Loucura e Obsessão
Manoel Philomeno de Miranda
Parte 5
Damos prosseguimento neste espaço ao estudo metódico e sequencial do livro Loucura Obsessão, sexta obra de Manoel Philomeno de Miranda, psicografada por Divaldo P. Franco e publicada em 1988. Este estudo é publicado neste blog sempre às segundas-feiras.
Eis as questões de hoje:
33. Após terem vivido na Dinamarca, que motivo levou D.
Emerenciana, seu esposo e seu filho a reencarnar na África?
Os erros e as
arbitrariedades cometidas foram a causa principal. Informados da necessidade da
reencarnação e dos perigos de renascer na antiga Pátria, em razão das contínuas
guerras de anexação e separação de povos e províncias, foi-lhes acenada a
oportunidade de recomeçar em terras da África sofrida, onde o eito da
escravidão lhes serviria de educandário moral, liberando-os dos orgulhos de
raça, tradição, cultura e poder. Foi assim que reencarnaram em terras africanas
e depois, quando ainda jovens, apanhados por caçadores de negros, foram
enviados num navio negreiro para o Brasil e vendidos nas terras da Bahia, onde
aportaram, a fim de darem início a uma nova fase na vida, a de sua restauração
espiritual. (Loucura e Obsessão, cap.
8, pp. 94 a 98.)
34. Quem são os Exus e os Orixás?
São Espíritos
despojados do corpo somático. Segundo D. Emerenciana, encontram-se no mundo
espiritual muitos irmãos infelizes assumindo personificações mitológicas
ridículas, por auto-hipnose. Uns, em largo número, creem-se seres de exceção na
ordem universal, por efeito de autossugestão demorada desde a vida terrestre;
outros são vitimados por zoantropias(1) de diferentes procedências, e, por fim,
há os que se reconstruíram ideoplasticamente, incorporando os desvarios de
poderes mentirosos, que atribuem a si mesmos, seja como Orixás, na eterna ação
protetora da Natureza e dos homens, seja na de Exus, supostamente criados para
o mal e dotados de força para tal execução, os quais se afundam cada vez mais
no desgoverno, até o momento em que funcionem as Leis de correção e
reequilíbrio que existem no Cosmo, como se deu com seu próprio filho, Valdemar.
(Obra citada, cap. 8, pp. 102 a 104.)
35. Que circunstância levou Valdemar a se comportar como um
Exu?
Segundo D.
Emerenciana, caindo sempre e intoxicando-se de vibrações deletérias, Valdemar
perdera-se por algum tempo, sendo recolhido pelos anteriores comparsas que o
hipnotizaram e o adestraram em técnicas de obsessão, de vampirismo, de
exploração de outros Espíritos e, principalmente, de homens. Ele tomou, desse
modo, a personificação parasitária de uma deidade maléfica, que se
autointitulou Exu, com especialidade de ação em determinado campo de sua
preferência. Impôs-se a postura de dominador, conforme acontece com outros da
mesma vibração, e submeteu mentes ignorantes e primitivas à sua governança
espiritual, recebendo homenagens e oferendas com que se comprazia e se nutria. (Obra
citada, cap. 8, pp. 102 a 104.)
36. Valdemar ainda atuava como Exu no plano espiritual?
Não. D. Emerenciana
o encontrou em um momento especial, com que ela tanto sonhara. Intentando uma
pugna de vibrações maléficas que não a alcançavam, os sentimentos de mãe
extravasaram do seu ser e arrebentaram-lhe as fixações do mal, fazendo-o
render-se à esperança de paz e ao futuro de renovação. Os sequazes então o
abandonaram, de forma estrepitosa e desordenada. O amor recolheu-o e o internou
na Colônia donde procediam, realizando-se o tratamento por mais de três
lustros. Depois disso, Valdemar reencarnou com deficiência mental, junto ao
antigo pai, que o trazia regularmente ao atendimento espiritual naquele grupo,
por inspiração de D. Emerenciana, que lhe seguia os passos, a fim de continuar
na terapia da reabilitação. (Obra citada, cap. 8, pp. 104 a 106.)
37. A magia é uma prática antiga?
Sim. Segundo
Felinto, uma entidade que supervisionava, na Casa, as tarefas da chamada magia
branca aplicada em favor dos que eram vítimas das práticas fetichistas, a magia
é uma ciência-arte tão antiga quanto as primeiras conquistas culturais do
homem. Reservada à intimidade dos santuários da antiguidade oriental, consistia
no uso do magnetismo, que começava a ser descoberto, da hipnose e do
intercâmbio mediúnico, que os próprios imortais desencarnados propiciaram aos
homens. A superlativa ignorância das leis vestiu essas práticas de rituais e
fórmulas ensinadas pelos Espíritos, a maioria deles constituída de presunçosos
e prepotentes, que se acreditavam deuses, exigindo sacrifícios humanos,
animais, vegetais, conforme o processo da evolução de cada povo. Conhecendo,
através do estudo e da repetição das experiências, a exteriorização magnética
das chamadas forças vivas da Natureza e dos seres, manipulavam-nas com grande
aparato, para impressionar, colhendo alguns resultados, que projetavam os
sacerdotes e quantos as praticavam. (Obra citada, cap. 9, pp. 113 a 115.)
38. Por que as práticas da magia negra atingem certas
pessoas?
Elas atingem aqueles
que se fazem receptivos a ela. Consciência de culpa inata, insegurança
emocional, desajustes temperamentais, invigilância moral, insatisfação pessoal,
ociosidade mental, conduta irregular e os débitos passados constituem campo
vibratório propício à sintonia com as induções mentais dos maus – telepatia e
telementalização perniciosas –, assim como as ondas da magnetização de objetos
ofertados para as práticas nefastas – imantações fluídicas – e, por fim, a
afinidade vibratória com os Espíritos perversos. (Obra citada, cap. 9, pp. 115
e 116.)
39. Com relação ao determinismo, podemos dizer que ele é
absoluto?
Não. Eis o que
Felinto, o amigo espiritual, disse a respeito: “O determinismo não é absoluto,
em face dos recursos do livre-arbítrio que está sempre alterando o destino e os
rumos da vida. O renascimento, algumas ocorrências e a desencarnação constituem
fatalismo durante cada existência corporal. Pode ser até que se encontre
estabelecido o modo pelo qual deve ocorrer a desencarnação do homem. Apesar
disso, a invigilância, a precipitação, o mau gênio podem levá-lo a um suicídio,
que não estava programado, a um acidente fatal, que a sua incúria provocou, ou,
no sentido inverso, a conduta moral e psíquica equilibrada, sadia, ativa no
bem, pode alterar-lhe completamente, na forma e no tempo, o ato
desencarnatório”. (Obra citada, cap. 9,
pp. 115 e 116.)
40. É certo dizer que a viagem rumo à evolução recorda-nos
uma estrada que possui diversas vias secundárias?
Sim. Esse é o pensamento
do Dr. Bezerra de Menezes. Assinalada por vários sítios de descanso e
espairecimento para a contemplação da paisagem, essa estrada pode ser
percorrida sem parada ou através de estágios; mas a meta – que é concretizar a
evolução espiritual – será fatalmente alcançada, embora a cada viajante seja
facultado fazê-lo com maior ou menor rapidez. (Obra citada, cap. 10, pp. 119 e
120.)
Observação:
Para acessar a Parte 4 deste estudo, publicada na semana
passada, clique aqui: https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2021/12/blog-post_06.html
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