Aproxima-se o tempo da separação...
JORGE LEITE DE OLIVEIRA
jojorgeleite@gmail.com
De Brasília-DF
Ante a perplexidade do cidadão
brasileiro sobre o império do materialismo no mundo e suas consequências,
estive conversando telepaticamente
com Machado de Assis, o Bruxo do Cosme
Velho. Agora vou brindar o leitor amigo com o conteúdo de nosso diálogo.
— Machado, que você pensa dessa
revolução educacional e social, em nosso país, com fulcro nas ideologias
materialistas e niilistas?
— Resultado da falência das religiões.
Entretanto, Cristo está presente e atento, como Bom Pastor que é, a serviço do
Senhor do Universo. Como você sabe, desde meados do século XIX, as estrelas do espaço movimentam-se por
toda a Terra, para o combate derradeiro contra os agentes do mal e a
implantação definitiva do Reino de Deus entre nós.
— Mas, então, como se explica essa
inversão terrível de valores no mundo físico? Percebe-se o recrudescimento das
intenções de impor o comunismo
materialista ao “Coração do Mundo, Pátria do Evangelho”, como o Espírito
Humberto de Campos definiu o Brasil, pela psicografia de Chico Xavier.
— Conforme já lhe comuniquei
mentalmente, Jó, as teorias materialistas vêm influenciando muitos Espíritos,
tanto do lado de cá, quanto do seu lado. Já há quem imagine que o homem possa
tornar-se Deus, cuja existência única
é negada, entre outros, por Yuval Noah Harari em obras de grande erudição, mas
com desprezo total à Revelação do século XIX. Suas obras Sapiens e Homo Deus já
venderam mais de dois milhões de exemplares, mas em breve ele conhecerá a
Verdade libertadora... É mais um iludido por Karl Marx...
— Concordo, Machado, as ideias de Marx prosseguem
devastando a Terra.
— É verdade, amigo Jó, a proposta desse
cidadão alemão é tão absurda que jamais deu certo. Ele parte da concepção de
que tudo no mundo é matéria. Faltou-lhe a base religiosa, da qual descria, devido
às extrapolações hermenêuticas dos pretensos representantes divinos.
— Amigo Bruxo, o materialismo está de
tal modo imperando na Terra que até os cursos de filosofia enfatizam os
teóricos do niilismo, aos quais dão primazia nas salas acadêmicas. Seus adeptos
empenham-se tenazmente para que o mundo se reduza demograficamente a tal ponto
que, no futuro, somente os mais fortes e espertos sobrevivam. Agem como
verdadeiros animais, qual se sentem, sem qualquer preocupação com o que venha
após sua breve existência na Terra.
— Destruindo a vida alheia, Jó, eles
imaginam desfrutar os bens econômicos à
volonté. Exatamente por não verem sentido na vida, tais pessoas tudo fazem
para a população mundial se autodestruir. Enquanto estão na matéria, desejam
explorar todo tipo de prazer, sejam quais forem as consequências de seus atos.
Desse modo, ética, honestidade, pudor, trabalho, mérito, família, tudo perde o
sentido. Afinal, dizem, qual a finalidade da vida? Nenhuma, pois tudo começa e
termina na matéria. Então, vamos aproveitar.
— Por isso mesmo, tudo que puderem
fazer para extinguir a vida no planeta eles farão, não é mesmo, amigo Bruxo?
— Com certeza, Jó. Mas a de outrem, não
a sua. Por isso, incentivam o controle da natalidade. Essa tal de identidade de gênero, que vem sendo
imposta como disciplina escolar, é uma forma de dizer às crianças para darem
vazão aos seus instintos animais. Com isso, ao crescerem, não mais terão a
preocupação de se reproduzirem, e a taxa de natalidade reduzir-se-á a tal ponto
que, em alguns séculos, já não haja mais rendas per capita por falta de capita.
— Lá vem você com trocadilhos, Machado.
Outra ideia “genial” dessas mentes doentias é a da defesa dos corruptos
poderosos, aos quais são proporcionadas todas as regalias e protelação de
punições. Drogas, armas, defesas de direitos humanos, em prol exclusivo de bandidos,
são seus fortes instrumentos de apoio ao assassínio diário, no país, de
centenas de cidadãos desarmados. Com isso, previnem-se de acabarem com a corda no pescoço.
— Amigo Jó, nem mesmo as crianças são
poupadas da sanha criminosa dessas mentes doentias. Vira e mexe, aparece um jogo eletrônico incentivando os infantes a
automutilarem-se e praticarem o suicídio. Que os pais fiquem atentos...
— Onde vamos parar com tudo isso, Machado?
— A questão não é saber onde vamos
parar. É, sim, a de parar com isso. Para tal fim, é preciso que todos os homens
de bem se unam em torno das verdades eternas, postas por Deus ao alcance de
quem as queira descobrir, independente das querelas religiosas, quais sejam:
1ª) A existência dessa “Inteligência
Suprema, Causa Primeira de todas as coisas”, à qual Jesus nos fez conhecer como
Espírito e Nosso Pai. Assegurou-nos o Cristo que também somos espíritos, filhos
divinos e, pois, irmãos que devemos nos amar e não nos destruirmos.
2ª) A certeza de que as Leis de Deus
estão impressas em nossa consciência. Como Ele é Perfeito, também o são suas
Leis, que nos julgarão sempre conforme nossos atos e nos darão o céu ou o
inferno onde estivermos...
3ª) A convicção de que somos imortais,
assim como tudo na Criação de Deus e, portanto, ainda que a nosso contragosto,
não nos extinguiremos, como espíritos, jamais, pois há três elementos eternos
na natureza: Deus, espírito e matéria.
Conclusão, Deus é o Alfa e o Ômega da
vida universal. Tudo provém d'Ele e para Ele retorna. Esse Espírito Paternal,
Senhor do Universo, criou os reinos mineral, vegetal e animal (ânima). Ao ânima é acrescido o princípio espiritual, fim para o qual tudo
converge e para que desfrutemos da alegria de ser, um dia, com o Pai, princípio
e fim de tudo que existe, espíritos cocriadores e não destruidores de Sua Obra,
criada pelo Amor e para o amor. Creiam ou não nisso os materialistas, jamais se
conseguirá destruir o que é indestrutível e se transforma eternamente. Aí está
o sentido da vida, tão negado pelos cegos doutos de todos os tempos. Sabendo
disso, somente seremos felizes, de fato, obedecendo à regra áurea instituída
pelo Cristo, em Mateus, 7: 12: “Fazei aos outros tudo o que desejais que eles
vos façam [...]”.
— Concordo plenamente, Bruxo. Se não
queremos que nos matem, não devemos matar. Se não aceitamos o roubo, jamais
roubemos. Se discordamos em dispor aos ociosos os bens que adquirimos ao longo
de muitos anos de trabalho, não incitemos ninguém a desapropriar os bens
alheios. Se desejamos ser felizes, trabalhemos pela felicidade alheia.
— Entretanto, Jó, se para alguém, ainda
assim, nada disso faz sentido, tal pessoa rir-se-á de seus conselhos.
— Que ria, amigo Bruxo. Também riram do
Cristo quando Ele disse que voltaria três dias após a “destruição do templo
sagrado” ao referir-se à morte física que lhe dariam. E voltou mesmo.
— Não somente voltou no seu tempo, Jó,
como também prometeu retornar quando a iniquidade no mundo atingisse as raias
do absurdo, como ocorre nestes dias. Será o tempo da separação das ovelhas e
dos bodes (Mateus, 25: 21 a 46). Nesse dia, o Reino Divino estará sendo implantado
definitivamente na Terra.
Na próxima crônica eu explico o sentido
dessa parábola ao amigo leitor.
Como consultar as matérias deste
blog? Se você não conhece a estrutura deste blog, clique neste link: https://goo.gl/h85Vsc e verá como utilizá-lo e os vários recursos que ele
nos propicia.
|
Nenhum comentário:
Postar um comentário