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segunda-feira, 7 de fevereiro de 2022

 



Loucura e Obsessão

 

Manoel Philomeno de Miranda

 

Parte 13

 

Damos prosseguimento neste espaço ao estudo metódico e sequencial do livro Loucura e Obsessão, sexta obra de Manoel Philomeno de Miranda, psicografada por Divaldo P. Franco e publicada em 1988. Este estudo é publicado neste blog sempre às segundas-feiras.

Eis as questões de hoje:

 

97. Entre as causas da violência na Terra, a indiferença dos que possuem exerce alguma influência?

Sim. Segundo o instrutor espiritual Felinto, a violência, na atualidade, além dos fatores econômicos, sociológicos e psicológicos conhecidos e debatidos, também tem gênese na indiferença dos que possuem, em relação àqueles que precisam. A ostentação campeia, absurda, ferindo a miséria que, revoltada, se arma de agressividade para tomar. O desperdício cresce, chocante, humilhando a escassez, que se levanta para arrebatar. O luxo excessivo transita, indiferente, produzindo cólera sem necessidade, que investe, odienta, para o aniquilar. Dito isso, Felinto afirmou: “Enquanto os homens não compreenderem que os recursos são oportunidades de cooperação e o poder é investimento para a justiça e o equilíbrio entre as criaturas, essas guerras, urbana e doméstica, devastadoras, prosseguirão fazendo incalculável número de vítimas, que as estatísticas não poderão registrar”. (Loucura e Obsessão, cap. 21, pp. 270 a 272.)

98. Há muitos espíritas entre os Espíritos? 

Não. Felinto disse ao autor desta obra que são bem poucos entre eles os Espíritos-espíritas, apesar dos grandes esforços dos Benfeitores mais elevados, que os reúnem para conferências, cursos e explicações em sua esfera de ação. “Os longos atavismos aqui permanecem, demorando em ser superados”, acrescentou Felinto. (Obra citada, cap. 21, pp. 272 a 274.)

99. É certo afirmar que Deus não tem preferências e ajuda todos os seus filhos?

Sem dúvida. O amor de Deus não é partidarista, conforme se apregoou por largos séculos de intolerância e fanatismo. (Obra citada, cap. 21, pp. 274 a 276.)

100. É verdade que os Benfeitores espirituais só conseguem ajudar com êxito a quem se ajuda?

Sim. Se a pessoa necessitada de socorro não faz a parte que lhe compete, o auxílio é vão. Foi isso que a senhora Frida, que Miranda conhecera na última existência, disse ao autor desta obra, quando se referiu a um filho por quem ela orava, buscando socorrê-lo: “Somente podemos ajudar com êxito a quem se ajuda”. Trata-se de verdade que encontramos também nos ensinamentos de Jesus. Quem ignora o preceito: “Ajuda-te, que o céu te ajudará”? (Obra citada, cap. 21, pp. 278 e 279.)

101. Não existe violência no processo evolutivo de ninguém. Que significa tal frase? 

Significa que não podemos violentar a consciência das pessoas. Comentando o caso da senhora Frida que, apesar de estar desencarnada há muito tempo, se mantinha apegada aos dogmas que cultivou na última existência, Felinto disse: “Não há violência, como esclareci há pouco, no processo evolutivo de ninguém. Cada ser galga o degrau do progresso com as próprias forças, embora os estímulos e auxílios que receba. Nossas irmãs, como se pôde constatar, vêm de um passado espiritual com profundas fixações católicas. Apesar dos largos anos que lhes assinalam a desencarnação, mantêm-se vinculadas aos antigos conceitos, que irão superando através do tempo”. “Como são diligentes e operosas, devotadas ao bem e assinaladas por uma fé honesta, adquirem títulos de enobrecimento e maturidade para as experiências mais felizes na área da renovação espiritual, no futuro.” (Obra citada, cap. 21, pp. 279 a 281.)

102. A vivência do conhecimento adquirido é fundamental para a aquisição dos valores iluminativos que enobrecem o Espírito? 

Sim. A vivência do conhecimento é de suma importância no processo evolutivo do Espírito. Em razão disso, por mais respeitável seja o teórico, os seus conceitos, se não experimentados na prática, tornam-se adorno intelectual para a própria vaidade, sem que se revelem úteis para quem padeça urgente necessidade de recurso que solucione os desafios à frente. (Obra citada, cap. 22, pp. 282 e 283.)

103. Que atitude devemos tomar ante as manifestações de preconceito e de discriminação?

Qualquer forma de preconceito e de discriminação, por melhores os argumentos em que se pareçam apoiar, é procedimento perigoso e condenável. “Todo discriminador – afirmou o benfeitor espiritual Felinto – é prepotente, em si mesmo. Eis por que é sempre perniciosa a postura daquele que se supõe possuir o conhecimento da verdade, elegendo-se fiscal e censor da conduta daqueles que não se conduzem dentro da sua faixa de comportamento ou de fé. São, seguramente, almas em perigo, que discrepam e agridem, que exigem respeito aos seus valores, negando-o aos demais.” (Obra citada, cap. 22,  pp. 288 e 289.)

104. É verdade que muitos desertam do dever espírita por motivos irrelevantes?

Sim. A mediunidade exige exercício disciplinado, sintonia com as Esferas Superiores, meditação constante, isto é, vida íntima ativa e bem direcionada, ao lado do conhecimento do seu mecanismo e estrutura, de modo a tornar-se faculdade superior da vida e para a vida. Referindo-se ao médium Antenor, que ali estava para ajudar, embora necessitasse de auxílio, Felinto disse que muitos deixam, por motivos fúteis, de cumprir os deveres assumidos, omitindo-se ou desertando sob pretextos irrelevantes. E não são poucos os adeptos que desanimam ante os resultados mediúnicos, que lhes parecem tardar, sem que o esforço contínuo lhes assinale o espírito de serviço ou a dedicação lhes caracterize a atividade. (Obra citada, cap. 22,  pp. 290 e 291.)

 

 

Observação:

Para acessar a Parte 12 deste estudo, publicada na semana passada, clique aqui: https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2022/01/blog-post_31.html

 

  

 

 

 

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