o como uma espécie
de atmosfera fluídica.
3. Os fluidos corrompidos pelos maus eflúvios dos
Espíritos inferiores podem ser saneados pelo afastamento destes, e isso se
consegue eliminando o que constituía para eles focos de atração. O cultivo dos
bons pensamentos e dos bons sentimentos transforma os fluidos ambientes em bons
fluidos, que têm o poder de repelir os maus fluidos. Cada indivíduo, encarnado
ou não, dispõe em seu perispírito de uma fonte fluídica permanente que pode
mobilizar para operar essa renovação.
4. No tocante à viciação fluídica produzida pelos
encarnados, o ambiente modifica-se do mesmo modo, observando-se o procedimento
acima referido, uma vez que o cultivo de bons pensamentos e sentimentos tem a
faculdade de repelir os fluidos nocivos irradiados pelos maus Espíritos, encarnados
ou não.
A ação continuada dos maus eflúvios pode produzir doenças
5. Sendo o perispírito dos encarnados de natureza
idêntica à dos fluidos espirituais, ele os assimila com facilidade, como uma
esponja se embebe de um líquido. Esses fluidos exercem sobre o perispírito uma
ação tanto mais direta quanto, por sua expansão, o perispírito com eles se
confunde. Intimamente ligado ao corpo físico, molécula a molécula, ao sofrer a
influência desses fluidos, o perispírito reage sobre o corpo material transmitindo-lhe
uma impressão salutar ou penosa, conforme os eflúvios recebidos sejam bons ou
maus.
6. A ação continuada e enérgica dos maus eflúvios
pode ter repercussões sérias e até mesmo provocar o surgimento de doenças. Os
ambientes onde pululam os maus Espíritos são fortemente impregnados de fluidos
deletérios que afetam, de forma bastante prejudicial, a saúde dos encarnados
que os absorvem através dos poros perispiríticos.
7. Como já foi visto, o fluido universal sofre
inúmeras transformações que formam, assim, uma imensa variedade de fluidos com
propriedades especiais. Atuando sobre o perispírito, um desses fluidos possui
recursos que possibilitam a recuperação do corpo físico. Para que esse efeito
reparador se realize, faz-se preciso inocular tais fluidos no organismo
combalido. A cura opera-se então pela remoção das células doentes, que são
substituídas por células sadias. Ressalte-se nessa ação a importância da
vontade do inoculador, a qual, quanto mais enérgica, mais abundante torna a
emissão fluídica e maior poder de penetração no corpo doente lhe confere.
8. A ação desse elemento fluídico, chamado também
de fluido vital ou magnético, apresenta efeitos muito variados sobre os
enfermos, efeitos esses que são, às vezes, lentos, a exigir tratamento demorado,
e, em outras vezes, rápidos, havendo pessoas que produzem curas instantâneas
pela simples imposição das mãos ou tão somente pela força da vontade.
A ação do fluido magnético atinge a intimidade das células
9. Conforme seja o agente responsável pela emissão
magnética, teremos então a seguinte classificação:
- Magnetismo humano, ou magnetismo propriamente dito, cuja ação, produzida pelos fluidos do encarnado (magnetizador), depende da força e principalmente da qualidade do fluido transmitido.
- Magnetismo espiritual, produzido pelos desencarnados, cuja atuação se faz diretamente e sem intermediário sobre a pessoa enferma, e sua qualidade está ligada às qualidades do Espírito que a exerce.
- Magnetismo misto, semiespiritual ou humano-espiritual, em que ocorre associação dos recursos fluídicos do encarnado com os dos Espíritos, que irradiam sobre o magnetizador encarnado a substância fluídica que lhes é própria e o encarnado as transmite ao enfermo juntamente com seus recursos magnéticos.
10. Tratando do assunto em seu livro Evolução em Dois Mundos, André Luiz
afirma que o fluido magnético constitui por si emanação controlada de força
mental sob a alavanca da vontade. E acrescenta que, reconhecida a capacidade do
fluido magnético para que as criaturas se influenciem reciprocamente, fácil é
perceber que com muito mais amplitude e eficiência atuará ele sobre as
entidades celulares que formam o Estado Orgânico – corpo físico e corpo
perispiritual –, particularmente as células sanguíneas e as histiocitárias,
determinando-lhes o nível satisfatório, a migração ou a mobilidade, a
fabricação de anticorpos ou, ainda, a improvisação de outros recursos
combativos e imunológicos, na defesa contra as invasões bacterianas e na
redução ou extinção dos processos patogênicos.
11. Toda queda moral nos seres responsáveis –
explica André Luiz – opera certa lesão no hemisfério psicossomático ou
perispírito, a refletir-se em desarmonia no hemisfério somático ou veículo
carnal, provocando determinada causa de sofrimento. A dor é, portanto, sempre
uma situação de alarme ou emergência, mais ou menos durável no império
orgânico, requisitando o socorro externo da medicina do corpo ou da alma, na
execução do alívio ou da cura.
12. Pelo passe magnético, notadamente naquele que
se baseie no divino manancial da prece, a vontade fortalecida no bem pode
soerguer a vontade enfraquecida de outrem, para que essa vontade novamente
ajustada à confiança magnetize naturalmente os milhões de agentes microscópicos
a seu serviço, a fim de que o Estado Orgânico se recomponha para o equilíbrio
indispensável.
Respostas às questões propostas
1. É possível sanear um ambiente corrompido por fluidos viciados?
Sim. O cultivo dos bons pensamentos e dos bons
sentimentos transforma os fluidos ambientes em bons fluidos, que têm o poder de
repelir os maus fluidos. Cada indivíduo, encarnado ou não, dispõe em seu
perispírito de uma fonte fluídica permanente que pode mobilizar para operar
essa renovação.
2. A ação continuada e enérgica dos maus eflúvios pode produzir
doenças?
Evidentemente. A ação continuada e enérgica dos
maus eflúvios pode ter repercussões sérias e uma dessas consequências é o
surgimento de doenças.
3. Que diferença existe entre o magnetismo humano e o magnetismo
espiritual?
A diferença está em que o magnetismo humano
decorre da ação produzida pelos fluidos de um ser encarnado, ao passo que o
magnetismo espiritual resulta da ação produzida pelos desencarnados,
diretamente e sem intermediário.
4. Como André Luiz define fluido magnético?
Diz André Luiz que o fluido magnético é uma
emanação controlada de força mental sob a alavanca da vontade, a atuar sobre as
células que formam o Estado Orgânico.
5. Como age o fluido magnético para produzir na pessoa enferma o
equilíbrio desejado?
O fluido magnético age na intimidade das células
com o objetivo de soerguer a vontade enfraquecida do paciente, de modo que essa
vontade, novamente ajustada à confiança, magnetize naturalmente os milhões de
células e o Estado Orgânico se recomponha para o equilíbrio indispensável.
Bibliografia:
A Gênese, de Allan Kardec, cap. 14, itens 18 a 34, pp. 285
a 296.
Evolução em dois mundos, de André
Luiz, 2ª parte, cap. XV, pp. 201 a 204.
Nota:
Eis os links que remetem aos 3
últimos textos:
Módulo 80 - https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com.br/2018/05/a-infancia-este-e-o-modulo-80-de-uma.html
Módulo 81 - https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2018/05/reencarnacao-nos-diferentes-mundos-este.html
Módulo 82 - https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2018/05/natureza-e-qualidade-dos-fluidos-este-e.html
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