A verdade do universo
CÍNTHIA CORTEGOSO
cinthiacortegoso@gmail.com
De Londrina-PR
O que os
olhos veem ou os outros sentidos sentem difere muito do que está no interior e
quem observa raramente saberá o tesouro ou o martírio secretos. A aparência
deve ser a que menos importa, pois é somente o coração quem leva o verdadeiro
sentimento.
Certo
dia, num daqueles domingos à tarde, cuja brisa refresca o rosto em terras
estrangeiras, ouvi um homem conversando com um menino – estávamos num daqueles
bancos de cimento de frente para o mar. O homem, com a paciência conquistada
pela sabedoria, explicava ao menino que o mar observado de fora parece apenas
uma imensidão de água. O jovenzinho prestava atenção naquelas palavras, na
forma como o senhor lhe contava.
Os três
olhávamos para o infinito. O vento, constante e com variadas direções, nos
confirmava a força da vida.
E o
senhor começou a explicar-lhe um pouquinho a dimensão no fundo do mar, os
milhares de espécies, a harmonia das ações, o lado mais claro e o denso escuro,
a inteligência infinita em todos os lugares, a vida que pulsa formas múltiplas
em espaços que, muitas vezes, parecem inabitáveis.
Eu e o
menino ouvíamos completamente atentos.
Ao mesmo
tempo outros milhares de universos se movimentavam à beira do mar, universos
aparentando alegria, mas inteiros de dor; com sonhos lindos; outros com
singelos desejos humanos; ainda os desejosos por um pouco mais de tempo aqui;
os que só precisavam de um abraço; outros que queriam abraçar mas não tinham
quem.
Os
universos pulsam, porém apenas o seu próprio coração é capaz de saber sua
verdade.
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