Fazer o bem para viver bem
JORGE LEITE DE OLIVEIRA
jojorgeleite@gmail.com
De Brasília-DF
Estava refletindo sobre o significado
deste versículo: “Pois ele mesmo sabia o que havia no homem” (João, 2:25),
quando vi surgir Emmanuel, que, prontamente, me explicou:
— Amigo, Jesus sabia do que havia em
cada um de nós, mas sempre se pautou pelo otimismo. Conhecia o passado
publicano de Zaqueu, entretanto regozijou-se por sua decisão de servir.
Conhecia o pretérito de Madalena, mas renovou-a para a pureza do amor. Sabia do
orgulho intelectual de Nicodemos, mas esclareceu-o, singelamente, sobre a
sublimidade da vida. Identificou a tibieza de Pedro, porém fortificou-o para a
árdua tarefa do Cristianismo nos seus primórdios. Constatou a dúvida de Tomé,
mas revigorou-lhe a fé. Sabia que Judas o trairia, e ainda assim o chamou de
amigo...
Os cuidados do Cristo primavam em
proporcionar, a cada criatura humana, mais ampla visão da vida e estimulá-la a
renovar-se para a prática do bem. Com seus exemplos, ensinou-nos a jamais
condenar o próximo em virtude de sua imperfeição, porém educá-lo, sobretudo
pela exemplificação própria.
O Divino Amigo não desconhece a nossa
pesada e negra bagagem do passado e as dificuldades do presente, pleno de
hesitações, de defecções e de erros; todavia, ainda assim, não deixa de
estender-nos as mãos amorosas. Desse modo, quanto lhe seja possível, tolere e
socorra seu irmão.
— Sabe, Emmanuel, ultimamente, tenho
refletido muito sobre a vida. Há poucos dias, li um dos livros de Mário
Cortella, intitulado Viver em paz para
morrer em paz. Achei interessante sua proposta, mas, refletindo melhor,
lembrei-me de que nós, espíritas cristãos, não cremos na morte. Então,
substituí a frase do amigo Cortella por esta: Fazer o bem para viver bem!
— Isso mesmo, Jó, sendo nós imortais,
quanto mais fizermos o bem, melhor será nosso bem-estar na vida, que é eterna. Até
breve!
— Até breve, amigo! Abraços ao Machado!
O Evangelho segundo o Espiritismo em tradução no português
atual
Continuação da tradução livre d’O Evangelho segundo o Espiritismo
II — Autoridade da Doutrina Espírita
Controle universal do ensino dos Espíritos
Se a Doutrina Espírita fosse uma
concepção puramente humana, só teria como garantia as luzes daquele que a
tivesse concebido. Ora, ninguém neste mundo poderia ter a pretensão de possuir,
sozinho, a verdade absoluta. Se os Espíritos que a revelaram se houvessem
manifestado a apenas um homem, nada lhe garantiria a origem, pois seria
necessário crer naquele que dissesse haver deles recebido os ensinos.
Admitindo-se sinceridade absoluta de sua parte, poderia no máximo convencer as
pessoas de suas relações; conseguiria sectários, mas jamais conseguiria reunir
todo o mundo.
Deus quis que a nova revelação chegasse
aos homens por uma via mais rápida e mais autêntica. Por isso encarregou os
Espíritos de a levarem de um polo ao outro, manifestando-se por toda parte, sem
dar a ninguém o privilégio exclusivo de lhes ouvir a palavra. Um homem pode ser
enganado, pode enganar-se a si mesmo, mas não aconteceria assim, quando milhões
veem e ouvem a mesma coisa: isso é uma garantia para cada um e para todos. Além
disso, pode fazer-se desaparecer um homem, mas não se faz desaparecerem as massas;
podem-se queimar livros, mas não se podem queimar Espíritos. Ora, queimem-se
todos os livros, e a fonte da Doutrina não será menos inesgotável, porque não
se encontra na Terra, surge de toda parte, e cada um pode saciar sua sede nela.
Se faltarem homens para a divulgar, sempre haverá Espíritos cuja atuação atinge
todos e aos quais ninguém pode atingir.
São, portanto, os próprios Espíritos
que fazem a propaganda da Doutrina, com a ajuda de inumeráveis médiuns, que
eles suscitam de todos os lados. Se houvesse intérprete único, por mais
favorecido que fosse, o Espiritismo mal seria conhecido. Esse intérprete, por
sua vez, qualquer que fosse a sua classe, provocaria a prevenção de muita
gente; nem todas as nações o teriam aceitado. Os Espíritos, entretanto,
comunicando-se por toda parte, a todos os povos, a todas as seitas e a todos os
partidos, são aceitos por todos.
O Espiritismo não tem nacionalidade,
independe de cultos particulares, não é imposto por nenhuma classe social,
visto que cada um pode receber instruções de seus parentes e amigos de
além-túmulo. Era necessário que assim fosse, para que ele pudesse conclamar
todos os homens à fraternidade. Caso não se colocasse em terreno neutro, teria
mantido as dissensões, em lugar de apaziguá-las.
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