A prece e sua eficácia
Este é o módulo 135 de uma série que
esperamos sirva aos neófitos como iniciação ao estudo da doutrina espírita.
Cada módulo compõe-se de duas partes: 1) questões para debate; 2) texto para
leitura.
As respostas correspondentes às
questões apresentadas encontram-se no final do texto sugerido para
leitura.
Questões para debate
1. Que resultados a prece sincera produz àquele que ora?
2. A prece pode ter por objeto três coisas. Quais são elas?
3. Como devemos entender o ensinamento de Jesus quando afirmou que tudo
o que pedirmos com fé, em oração, nós o receberemos?
4. Que é preciso para que, entre o pedido que parte da Terra e o
suprimento que vem do Alto, se efetive o auxílio solicitado?
5. Que virtudes são necessárias para esperar e compreender as respostas
de Deus às nossas preces?
Texto para leitura
Quando ditas de
coração, são boas as preces de todos os cultos
1. Há pessoas que contestam a eficácia da prece com fundamento no
princípio de que, conhecendo Deus as nossas necessidades, desnecessário e
inútil se torna expô-las ao Pai Eterno. Tal argumento, contudo, não é correto
porque, independentemente de Deus conhecer nossas necessidades, a prece
proporciona por si só a quem ora um bem-estar muito grande, visto que aproxima
a criatura do Criador e, filha primogênita da fé, nos encaminha para a senda
que conduz a Deus.
2. Como sabemos, não existe uma fórmula especial para que alguém ore.
Quando ditas de coração e não apenas de lábios, são boas as preces de todos os
cultos. Independentemente da fórmula, o principal é que as preces sejam claras,
simples, concisas.
3. A prece pode ter por objeto um pedido, um agradecimento ou uma
glorificação. Dirigidas a Deus, são ouvidas pelos Espíritos incumbidos pelo
Criador de executar sua vontade. Eis por que pela prece o homem obtém o
concurso dos bons Espíritos, que acorrem a sustentá-lo em suas boas resoluções
e a inspirar-lhe ideias sãs. Aquele que ora com fervor adquire, desse modo, a
força moral necessária a vencer as dificuldades e a volver ao caminho reto, se
deste se afastou, podendo também, por esse meio, desviar de si os males que
atrairia com suas faltas.
4. Embora Jesus tenha dito que tudo o que pedirmos com fé, em oração,
nós o receberemos, seria ilógico deduzir que basta pedir para obter, do mesmo
modo que seria injusto acusar a Providência se esta não acede a toda súplica
que lhe fazemos. É preciso ter sempre em mente que Deus sabe, melhor do que
nós, o que realmente nos convém nessa ou naquela circunstância. Um pai
criterioso também recusa ao filho o que seja contrário aos seus interesses.
A prece elevada é manancial
de magnetismo criador e vivificante
5. O que o homem não deve esquecer, em todos os momentos e
circunstâncias da vida, é a prece do trabalho e da dedicação, no santuário das
lutas purificadoras, porque Jesus abençoará suas realizações de esforço
sincero.
6. O santuário doméstico que encontre criaturas amantes da oração e dos
sentimentos elevados converte-se em campo sublime das mais belas florações e
colheitas espirituais. Para tanto, não pode a prece ser um movimento mecânico
de lábios, nem disco de fácil repetição no aparelho da mente. A prece é – e
deve ser – vibração, energia, poder.
7. A pessoa que ora, mobilizando as próprias forças, realiza trabalhos
de grande significação e põe-se em contato com as fontes superiores da vida. Os
raios divinos expedidos pela prece santificadora convertem-se em fatores
adiantados de cooperação eficiente e definitiva na cura do corpo, na renovação
da alma e na iluminação da consciência.
8. Toda prece elevada é manancial de magnetismo criador e vivificante e,
por causa disso, toda criatura que cultiva a oração, com o devido equilíbrio,
transforma-se gradativamente em foco irradiante de energias da Divindade.
É preciso humildade
para compreender as respostas de Deus
9. Aprendamos, pois, a orar e igualmente entender as respostas do Alto
às nossas súplicas. Se vamos expor em prece ao Senhor os nossos obstáculos,
pedindo as providências que nos sejam necessárias à paz e à execução dos
encargos que a vida nos delegou, supliquemos também ao Pai nos ilumine o
entendimento para que saibamos receber dignamente suas decisões.
10. Entre o pedido que parte da Terra e o suprimento que vem do Alto, é
imperioso funcione a alavanca da vontade humana, com decisão e firmeza, para
que se efetive o auxílio solicitado.
11. Confiemos em Deus e supliquemos o seu amparo, mas – se quisermos
receber a bênção divina – procuremos esvaziar o coração de tudo o que discorde
das nossas petições, a fim de oferecer à bênção divina clima de aceitação, base
e lugar.
12. Todos, em verdade, podemos endereçar a Deus, em qualquer parte e em
qualquer tempo, as mais variadas preces; precisamos, contudo, cultivar paciência e
humildade para esperar e compreender as respostas de Deus.
Respostas às questões
propostas
1. Que resultados a
prece sincera produz àquele que ora?
A prece proporciona a quem ora um bem-estar muito grande, visto que aproxima
a criatura do Criador e, filha primogênita da fé, nos encaminha para a senda
que conduz a Deus.
2. A prece pode ter
por objeto três coisas. Quais são elas?
A prece pode ter por objeto um pedido, um agradecimento ou uma
glorificação.
3. Como devemos
entender o ensinamento de Jesus quando afirmou que tudo o que pedirmos com fé,
em oração, nós o receberemos?
Devemos entender que, embora Jesus tenha dito essa frase, seria ilógico
deduzir que basta pedir para obter, do mesmo modo que seria injusto acusar a
Providência se esta não acede a toda súplica que lhe fazemos. É preciso ter
sempre em mente que Deus sabe, melhor do que nós, o que realmente nos convém
nessa ou naquela circunstância.
4. Que é preciso para
que, entre o pedido que parte da Terra e o suprimento que vem do Alto, se
efetive o auxílio solicitado?
É preciso que funcione a alavanca da vontade humana, com decisão e
firmeza, para que se efetive o auxílio solicitado.
5. Que virtudes são
necessárias para esperar e compreender as respostas de Deus às nossas
preces?
Podemos endereçar a Deus, em qualquer parte e em qualquer tempo, as mais
variadas preces; contudo, precisamos cultivar paciência e humildade para
esperar e compreender as respostas de Deus.
Bibliografia:
O Evangelho segundo o
Espiritismo, de Allan Kardec, capítulos XXVII e XXVIII.
O Consolador, de Emmanuel,
psicografado por Francisco Cândido Xavier, questão 306.
Ceifa de Luz, de Emmanuel,
psicografado por Francisco Cândido Xavier, p. 157.
Rumo Certo, de Emmanuel,
psicografado por Francisco Cândido Xavier, pp. 71 a 73.
Missionários da Luz, de André Luiz,
psicografado por Francisco Cândido Xavier, pp. 64 a 67.
Cartas e Crônicas, de Irmão X,
psicografado por Francisco Cândido Xavier, p. 15.
Observação:
Eis os links que
remetem aos 3 últimos textos:
Módulo 132 - https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2019/05/a-moral-crista-este-e-o-modulo-132-de.html
Módulo 133 - https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2019/05/adoracao-deus-este-e-o-modulo-133-de.html
Módulo 134 - https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2019/05/a-fe-suas-acepcoes-eimportancia-este-e.html
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