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segunda-feira, 8 de março de 2021

 



Tramas do Destino

 

Manoel Philomeno de Miranda

 

Parte 7

 

Damos prosseguimento ao estudo – sob a forma dialogada – do livro Tramas do Destino, de Manoel Philomeno de Miranda, obra psicografada por Divaldo P. Franco, publicada em 1975.

Este estudo é publicado neste blog sempre às segundas-feiras.

Caso o leitor queira ter em mãos o texto condensado da obra em foco, para complementar o estudo ora iniciado, basta clicar em http://www.oconsolador.com.br/linkfixo/estudosespiritas/principal.html#MANOEL  e, em seguida, no verbete "Tramas do Destino”.

Eis as questões de hoje:

 

49. Qual é a função da fé religiosa?

O enfermeiro Cândido assim respondeu a esta questão: "A função da fé religiosa não é retirar o fardo das provações que cada um elege para refazer-se perante a própria e a Divina Consciência, porém, oferecer resistências para que se possa conduzi-lo com nobreza. Senão, onde a justiça? Seria lícito retirar os débitos do crente e esquecer os incréus? A Paternidade Celeste agiria acertadamente, beneficiando apenas os que creem, em detrimento daqueles que não querem ou não conseguem, por enquanto, modificar as íntimas paisagens da fé? Como julgar-se, posteriormente, capacidades e méritos, se os métodos de liberação foram diferentes?" (Tramas do Destino, cap. 18, págs. 167 e 168.)

50. Apesar de tentar o suicídio, Lisandra foi auxiliada pelos Benfeitores Espirituais?

Sim. A propósito, a tentativa de suicídio não obteve êxito graças à intercessão superior do Espírito de Adelaide, que logrou atenuar as consequências da insânia. (Obra citada, cap. 19, págs. 171 e 172.)

51. A sintonia exerce algum papel importante na ação dos chamados obsessores?

Evidentemente. Os lances exitosos colimados por esses Espíritos infelizes decorrem da sintonia que conseguem manter com suas vítimas, que os preferem, pela acomodação às suas sugestões, recusando assim acatar a inspiração superior, expressa nos mil convites da vida. (Obra citada, cap. 19, págs. 173 e 174.)

52. Ante a pergunta de Lisandra: "Por que sou tão infeliz?!", o que sua mãe lhe disse?

Artêmis, que retinha na sua a mão da filha, respondeu: "Porque a felicidade se encontra onde cada qual coloca o coração, conforme ensinou Jesus. Se você situa as aspirações no prazer fugidiço, no ouro mentiroso e nas paixões que ardem e se apagam breve, a sua ausência produz a desdita. No entanto, se pensa em paz de consciência, retidão moral e dever corretamente cumprido, como metas de dignidade e honradez, a ventura se estabelecerá no coração tranquilo..." (Obra citada, cap. 19, págs. 175 a 177.)

53. Que é felicidade, na verdadeira concepção espírita? 

Eis como Artêmis se expressou com relação a esta pergunta: "Felicidade, minha filha, é o bem que fazemos, não o gozo que fruímos. Não vemos os mesmos desaires entre opulentos e miseráveis, as mesmas tragédias nos palcos da glória e do fracasso, os mesmos desassossegos nos palácios e nas taperas? A felicidade não resulta do que se tem e do que se frui, mas do que se é e do que se faz. Jesus, podendo permanecer no sólio do Altíssimo, conviveu com as sombras hórridas dos vales humanos, a fim de clarear com insuperável luz as baixadas em que chafurdam as criaturas, fazendo-as anelar pelas claridades estelares do infinito". (Obra citada, cap. 19, págs. 177 e 178.)

54. Quais são os efeitos da dor? 

Um de seus efeitos é este: submete a rebeldia e alça o Espírito, dignificando-o e fazendo-o ressarcir as misérias impostas anteriormente a outros. A dor tem, pois, função educativa, não punitiva, como muitos pensam. No tocante aos sofrimentos por que passavam seu marido e sua filha, Artêmis aprendera, no Espiritismo, que os acontecimentos de qualquer natureza obedecem a uma programação bem urdida, pois que nem mesmo uma única folha de árvore cai que não seja pela Vontade do Pai. (Obra citada, cap. 20, págs. 183 e 184.)

55. Qual é a melhor e mais eficiente técnica para nos libertarmos de alguém?

A melhor e mais eficiente técnica para nos libertarmos de uma pessoa é beneficiá-la, porque o benfeitor cresce e ascende, enquanto o beneficiário apenas necessita. "Enquanto mantemos as lutas de revides contínuos, o processo de desgraças recíprocas prossegue, até o momento em que a intervenção divina se faz, beneficiando aquele que melhor tem sofrido, embora a trama em que se debate (...)". (Obra citada, cap. 20, págs. 187 e 188.)

56. Quem foi Rafael no passado e que fez ele à jovem Louise-Caroline e seu esposo?

No passado, Louise-Caroline e seu esposo viviam nos arredores de Dax, uma das mais antigas cidades balneárias do Departamento de Landes, na França. A casa pertencia ao Sr. Georges-Henri (o mesmo Rafael de agora), descendente de antigos viscondes que dominaram a região desde a Idade Média. Embora a tradição de nobreza, era ele arbitrário e dominador, criminoso e insano. A época era má e, como lhe houvesse mais de uma vez recorrido a empréstimos que não pôde resgatar, o esposo de Louise foi preso, a mando de Georges-Henri, que assim o impediu de regularizar o débito. A razão do seu encarceramento obedecia, porém, a outros interesses mais escusos. O credor ardia de desejo por Louise-Caroline, que, no entanto, lhe desprezou a corte. Depois da prisão do marido, Louise-Caroline, relegada então a uma quase viuvez, por pouco não foi seduzida por Georges-Henri. Ela, porém, resistiu e rejeitou-o. Revoltado com o insucesso de seu plano, Georges internou-a num convento da Espanha, por vingança à sua fidelidade, enquanto o marido apodrecia na prisão. (Obra citada, cap. 20, págs. 189 e 190.)

 

 

Observação:

Para acessar a Parte 6 deste estudo, publicada na semana passada, clique aqui: https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2021/03/tramas-do-destino-manoel-philomeno-de.html

 

 

 

 

 

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