O bem é a maioria
JORGE LEITE DE OLIVEIRA
jojorgeleite@gmail.com
De Brasília-DF
O
brasileiro é D+. Acreditem que eu esqueci uma sacola com cápsulas do Nespresso
no saguão de alimentação do shopping Iguatemi - fui ao cinema e na saída dei
pela falta. Hoje, uma pessoa do bem deixou na portaria do meu prédio (a nota
fiscal estava dentro e tinha meu endereço) D+! estou feliz com gesto de nossa
honestidade e solidariedade. Postado
no facebook por Lenira, em 02 de julho de 2018.
A se acreditar na mídia, viveríamos num
mundo perverso, no qual predomina a maldade. Vimos na TV, dias atrás, uma
jovenzinha de doze anos patinando despreocupada e feliz, sem saber que morte
horrível a esperava mais adiante. Triste, muito triste...
Preso, um servente de pedreiro,
testemunha do crime, indiciado pela polícia como cúmplice do casal assassino,
disse ao delegado que a menina implorou para não a matarem. Tudo isso, porém,
foi inútil. O comparsa da mulher, a qual obrigou a garota a entrar no carro do
casal, estrangulou a frágil vítima até matá-la.
Quadros horríveis como esse,
infelizmente, ainda existem em grande quantidade na Terra. A mãe da vítima
concluiu que sua filha “estava no lugar e hora errados”, mas apenas o
Espiritismo explica um crime bárbaro como esse, aparentemente distante da
Providência Divina.
Há dois versos de música do cantor
Reginaldo Rossi, falecido há poucos anos, que dizem o seguinte: “A vida não
vale nada/quanto mais não tendo você”. É verdade, já se disse que “ninguém é
uma ilha”. Portanto, todos precisamos da convivência e apoio uns dos outros.
Mas de tanto a mídia divulgar crimes hediondos, ocorridos até mesmo no seio da
família, muitas pessoas preferem morar sozinhas.
Em geral, esses crimes são praticados
pelo homem, que, em vez de respeitar a mulher e as crianças sob seu teto,
intimida, agride e assassina covarde e cruelmente aqueles a quem deveria
proteger. Por vezes, a mulher é cúmplice do assassino, seja por temer sua
represália, seja por se identificar no mal com aquele.
Se fizermos, porém, um cálculo
estatístico sobre o número de pessoas que praticam o mal em relação às voltadas
ao bem, estas ganham de goleada daquelas. Num desses dias de copa do mundo de
futebol, ouvimos relato sobre o jogador da Dinamarca que assumiu o risco de seu
time perder o jogo, mas não obter vantagem desleal sobre o time adversário.
Durante a partida, o jogador do outro
time estava sozinho dentro da própria área, quando ouviu um apito dado por um
torcedor. Imaginando ter sido o juiz o autor do apito, o atleta pegou a bola
com as mãos e foi penalizado. Entretanto, o jogador do time adversário, encarregado
da cobrança do pênalti, propositadamente, chutou a bola para a linha de fundo.
Seu time perdeu a partida de futebol,
porém sua atitude tornou-se conhecida mundialmente. O bom exemplo comove a quem
o vê e faz bem a quem o pratica. Não à toa, a Dinamarca é conhecida como o país
menos corrupto do mundo. Isso passa pela educação com ética.
Enquanto isso, no Brasil, a cada
vitória brasileira em jogo da copa, alguns políticos corruptos são libertados
da cadeia pela 2ª Turma do STF, mesmo tratando-se de condenados a muitos anos
de prisão.
Na Dinamarca corrupto é avis rara; no Brasil, a fraude está
espalhada por todo lado, mas nosso povo começa a despertar. Nesse sentido, o
papel da mídia social, desde que evitemos os fakes, é da mais alta importância.
O mal é ruidoso, espalhafatoso. O bem é
silencioso, discreto e humilde, mas é o que predomina. Quer um exemplo? Somos
mais de sete bilhões de pessoas na Terra, preocupados em trabalhar, constituir
família, educar e ser educado. Dessa população, menos de um por cento opta pelo
mal.
Para concluir, narrarei um fato
acontecido comigo na semana passada. Após ter consultado médico, este
prescreveu-me vacina com vitamina B3, no valor de R$ 130,00. Entretanto, ao
perguntar à sua secretária pela forma de pagamento, esta informou-me de que só
era aceito ressarcimento em dinheiro.
Como eu não dispunha do valor cobrado,
indaguei-lhe, novamente, se havia alguma agência do Banco do Brasil nas
proximidades. Em resposta, soube que somente existia agência desse banco a um
quilômetro dali.
Ouvindo isso, outro paciente que
aguardava atendimento propôs-se pagar minha vacina, desde que eu transferisse o
valor do medicamento pago para sua conta do mesmo banco. Foi o que fiz, feliz e
agradecido.
Lido no facebook: “Voluntários fazem mantas
e cobertores para aquecer pessoas carentes”.
Casos como esse, em nosso país, são
muito mais comuns do que os de políticos e empresários desonestos ou de
psicopatas que arrebatam a vida a inocente criança. Apenas parecem tão comuns
que não são divulgados.
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