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sexta-feira, 26 de novembro de 2021

 



Os mortos nos falam

 

Padre François Brune

 

Parte 4

  

Continuamos o estudo metódico e sequencial do livro Os mortos nos falam, de autoria do padre François Brune. O estudo baseia-se na primeira edição em português desta obra, publicada pela Edicel em 1991.

Embora este livro não seja, propriamente falando, um clássico espírita, trata-se de uma ótima contribuição de publicação recente que confirma a realidade das manifestações dos chamados mortos.

Cada parte do estudo compõe-se de:

a) questões preliminares;

b) texto para leitura.

As respostas às questões propostas encontram-se no final do texto abaixo. 

 

Questões preliminares

 

A. O corpo espiritual tem uma consistência correspondente à do mundo onde o Espírito irá viver? 

B. Há semelhança entre o corpo espiritual e o corpo carnal?

C. O corpo espiritual também progride?

 

Texto para leitura

 

40. A alma era concebida como absolutamente imaterial, segundo a filosofia grega. A teologia ensinava a possibilidade de essa alma imortal não somente continuar a existir, mas purificar-se ou fruir a contemplação de Deus, considerada como a recompensa eterna dos justos, sem o seu corpo. (P. 70)

41. O indivíduo ressuscitaria, mesmo assim, no último dia, no fim do mundo. O problema era, pois, o seguinte: se as almas já estavam plenamente felizes sem o corpo, para que ressuscitar? (P. 70)

42. A verdade, porém, é que o corpo ressuscitado, o corpo de glória, é o corpo espiritual. Nossas velhas roupas poderão decompor-se tranquilamente, em paz, nos cemitérios, porque não desceremos jamais com elas ao túmulo. (P. 71)

43. Quando se fala de “corpo espiritual”, segundo a expressão de São Paulo, e se explica que esse corpo tem uma consistência correspondente àquela do mundo onde irá viver, muitos entram totalmente em pânico. (P. 71)

44. O corpo espiritual assemelha-se ao carnal: no meio espiritual, as crianças continuam a crescer até chegarem à idade adulta e os anciãos rejuvenescem. A maioria dos mensageiros do Além dá-nos como referencial, na vida espiritual, a idade média de trinta anos. (P. 72)

45. Padre Brune disserta então sobre as percepções do corpo espiritual e cita comunicações em que os mortos a si mesmos se referem como tendo uma aparência humana. (PP. 72 a 79)

46. Cabe a nós, diz Brune, já nesta vida terrestre, através de nossa vida espiritual, fazer com que esse corpo glorioso, esta cópia, evolua em direção a um esplendor maior. Roland de Jouvenel, um dos grandes místicos do Além, já o repetia sem cessar à sua mãe. (P. 79)

47. Roland falou à sua mãe a respeito do corpo espiritual, que ele chamava de cópia de nós mesmos, afirmando que esse corpo irradia permanentemente em torno de si. É o que chamamos de “aura”, afirmou-lhe o rapaz.  (PP. 80 e 81)

48. Comentando o assunto, padre Brune diz que a tradição cristã reporta-se à luz branca, com reflexos ligeiramente dourados, que seria irradiada por entidades de grande evolução espiritual. Essa luz, diz ele, é mencionada em quase todas as narrativas da vida dos santos e é também referida no Antigo e no Novo Testamento. Neste, sua mais alta manifestação continua sendo a que aparece na descrição da transfiguração do Cristo no Monte Tabor. (PP. 81 e 82)

49. Brune lembra a propósito desse fenômeno que os apóstolos, além de verem Jesus transfigurado, viram Moisés e Elias, revestidos de seu corpo de glória, em longa conversa com o Cristo. (P. 82)

50. Quando Santa Teresa de Ávila, ou Santa Bernadete, em Londres, veem essa mesma luz, notando que ela é mais fulgurante do que o Sol, e todavia não fere os olhos, parece que se dá o mesmo fenômeno, percebido pelos olhos da cópia, do corpo espiritual, através de seus corpos de carne. (P. 82)

51. Padre Brune explica com os poderes do corpo espiritual o fenômeno da levitação e, citando vários fatos, defende a tese de que o corpo espiritual progride com o tempo, como afirmam Roland de Jouvenel e Pierre Monnier. (PP. 83 a 89)

52. Rosemary Brown, a conhecida médium inglesa, é focalizada também pelo autor, que mostra como se deu o primeiro contato dela com Franz Liszt. Rosemary tinha na época apenas sete anos de idade. (P. 89)

 

Respostas às questões preliminares

 

A. O corpo espiritual tem uma consistência correspondente à do mundo onde o Espírito irá viver? 

Sim. Aliás, o corpo espiritual é o corpo ressuscitado, é o chamado corpo de glória. Nossas velhas roupas podem, pois, decompor-se tranquilamente, em paz, nos cemitérios, porque não desceremos jamais com elas ao túmulo. O corpo espiritual acompanha o ser na vida de além-túmulo. (Os mortos nos falam, pág. 71.)

B. Há semelhança entre o corpo espiritual e o corpo carnal?

Sim. O corpo espiritual assemelha-se ao carnal. No meio espiritual – afirma padre Brune – as crianças continuam a crescer até chegarem à idade adulta e os anciãos rejuvenescem. A propósito disso, a maioria dos mensageiros do Além dá-nos como referencial, na vida espiritual, a idade média de trinta anos. (Obra citada, pp. 72 a 81.)

C. O corpo espiritual também progride?

Sim. Padre Brune, citando vários fatos, defende a tese de que o corpo espiritual progride com o tempo, como afirmam Roland de Jouvenel e Pierre Monnier. Diversos autores que escreveram por meio de Chico Xavier dizem o mesmo. (Obra citada, pp. 83 a 89.)

 

 

Observação:

Para acessar a Parte 3 deste estudo, publicada na semana passada, clique aqui: https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2021/11/blog-post_19.html

 

 

 

 

 

 

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