Da série de erros
frequentes no uso do idioma português, eis mais seis exemplos:
1. Devemos ter muito
cuidado. Não podemos nos contradizer.
O correto: Devemos ter muito cuidado. Não podemos
contradizer-nos.
Outra opção: Devemos
ter muito cuidado. Não nos podemos contradizer.
Explicação: O pronome
oblíquo não deve ficar solto entre os verbos que compõem a locução, mas
observar, sempre que possível, a forma enclítica em relação ao verbo auxiliar
ou ao verbo principal.
2. Perto de casa havia um
centro espírita e já tinha ouvido falar bem sobre o mesmo.
O correto: Perto de casa havia um centro espírita e já
tinha ouvido falar bem sobre ele.
Explicação: O vocábulo
mesmo não deve ser usado no lugar do nome ou do pronome.
3. Ao sair de casa, o moço
disse ao pai: – Quero viajar mundo a fora e não sei se voltarei um dia.
O correto: Ao sair de casa, o moço disse ao pai: –
Quero viajar mundo afora e não sei se
voltarei um dia.
Explicação: Seja como
advérbio, seja como preposição, o vocábulo afora escreve-se assim mesmo, numa
só palavra.
4. Dirigindo-se ao enfermo
rebelde, o médico pediu, com rara energia, para ele voltar às atividades
físicas.
O correto: Dirigindo-se ao enfermo rebelde, o médico
pediu, com rara energia, que ele voltasse às atividades físicas.
Explicação: O verbo pedir
requer objeto direto. Quem pede, pede algo, pede alguma coisa.
5. Você escolheu bem o
tema, todavia, a maneira como vai apresentá-lo é o que mais importa.
O correto: Você escolheu bem o tema, todavia a maneira
como vai apresentá-lo é o que mais importa.
Explicação: Quando
utilizamos uma destas conjunções coordenativas adversativas: no entanto,
entretanto, contudo, porém, todavia, se elas vierem no início da oração, a
vírgula é uma só e será aplicada antes da conjunção. Exemplo: Adquiri um
televisor de plasma, porém não o instalei.
6. O Espiritismo nos diz
que temos liberdade de escolha, mas teremos de arcar com as consequências da
mesma.
O correto: O Espiritismo nos diz que temos liberdade
de escolha, mas teremos de arcar com as consequências dela [ou disso].
Explicação: Os vocábulos
mesmo e mesma não devem ser usados no lugar do nome ou do pronome.
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Muito bom, amigo. Esses são alguns dos nossos deslises mais frequentes, que sempre nos são bem lembrados.
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