Realmente essência
CÍNTHIA CORTEGOSO
cinthiacortegoso@gmail.com
De Londrina-PR
As
pessoas buscam incessantemente algo que, muitas vezes, não preencherá o
coração; porém, buscam e atropelam o próprio limite e também o alheio e
continuam. E quando observam percebem que embora tenham investido tanto
trabalho e sacrifício conquistaram o supérfluo e como não ocorreu o
preenchimento, áridos e sem o brilho que a energia vital reluz, voltam ao
estéril combate.
E no
campo da vida não são capazes ou não se permitem observar as borboletas
coloridas, os pássaros livres, o canto do vento, o caminho das formigas, o
nascer do sol e muito menos o entardecer, desconhecem a carinha feliz de um
cão, o beija-flor bem pertinho, a sensação boa de ser útil, a pureza dos pingos
da chuva, o calorzinho do sol no inverno, a energia de dar um abraço e senti-lo
retribuído.
Ainda
adormecidas para a vida, essas pessoas não sentem como é maravilhoso estar
perto de quem se ama, ler um livro desejado bem em silêncio e surpreender-se
com o desfecho, tomar um café depois de mais um dia de trabalho cumprido com
amor, deitar-se para dormir e tão naturalmente sorrir em lembrar-se de singelos
acontecimentos, parar um pouco para observar o dia. E muito sentirão falta do
que é essencial ao coração.
Menos
ter e bem mais ser. Tão abordada é essa questão, mas falta querer ser
compreendida e incorporada. Enquanto se corre atrás do que nunca preenche o
espaço real, as verdadeiras artes da vida se apresentam ininterruptamente, no
entanto, os olhos são incapazes de reconhecê-las.
Na
universidade, tive uma notável professora que oportunamente dizia: Mais vale
uma flor natural no jardim do que um campo frio de flores de plásticos.
Ainda é
nítida a alegria no semblante da criança quando ela está brincando num parque.
Só o que
é real anima o coração.
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