Da série
de erros frequentes no uso do idioma português, eis mais seis exemplos:
1 - Não
os obedecemos, enquanto foram presunçosos.
O
correto: Não lhes obedecemos, enquanto
foram presunçosos.
Explicação:
O verbo obedecer é transitivo indireto, ou seja, requer preposição: Obedecer ao
professor. Obedecemos a Jesus. O pronome oblíquo que corresponde ao objeto
indireto neste caso é “lhes”, pois o “os” é utilizado somente na função de
objeto direto.
2 - Que
horas você telefonou?
O
correto: A que horas você telefonou?
Explicação:
Faltou a preposição “a”, antes do pronome “que”, pois em expressões que indicam
as horas se usa essa preposição, como podemos ver em “telefonei às duas horas”.
3 -
Informei-lhe do acontecido durante a assembleia.
O
correto: Informei-o do acontecido
durante a assembleia.
Explicação:
O verbo informar tem duas regências diferentes: “informar algo a alguém” ou
“informar alguém de algo”. Nesta última forma, ele é seguido de objeto direto,
função que é exercida pelo pronome “o”, e não pelo pronome “lhe”.
4 - Essa
será a conclusão que o presidente chegará.
O
correto: Essa será a conclusão a que o
presidente chegará.
Explicação:
Faltou na frase a preposição “a”, que rege o verbo chegar, que é transitivo
indireto: Quem chega, chega a algum lugar.
5 -
Preferia brincar do que trabalhar.
O
correto: Preferia brincar a trabalhar.
Explicação:
A regência do verbo “preferir” resume-se nesta regra: “prefiro uma coisa a outra”. O
primeiro complemento é objeto direto, e o segundo, antecedido da preposição
“a”, é objeto indireto.
6 –
Fomos todos assistir o filme.
O
correto: Fomos todos assistir ao filme.
Explicação:
O verbo assistir, quando tem o sentido de ver, pede a preposição “a”: Assistir
ao filme. Assistir à novela. Assistir ao jogo de futebol.
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