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quarta-feira, 1 de janeiro de 2020


Missionários da Luz

André Luiz

Estamos publicando neste espaço o estudo – sob a forma dialogada – de onze livros escritos por André Luiz, integrantes da chamada Série Nosso Lar.
Serão ao todo 960 questões objetivas distribuídas em 120 partes, cada qual com oito perguntas e respostas. Os textos são publicados neste blog sempre às quartas-feiras.
Concluído o estudo dos dois primeiros livros, iniciamos hoje o estudo de Missionários da Luz, obra psicografada pelo médium Chico Xavier.

Parte 1

1. Ciente de que nos serviços mediúnicos preponderam os fatores morais, que se espera de um médium fiel ao mandato mediúnico?
Clareza e serenidade, como o espelho cristalino de um lago. Para prestar-se ao intercâmbio desejado, o médium precisa renunciar a si mesmo, com abnegação e humildade, primeiros fatores na obtenção de acesso à permuta com as regiões mais elevadas. Ele necessita calar, para que outros falem; dar de si mesmo, para que outros recebam; em suma, deve servir de ponte, onde se encontrem interesses diferentes. Ele deve, por fim, zelar pela manutenção dos recursos interiores, tais como a tolerância, a humildade, a disposição fraterna, a paciência e o amor cristão. (Missionários da Luz, cap. 1, págs. 13 e 14.)
2. Que cuidados especiais recebe o médium dos protetores espirituais?
Muito antes da reunião, o médium é objeto da atenção dos Espíritos para que os pensamentos grosseiros não lhe pesem no campo íntimo. Suas células nervosas recebem novo coeficiente magnético, para não haver perdas lamentáveis do tigroide (corpúsculos de Nissl), necessário aos processos da inteligência. O sistema nervoso simpático, principalmente o campo autônomo do coração, recebe auxílios enérgicos e o sistema nervoso central é atendido convenientemente, para que sua saúde não seja comprometida. Por fim, as glândulas suprarrenais recebem acréscimo de energia para aumentar a produção de adrenalina, necessária ao atendimento do eventual dispêndio de reservas nervosas. (Obra citada, cap. 1, págs. 16 e 17.)
3. A epífise exerce alguma função na atividade mediúnica?
Sim. A função da epífise vai muito além do que relatam os livros médicos. Em realidade, a epífise não é um órgão morto, mas, sim, a glândula da vida mental que preside aos fenômenos nervosos da emotividade, como órgão de elevada expressão no corpo etéreo. (Obra citada, cap. 2, págs. 19 a 21.)
4. Que regras morais são indispensáveis ao enriquecimento efetivo da personalidade?
A perversão do nosso plano mental consciente, em qualquer sentido da evolução, determina a perversão do nosso psiquismo inconsciente. A vontade desequilibrada desregula o foco de nossas possibilidades criadoras. Daí procede a necessidade de regras morais para quem, de fato, se interesse pelas aquisições eternas nos domínios do espírito. Renúncia, abnegação, continência sexual e disciplina emotiva não representam meros preceitos de feição religiosa. São providências de teor científico, para enriquecimento efetivo da personalidade. (Obra citada, cap. 2, págs. 22 e 23.) 
5. Por que os socorros magnéticos dispensados aos desencarnados são mais frutíferos?
Os esforços são mais frutíferos no círculo dos desencarnados infelizes porque os encarnados, mesmo os que se interessam pela prática espírita, raramente se dispõem, com sinceridade real, ao aproveitamento dos valores da cooperação dos Espíritos. É muito lenta a transição entre a animalidade grosseira e a espiritualidade superior. Entre os homens há sempre um oceano de palavras e algumas gotas de ação. Ninguém, contudo, pode trair a lei impunemente, e, para subir, Espírito algum dispensará o esforço de si mesmo no aprimoramento íntimo. (Obra citada, cap. 3, págs. 26 a 28.)
6. A prática sexual pode interferir no desenvolvimento da função mediúnica?
No caso do sexo atormentado, sim. A sede febril de prazeres inferiores produz bacilos psíquicos da tortura sexual. Na falta de terminologia própria, os Espíritos chamam-nos de larvas, larvas cultivadas não só pela incontinência no domínio das emoções próprias, através de experiências sexuais variadas, como também pelo contato com entidades grosseiras, afinadas com o indivíduo atormentado, as quais o visitam com frequência, como imperceptíveis vampiros. O corpo físico é leve sombra do corpo perispiritual e a prudência, em matéria de sexo, é equilíbrio da vida. Muitos imaginam, erroneamente, que o sexo nada tem que ver com espiritualidade, como se esta não fosse a existência em si. Esse tem sido o erro de todos os religiosos que supõem a alma absolutamente separada do corpo, quando todas as manifestações psicofísicas se derivam da influenciação espiritual. (Obra citada, cap. 3, págs. 28 e 29.)
7. A ingestão de álcool é compatível com a atividade mediúnica?
É evidente que não. Além de todos os males conhecidos decorrentes do alcoolismo, a ingestão de álcool torna o indivíduo completamente desviado em seus centros de equilíbrio vital. O sistema endocrínico é atingido pela atuação tóxica. Inutilmente a medula trabalha para melhorar os valores da circulação e em vão esforçam-se os centros genitais para ordenar as funções que lhes estão afetas, porque o álcool excessivo determina modificações deprimentes na própria cromatina, substância existente no núcleo das células. A atividade mediúnica acarreta desgaste e, por isso, requer equilíbrio do corpo e da mente. (Obra citada, cap. 3, págs. 29 a 31.)
8. A mediunidade é faculdade exclusiva dos chamados médiuns?
Não. O Espiritismo cristão é a revivescência do Evangelho de Jesus, e a mediunidade constitui um de seus fundamentos vivos. Ela não é, porém, exclusiva dos chamados "médiuns". Todas as pessoas a possuem, porquanto significa recepção espiritual, que deve ser incentivada em nós mesmos. Não basta, porém, perceber; é imprescindível santificar essa faculdade, convertendo-a no ministério ativo do bem. A maioria dos candidatos ao desenvolvimento mediúnico não se dispõe, contudo, aos serviços preliminares de limpeza do vaso respectivo. Dividem a matéria e o espírito, localizando-os em campos opostos, quando os próprios Espíritos ainda não conseguiram identificar rigorosamente as fronteiras entre uma e outro. (Obra citada, cap. 3, págs. 32 a 34.)




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