Temas da Vida e da Morte
Manoel Philomeno de Miranda
Parte 2
Continuamos nesta edição o estudo metódico e sequencial do livro Temas da Vida e da Morte, de Manoel Philomeno de Miranda, obra psicografada por Divaldo P. Franco.
Caso o leitor queira ter em mãos o texto condensado da obra em
foco, para complementar o estudo ora iniciado, basta clicar em http://www.oconsolador.com.br/linkfixo/estudosespiritas/principal.html#MANOEL
e, em seguida, no verbete " Temas da Vida e da Morte”.
Eis as questões de hoje:
9. Preparar-se para dormir é importante?
Sim. Um programa bem
organizado para antes de dormir constituirá emulação para que o Espírito, no
ato do desprendimento, possa dirigir-se a regiões felizes e contactar Entidades
nobres, conquistando os tesouros da paz, da aprendizagem, da ação relevante,
enquanto o corpo repousa. (Temas da Vida
e da Morte - Vida, Sono e Sonho, pp. 27 e 28.)
10. Podemos dizer que os sonhos são o retrato emocional de
nossa vida moral e espiritual?
Sim. Se alguém diz
como e o que sonha, é fácil explicar-lhe como vive nas suas horas diárias.
Dorme-se, portanto, como se vive, sendo-lhe os sonhos o retrato emocional de
sua vida moral e espiritual. O capítulo do sono natural na vida do homem é de muita
importância e, por isso, requer mais acurado estudo e meditação, a fim de ser
aproveitado integralmente em favor do êxito na vilegiatura carnal. Como um
terço da vida física é dedicado ao sono, imenso patrimônio logrará quem
converta esse tempo ou parte dele no investimento do progresso, em favor da
libertação que lhe credenciará, para uma existência plena, um futuro
ditoso. (Obra citada - Vida, Sono e
Sonho, pp. 28 e 29.)
11. Quando disciplinadas, as emoções têm uma finalidade
superior no campo da vida?
Sim. Quando, porém,
não se submetem à disciplina, exigem carga dupla de energia na qual se
sustentam, culminando por destruir sua fonte geradora. Um exemplo disso é a
busca irrefreável do prazer, que se torna dependência viciosa. Inicialmente ela
fomenta gozos que depois, invariavelmente, se convertem em dores. Entre as mais
desgastantes, assume preponderância a ansiedade, que parece imprescindível à
vida, qual ocorre com o sal para o paladar de inúmeros alimentos. Pessoas há
que não passam sem os condicionamentos das emoções, vivificando a ansiedade que
as consome em flamas de angústia. Mal terminam de lograr a meta perseguida, e
já se encontram, sôfregas, em batalhas por novas conquistas, transferindo-se de
uma realização para novo desejo, com verdadeira volúpia incontrolada. (Obra
citada – Pensamento e emoções, pp. 31 e 32.)
12. Cabe ao pensamento educar as emoções?
Sim. Ao pensamento
disciplinado cabe a árdua tarefa de educar as emoções, gerando fatores de
saúde, que contribuem para a harmonia interior, dando margem ao surgimento de
fenômenos de paz e confiança. O pensamento é, pois, o agente que as pode
conduzir com a proficiência desejada, orientando-as com equilíbrio, para que o
rendimento seja positivo, capitalizando valores que merecem armazenados no
processo iluminativo para a execução das tarefas nobres. Esse esforço propicia
autoconfiança, harmonia íntima, gerando bem-estar pessoal, que extrapola a área
da individualidade e se irradia beneficiando em derredor. Ninguém pode bloquear
as emoções ou viver sem elas. Pretender ignorá-las ou esmagá-las é
empreendimento inócuo, senão negativo. Toda emoção ou desejo recalcado
reaparece com maior vigor, em momentos imprevistos. Substituir os interesses
negativos e viciosos, por outros de caráter mais gratificante quão duradouro, é
o primeiro passo, nessa luta de renovação moral e educação emocional. Tendo em
vista que o pensamento atua no fluido que a tudo envolve, pelo seu teor
vibratório produz natural sintonia com as diversas faixas nas quais se movimentam
os Espíritos, na esfera física ou na Erraticidade, estabelecendo vínculos que
se estreitam em razão da intensidade mantida. (Obra citada – Pensamento e
emoções, pp. 32 e 33.)
13. O perispírito desempenha algum papel no processo da
fecundação?
Sim. Dotado de
expressiva capacidade plasmadora, o perispírito registra todas as ações do
Espírito através dos mecanismos sutis da mente que sobre ele age, estabelecendo
os futuros parâmetros de comportamento, que serão fixados por automatismos
vibratórios nas reencarnações porvindouras. Constituído por campos de força
muito especiais, o perispírito irradia vibrações específicas portadoras de
carga própria, que facultam a perfeita sintonia com energias semelhantes,
estabelecendo áreas de afinidade e repulsão de acordo com as ondas emitidas.
Desse modo, quando o Espírito é encaminhado, por ocasião da reencarnação, aos
futuros genitores, no momento da fecundação o gameta masculino vitorioso esteve
impulsionado pela energia do perispírito do reencarnante, que naquele espermatozoide
encontrou os fatores genéticos de que necessitava para a programática a que se
deve submeter. A partir desse momento, os códigos genéticos da hereditariedade,
em consonância com o conteúdo vibratório dos registos perispirituais, vão
organizando o corpo que o Espírito habitará. (Obra citada - Pensamento e
perispírito, pp. 35 e 36.)
14. É verdade que cada Espírito é herdeiro ou legatário de si
mesmo?
Sim. Sem ignorarmos
a hereditariedade nos processos da reencarnação, o seu totalitarismo, conforme
entendem diversos estudiosos da Embriogenia, não tem razão de ser. Cada
Espírito é legatário de si mesmo. Seus atos e sua vida anterior são os
plasmadores de sua nova existência corporal, impondo os processos de
reabilitação, quando em dívida, ou de felicidade, se em crédito, sob os
critérios da Divina Justiça. Claro que caracteres físicos, fisionômicos e até
alguns comportamentais resultam das heranças genéticas e da convivência em
família, mas jamais os de natureza psicológica que afetam o destino, ou de
ordem fisiológica no mapa da evolução. As alienações, os conflitos e os
traumas, as doenças congênitas, as deformidades físicas e degenerativas, assim
como as condições morais, sociais e econômicas, são capítulos dos mecanismos
espirituais, nunca heranças familiares, qual se a vida estivesse sob injunções
do absurdo e da inconsequência. (Obra citada - Pensamento e perispírito, pp. 36
e 37.)
15. É absurdo pensar que o filho tenha de pagar pelos
pais?
Claro. A aparente
hereditariedade compulsória, assim como a injunção moral atuante em determinado
indivíduo, fazendo recordar algum ancestral, explica-se em razão de ser aquele
mesmo Espírito, ora renascido no clã, que voltou para dar prosseguimento a
realizações que ficaram incompletas ou refazer as que foram perniciosas. Se o
filho tivesse de pagar pelos erros dos pais ou de seus avós, isso constituiria
uma terrível e arbitrária imposição da Justiça, que, mesmo na Terra, tem código
penalógico mais equilibrado. (Obra citada - Pensamento e perispírito, pp. 37 a
39.)
16. Existe a hereditariedade psicológica?
Não existe. Embora
seja inegável que os caracteres são transmissíveis e que os filhos e os
descendentes em geral herdam de pais e ancestrais as parecenças físicas, a
morfologia, as posturas e outros sinais de identificação, não se dá o mesmo nas
áreas psíquica, psicológica e emocional. Pais geniais e antepassados doutos não
geram, necessariamente, filhos sábios, tanto quanto artistas e guerreiros não
procriam símiles. (Obra citada - Tendências, aptidões e reminiscências, pp. 41
e 42.)
Observação:
Para acessar a 1ª parte deste estudo, publicada na semana
passada, clique aqui: https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2021/09/temas-da-vida-e-da-morte-manoel.html
Como consultar as matérias deste
blog? Se você não conhece a estrutura deste blog, clique neste link: https://goo.gl/ZCUsF8, e verá como utilizá-lo. |
Nenhum comentário:
Postar um comentário