Nos Bastidores
da Obsessão
Manoel Philomeno de Miranda
Parte 5
Continuamos neste espaço o estudo – sob a forma dialogada –
do livro Nos Bastidores da Obsessão,
de Manoel Philomeno de Miranda, obra psicografada por Divaldo P. Franco e
publicada no ano de 1970 pela Editora da FEB. Este estudo é publicado neste
blog sempre às segundas-feiras.
Caso o leitor queira ter em mãos o texto consolidado do
livro "Nos Bastidores da Obsessão”, para acompanhar, pari passu, o
presente estudo, sugerimos que clique em http://www.oconsolador.com.br/linkfixo/estudosespiritas/principal.html#MANOEL
e, em seguida, no verbete "Nos Bastidores da Obsessão”.
Eis as questões de hoje:
33. Que fato causou o processo obsessivo que levou José Marcondes Effendi à homossexualidade?
O fato ocorreu sessenta anos atrás. Uma testemunha historiou
os acontecimentos. José Marcondes tramara a morte da entidade que ali
comparecia como testemunha. O crime foi por motivo torpe. José, que na época
era uma mulher, combinou com seu amante a morte do próprio marido, um crime que
não foi descoberto pela justiça terrena. Após muitos anos, a vítima se viu diante
de um jovem de 10 anos aproximadamente: era sua esposa reencarnada em corpo de
homem. O processo obsessivo começou ali e acabou gerando um doloroso caso de
homossexualidade, assim explicado pelo obsessor: Identificando nela (em corpo
de homem, agora) as tendências guardadas da vida anterior, em que as
dissipações atingiram o auge, seria fácil perturbar-lhe os centros genésicos,
através da perversão da mente inquieta, em processo de hipnose profunda,
praticada por técnicos desencarnados. Com a ajuda de um hipnotizador indicado
por Teofrastus, foi fácil modificar-lhe o interesse e inclinar-lhe a libido em
sentido oposto ao da lei natural, já que seu corpo era agora masculino,
produzindo irreparável distonia nos centros da emoção. Daí por diante, o
obsessor associou-se à sua organização física e psíquica, experimentando as
sensações que lhe eram agradáveis e criando um condicionamento em que seus
interesses passaram a ser comuns. O ódio se converteu em estímulo de gozo,
imanando-os em processo de vampirização em que o Espírito se locupleta e, ao
mesmo tempo, destrói sua vítima, atirando-a cada vez em charco mais vil, até
que o suicídio seja sua única saída. (Nos
Bastidores da Obsessão, cap. 8, págs. 152 a 156.)
34. Convencido
por Glaucus, Teofrastus foi ao encontro de Henriette, sua amada no passado. Onde
o encontro ocorreu?
O encontro ocorreu em um Lazareto, onde ela estava
internada, no qual estavam albergados mais de 200 portadores do mal de Hansen.
(Obra citada, cap. 9, pp. 167 a 174.)
35. Como Glaucus
convenceu Teofrastus de que ele dizia a verdade sobre Henriette?
Para isso, Glaucus historiou o drama vivido por Henriette
nos idos do século XV, quando fora a amada de Teofrastus. Os fatos narrados correspondiam ao que realmente acontecera e Teofrastus o reconheceu. Em
seguida, ele pediu, sob ameaças, que lhe fosse informado o local onde a jovem se
encontrava, mas Glaucus não o atendeu, explicando que sua tarefa ali era
conseguir a ajuda do Chefe do Anfiteatro para libertar Henriette. Para tanto, era
necessário que ele os acompanhasse numa visita que seria feita, ato contínuo, à
antiga companheira do mago grego, presentemente internada num Lazareto, onde,
como vimos, ocorreu o encontro. (Obra citada, cap. 9, págs. 167 a 171.)
36. Que motivo
levou o confessor de Henriette a tramar a morte de Teofrastus?
A paixão. O objetivo do confessor era tê-la para si mesmo,
porquanto se encontrava avassalado pelas paixões. Ele próprio relatou-lhe sua
furiosa paixão, dizendo ter sido ela o móvel de toda a desgraça que o levara a
montar o processo inquisitorial que levou Teofrastus ao sacrifício, em nome da
fé e da religião. (Obra citada, cap. 9,
pp. 171 a 182.)
37. Quem
comandava a Organização de que Teofrastus fazia parte?
Não era Teofrastus o comandante supremo da Organização. Embora
ele tivesse uma posição de comando, era, por sua vez, comandado. Teofrastus fazia parte do grupo dos Doze, doze Mentes
Dominadoras que se encontravam submetidos a uma equipe de dez Magistrados que
habitavam Regiões Infernais, onde os mínimos desvios da Justiça recebiam longas
punições. (Obra citada, cap. 10, pp. 184 a 188. )
38. Que
Espíritos eram levados para a Cidade da Flagelação?
Os Espíritos selecionados eram criminosos que, depois de
receberem as primeiras correções, eram conduzidos para os presídios próprios
situados nas furnas, onde se levantam as construções da Cidade da Flagelação. (Obra
citada, cap. 10, pág. 188.)
39. Que programa
reencarnatório foi proposto a Teofrastus?
No programa de regeneração proposto a Teofrastus, Glaucus
ofereceu-lhe a oportunidade de ser filho de Henriette. "Fruir-lhe-eis a
ternura das mãos e sugareis o leite vital do seu seio. Estareis no calor da sua
devoção e os vossos olhos se demorarão mergulhados na luminosidade dos olhos
que amam. Permutareis a grande noite da soledade pelo demorado meio-dia da
convivência. Transfundireis todo sentimento de amargura em expressão de
dependência e fé", eis as palavras ditas pelo benfeitor espiritual.
"Por década de distância, um tempo sem fim de presença, de imorredoura
constância", concluiu Glaucus. (Obra citada, cap. 10, págs. 188 a 190.)
40. Teofrastus
vacilou em aceitar a proposta de Glaucus. Qual o motivo do seu temor?
O ex-mago grego confessou que tinha medo daquilo que o esperava.
Dizia conhecer a extensão dos seus atos e sabia as consequências que eles
deveriam acarretar. "Temo, porque creio... E crendo, sofro. Em todo o
pelejar, mesmo odiando, nunca O bani da minha mente", disse Teofrastus,
que relatou ter vindo da França para o Brasil, nos primeiros dias do século 20,
com o objetivo de perseguir os espíritas, através do medo ou da sedução. Como,
então, poderia agasalhar-se numa Casa espírita? Como liberar-se dos
compromissos com aqueles a quem se encontrava vinculado? (Obra citada, cap. 10,
págs. 190 a 194.)
Observação:
Para acessar a Parte 4 deste estudo, publicada na semana passada,
clique aqui: https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2020/10/nos-bastidoresda-obsessao-manoel_26.html
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