André Luiz
Parte 6
Prosseguimos o estudo da obra E a Vida Continua..., de André Luiz, psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier e publicada em 1968 pela Federação Espírita Brasileira.
Esta é a décima primeira obra do mesmo autor integrante da Série
Nosso Lar, que temos estudado metodicamente às quartas-feiras neste blog.
Eis as questões de hoje:
41. No tocante à
questão sexual, encontramo-nos ainda em trânsito da poligamia para a monogamia?
Sim. O homem terrestre, apesar de sua inteligência refinada,
ainda oscila, de modo geral, entre animalidade e humanização, embora existam na
Terra casos particulares de criaturas que já se encaminham da humanidade para a
angelitude. "A maioria de nós outros, os Espíritos capitulados na escola
da Terra nos achamos em trânsito da poligamia para a monogamia, com referência
à devoção sexual”, diz o Instrutor Ribas. Decorre daí, segundo ele, o
impositivo de vigilância sobre nós mesmos, sabendo-se que o sexo é faculdade
criativa, nos domínios do corpo e da alma. (E
a Vida Continua..., cap. 15, pp. 117 e 118.)
42. Quem era o
Espírito que teve a reencarnação frustrada em face do aborto sofrido por
Evelina?
Como Evelina julgava que Túlio se suicidara por culpa dela,
e tinha remorsos por causa disso, ela atraiu para o próprio claustro materno o
Espírito sofredor de um irmão suicida, sentenciado pela própria consciência a
experimentar a provação de um corpo frustrado, de modo a valorizar com mais
respeito o divino empréstimo da existência física. A maternidade malograda lhe
proporcionara, portanto, ensejo a preciosas reparações. "Somos mecanicamente
impelidos para pessoas e circunstâncias que se afinem conosco ou com os nossos
problemas”, explicou o Instrutor Ribas. Foi por isso que ela se converteu
automaticamente em desventurada mãe de um companheiro suicida, no anseio de
expiar a própria falta. (Obra citada, cap. 15, pp. 119 e 120.)
43. O destino é
a soma de nossos próprios atos?
Essa frase foi dita pelo Instrutor Ribas, que pretendeu, ao
emiti-la, dizer que devemos a nós mesmos as situações em que se nos enquadra a
existência, uma vez que recolhemos da vida exatamente o que lhe damos de nós. (Obra
citada, cap. 15, pp. 120 a 122.)
44. Por que,
havendo transcorrido um bom tempo desde a sua desencarnação, não haviam Evelina
e Ernesto visitado seus familiares encarnados?
O motivo eles sabiam. A visita à família terrena era
considerada muito prematura pelos mentores espirituais. Em vista disso, ela e
Ernesto reconfortavam-se com estudo e trabalho e, de vez em vez, tinham um
tête-à-tête, ocasião em que faziam suas confidências. Eles já tinham visto, até
então, inúmeros Espíritos que procediam da Terra, desacoroçoados e tristes,
ante a impossibilidade de serem vistos, ouvidos e tocados pelos parentes.
Muitos regressavam consolados e esperançosos, como que libertos de laços e
algemas, mas outros voltavam desencantados e sorumbáticos, evidenciando pouca
disposição para conversar. (Obra citada, cap. 16, pp. 125 e 126.)
45. Os diálogos
terapêuticos entre Evelina e Túlio produziram algum resultado?
Não. Passados seis meses de atenção e doutrinação, o Instrutor
Ribas foi examinar Túlio em pessoa. Mas o rapaz apresentava escasso proveito
com as lições recebidas e, apático, denunciava na mente uma ideia central:
Evelina. E com Evelina no miolo das mais profundas cogitações, vinham as
ideias-satélites: o anseio de transformá-la em objeto de posse única, o tiro de
Caio, o desejo de vingança e as escuras alusões da autopiedade. Ribas não via,
pois, a mais ligeira fresta naquele coração pesado de angústia para filtrar um
só raio de otimismo e esperança. (Obra citada, cap. 16, pp. 127 e 128.)
46. É possível
encontrarmos na vida o chamado amor ideal?
Segundo o Instrutor Ribas, todos nós nos destinamos ao Amor
Eterno; contudo, para alcançar o objetivo supremo, cada pessoa possui um
caminho próprio: “Para a maioria das criaturas, o encontro do amor ideal
assemelha-se, de algum modo, à procura do ouro nas minas ou de diamante nas
catas”. “É indispensável peneirar o cascalho ou mergulhar as mãos no barro do
mundo, a fim de encontrá-lo.” O que o Instrutor estava querendo dizer é que
caminhamos na existência pelas vias da afinidade, de afeição em afeição, até
achar aquela afeição inesquecível que se nos levante na vida por chama de amor
eterno, entendendo-se o conceito de afeição sem a estreiteza de sexo, uma vez
que a ligação esponsalícia, embora sublime, é apenas uma das manifestações do
amor em si. (Obra citada, cap. 17, pp. 131 e 132.)
47. A união
conjugal interrompida pela morte pode ser reatada no mundo espiritual?
Sim. Quando os cônjuges realmente se amam, a união conjugal
interrompida pela morte pode ser perfeitamente reatada no plano espiritual. E
se isso não acontece, aquele que ama sinceramente continua trabalhando, no
plano espiritual, pelo outro que não lhe corresponde ao sentimento, aprimorando
a obra do amor em outros aspectos, que não o da afetividade esponsalícia. (Obra
citada, cap. 17, pp. 133 e 134.)
48. O Instrutor
Ribas conhecia algum companheiro que não conseguira consorciar-se no plano
espiritual?
Essa pergunta foi feita por Evelina diretamente ao Instrutor
Ribas, que assim respondeu: "Eu sou um deles". E, em seguida,
acrescentou: "Acontece que o amor conjugal, quando se exprime em bases do
amor puro, continua vibrando no mesmo diapasão entre dois mundos, sem que a
permuta de energias de um cônjuge para outro venha a sofrer solução de
continuidade. Minha esposa e eu sempre fomos profundamente unidos.
Bastávamo-nos na Terra um ao outro, em matéria de alimento afetivo. Sobrevindo
a minha desencarnação, percebi logo que ela e eu continuávamos em plena
vinculação mútua, qual se fôssemos partes integrantes de um circuito de forças.
Na dedicação espiritual dela, colho meios de continuar em meu aprendizado do
amor a todos, ocorrendo-lhe o mesmo". (Obra citada, cap. 17, pp. 135 e
136.)
Observação:
Para acessar a Parte 5 deste estudo, publicada na semana
passada, clique aqui: https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2021/12/blog-post_22.html
Como consultar as matérias deste
blog? Se você não conhece a estrutura deste blog, clique neste link: https://goo.gl/ZCUsF8, e verá como utilizá-lo. |
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