E a Vida Continua...
André Luiz
Parte 7
Prosseguimos o estudo da obra E a Vida Continua..., de André Luiz, psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier e publicada em 1968 pela Federação Espírita Brasileira.
Esta é a décima primeira obra do mesmo autor integrante da Série
Nosso Lar, que temos estudado metodicamente às quartas-feiras neste blog.
Eis as questões de hoje:
49.
Após dois anos de ausência, Evelina e Ernesto visitaram o lar terreno. Como
eles foram transportados da cidade espiritual até o plano físico?
Eles viajaram com uma equipe de companheiros, transportados por um
veículo do plano espiritual, que os deixou rente à Via Anchieta, a rodovia que
liga Santos a São Paulo. Ali o grupo se dispersou e cada excursionista era um
anseio itinerante, um mundo vivo de saudades. O regresso fora marcado para o
dia seguinte, vinte horas depois. (E a
Vida Continua, cap. 18, pp. 137 e 138.)
50. Que
sentimentos experimentou Evelina ao reencontrar seu esposo?
Ao ver Caio acariciando outra mulher, Evelina ensaiou um movimento
de recuo. Sentindo revolta e pesar, terríveis calafrios lhe agitaram as fibras
da alma e ela desejou afastar-se, para esconder a imensa dor no peito do amigo
Ernesto Fantini, que se encontrava próximo da casa, mas não pôde. Sem ser percebida
pelos dois namorados, não teve outro remédio senão se acomodar em cadeira
próxima, intentando refazer-se, enquanto mil perguntas lhe martelavam, então, a
mente. (Obra citada, cap. 18, pp. 140 a 142.)
51.
Depois de compreender que havia perdido para outra o amor de Caio, que atitude
teve Evelina?
A jovem arrastou-se para fora de sua antiga residência, buscando a
companhia de Ernesto Fantini, porque lhe era impossível demorar-se no lar que
reconhecia haver perdido para sempre. Assim que se viu na rua, clamou pelo
amigo em voz estentórica e, quando Fantini repontou à frente, atirou-se em seus
braços, qual criança desarvorada: "Ah! Ernesto, Ernesto!... Não suporto
mais!..." O companheiro conduziu-a discretamente para um banco próximo e escutou
pacientemente a narração que ela lhe fez, entre soluços, procurando olvidar as
próprias apreensões. (Obra citada, cap. 18, pp. 142 a 144.)
52. Ao
sair da casa que fora de Evelina, Ernesto Fantini teve a primeira decepção. Que
fato ocorreu ali?
Fantini consolava Evelina, que sofria muito por haver encontrado o
ex-esposo junto de sua antiga amante. De repente, deu-se o que ele jamais
imaginaria. Caio saía da garagem de sua casa, conduzindo a namorada. Quando
Ernesto viu de perto a parceira do rapaz, fez-se lívido e, profundamente
chocado, gaguejou, arrasado de angústia: "Evelina, Evelina, escute!...
Esta moça... esta moça é Vera Celina, minha filha!..." (Obra citada, cap.
18, pp. 145 a 147.)
53. Por
que, segundo Caio, ele se desinteressou por Evelina, com quem se casara por
amor?
Conversando com a namorada, Caio admitiu ter-se casado com Evelina
por amor, amor esse que se transformou com os anos em desinteresse. Vera quis
saber o motivo pelo qual ele se desencantara com a esposa, e Caio explicou que
guardava a ambição de ser pai, mas Evelina era doente. "Creio – disse ele
– que carregava taras de família. Enquanto não abortou, não lhe vi os
defeitos... Entretanto, depois que se revelou enferma e incapaz, o laço do
casamento se fez para mim pesado demais... Nos últimos tempos da vida, era
mulher rezadeira e chorona..." Próxima deles, Evelina assistiu, com grande
tristeza, a esse diálogo. (Obra citada, cap. 19, pp. 148 e 149.)
54. É
verdade que, de volta à sua antiga casa, Ernesto Fantini sofreu outra decepção,
muito mais terrível que a primeira?
Sim. Ao entrar no quarto onde Elisa (sua ex-esposa) descansava,
Fantini viu junto dela um homem desencarnado. Era Dedé, aquele mesmo em quem
Fantini atirara, tantos anos antes, ao desvairar-se pelo ciúme. Ele estacou,
aterrado, e, num átimo, recordou a última caçada em que morreu Dedé, ou melhor,
Desidério dos Santos, cuja sombra supunha haver removido para sempre de sua
casa. (Obra citada, cap. 19, pp. 152 e 153.)
55. Ao ver Ernesto Fantini no seu quarto,
qual foi a reação de Elisa, sua ex-esposa?
Não se sabe como, mas o
fato é que Elisa notou a presença de Ernesto Fantini e se pôs a gritar,
positivamente obsidiada: "Maldito!... Maldito!... fora daqui, Tinhoso!...
Fora daqui, assassino!... Assassino!... Socorro, Dedé!... Socorro, Dedé! Leva
este infame para fora! Sai, Ernesto! Sai! Matador!... Matador!..." Ouvindo
esses gritos, Caio e Vera invadiram o quarto, terrificados. A jovem acercou-se
da mãe, que bradava impropérios segurando a própria cabeça entre as mãos, num
esgar de espanto, e tentou consolá-la: "Mãezinha, que há? estamos aqui,
não precisa temer..." Elisa agarrou-se à moça, qual criança assustada, e
esticou o clamor, dando a Caio a impressão de uma alienada mental, no mais
fundo desequilíbrio: "Seu pai está aqui, aquele canalha! Não quero
vê-lo!... Defenda-me, pelo amor de Deus! Voltemos para São Paulo, hoje
mesmo!... Tire-me daqui!..." (Obra citada, cap. 19, pp. 154 a 156.)
56.
Além das palavras já mencionadas, Elisa disse mais alguma coisa ao ex-marido?
Sim. Ela confessou que
sempre o traiu com Dedé. "A qualquer momento a que vinhas em casa –
disse-lhe Elisa –, isso acontecia sempre para infelicidade nossa, porque
vivíamos juntos aqui, antes de tua morte, e vivemos juntos depois... Olha este
quarto! Dedé está no lugar onde sempre esteve!..." Semelhantes declarações
foram suplementadas de informes, sobre os quais a caridade pede se faça
silêncio. (Obra citada, cap. 19 e 20, pp. 156 e 157.)
Observação:
Para acessar a Parte 6 deste estudo, publicada na semana passada,
clique aqui: https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2021/12/blog-post_29.html
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