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terça-feira, 27 de agosto de 2019




Amigos de tão bom coração

CÍNTHIA CORTEGOSO
cinthiacortegoso@gmail.com
De Londrina-PR

O domingo já estava terminando e a madrugada de segunda começava. Corpo e espírito se preparavam para a maratona de mais uma semana a trabalhar, a amar, a aprender, a reanimar, a querer viver cada segundo.
Este dia da semana é o recomeço ou o início. Quase tudo está previsto para a partir de segunda; incrivelmente, é um dia de grande esperança e entusiasmo, apenas dependerá da intenção.
Nesta madrugada, como todo repouso para o corpo, mas com trabalho continuado para a alma, recebi um admirável bálsamo para a ocasião: levaram-me a outra dimensão com beleza, cor, paz e amparo inigualáveis. No local havia uma espécie de um gramado amplo, impossível de compará-lo com o mais suave que se possa, aqui, sentir.
Viemos eu, um rapaz e uma jovem mulher, um à minha direita e outro à esquerda, caminhando sobre a grama aconchegante e cheia do orvalho da vida. Familiar e ao mesmo tempo incomparável era o lugar.
Num determinado ponto, paramos; pediram-me que eu me sentasse dentro de um pequeno círculo semelhante a um bambolê. Depois de acomodada, orientaram-me a olhar para frente e encantada demais fiquei, pois nunca imaginara uma cor daquela, alaranjada forte que iluminava o horizonte próximo, o horizonte tão meu.
Por uns cinco minutos permaneci dentro do círculo. A energia foi grandiosa, curadora.
“Que luz era aquela?”, perguntava-me em pensamento.
Sem palavras, sem explicações, no entanto recebi o que necessitava. Energia restauradora trespassou os meus corpos, alimentou e fortificou o meu ser. Esplêndida sensação.
Por mais um pouco, fiquei no mundo além deste, dimensão da energia cor de laranja. Mas já era hora, precisei voltar para o presente que se sintoniza com a realidade essencial agora.
Com a fração de um estralo de dedo, estava em minha cama, de volta. Enchi meus pulmões do ar apropriado daqui − planeta físico, Terra − e ainda circundada por tanto carinho e agradecida pela terna atenção, juntei as mãos à altura do peito...
“Obrigada, meu Deus.”
E um pouco mais veio a hora de me levantar.
Há coisas das quais não se pode fugir e o melhor remédio é o seu enfrentamento, chamado de progresso.
Com a diluição natural, o ocorrido foi-se dispersando, ou melhor, tornou-se mais uma experiência na vida, confesso, enlevação no limiar de uma nova vida. Tempo, abençoado tempo.
O que tanto me preocupava perdeu a força e fez-me compreender que a luz, a esperança e a renovação serão antes de tudo maiores.
Quantas vezes esses nossos queridos irmãos nos dão socorro... amparo... força... e o reforço para o sentido da vida que Jesus nos ensinou.
Eles estão conosco, com muito amor, bem mais do que podemos imaginar.
Que sigamos o caminho com mais pássaros e flores.

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