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sábado, 21 de março de 2020



O antivírus essencial

JORGE LEITE DE OLIVEIRA
jojorgeleite@gmail.com
De Brasília-DF

Neste tempo de Covid-19, inevitavelmente, as pessoas ficam curiosas por saber o que dizem as profecias, as Escrituras Sagradas e as pitonisas dos tempos modernos. Como costuma ocorrer, Nostradamus é sempre lembrado. Há poucos dias, recebi mensagem atribuída a esse vidente que, em dado momento, teria dito que a "praga" seria estendida "aos homens do crepúsculo ('ansiões')", palavra que o corretor do Word corrigiu duas vezes sem minha anuência. Venceu-o minha teimosia...
Por isso mesmo, pensei com meus botões que, se a praga atingisse os "ansiões", então ela já teria cumprido a profecia nostradâmica, pois o "s" da palavra pode estar correto em ânsia, mas não em anciões. Se o decifrador da "praga" ao menos houvesse citado um dos três plurais de ancião: anciãos, anciões ou anciães, talvez eu cresse em Nostradamus, mas após o desvio linguístico sem a previsão do mago, adeus oráculo.
Uma obra, no entanto, bem atual, esclarece-nos sobre o que, no entendimento do autor, está reservado para o futuro da civilização da Terra, baseado nas revelações do Cristo e de seus emissários, além do Apocalipse de João e das obras de Allan Kardec. É o livro As Sete Esferas da Terra, do irmão espírita Mário Frigéri.
O livro é prefaciado por Juvanir Borges de Souza, ex-presidente da Federação Espírita Brasileira que, entre outros comentários, diz o seguinte:

Acreditamos que Mário Frigéri, estudioso permanente do Espiritismo, que todos apreciamos por sua sensibilidade no campo das letras, poeta apreciado e já consagrado, está agora nos brindando com uma nova visão conscienciosa, realista e séria, que contribuirá para um melhor entendimento da natureza do nosso planeta[1].

Pois bem, a primeira edição deste livro é do ano 2000, ou seja, de vinte anos atrás. Do capítulo 11 da obra, destaco o seguinte:

A hora que vivemos é, sem dúvida, um dos pontos culminantes da história da Humanidade, em que as trevas da alta madrugada esbravejam e se revoltam ao pressentir o encontro inevitável com as claridades do alvorecer divino que se aproxima.
[...]
A verdade é que essa passagem para um novo ciclo é necessária e não deverá ocorrer sem as turbulências de percurso comuns a tais períodos de transição [...], mas nada que coloque em xeque a sobrevivência da Humanidade ou do planeta Terra [...][2].

Até porque, diremos nós, mais adiante Frigéri esclarece-nos sobre a complexidade da contagem do tempo para os que mourejamos na carne e seu significado para Deus. Um século, em nosso entendimento, não passa de um segundo, para o Espírito divino. Voltaremos a este assunto em artigo a ser publicado oportunamente; por ora, concluímos com o seguinte poema:

Antivírus 
(Jorge Leite de Oliveira)

"Não há mal que sempre dure,
Nem bem que nunca se acabe",
Diz o ditado do povo
Com o saber que lhe cabe.

O mal, porém, deixa marcas
Cujo fim nunca se sabe,
Mas o bem é Deus em nós,
E a consciência é sua Nave.

É nela que a Lei divina
Não há bolor que não lave,
Porém, o mal do remorso
É nosso vírus mais grave.

Saber e amor são as asas
Da elevação nessa Nave
Do eterno Bem e da Vida.
Ao Vírus do Amor, digo Ave!

                                                    

[1] In: FRIGÉRI, Mário. As Sete Esferas da Terra. 4. ed. rev. e ampl. Brasília: FEB, 2017.

[2] Id., p. 73.





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