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segunda-feira, 10 de outubro de 2022

 



Tormentos da Obsessão

 

Manoel Philomeno de Miranda

 

Parte 18

 

Damos prosseguimento ao estudo metódico e sequencial do livro Tormentos da Obsessão, obra de autoria de Manoel Philomeno de Miranda, psicografada por Divaldo P. Franco e publicada em 2001.

Este estudo é publicado neste blog sempre às segundas-feiras.

Eis as questões de hoje:

 

103. No tratamento da obsessão devemos assistir ambos os litigantes?

Evidentemente. Como entendem diversos estudiosos espíritas, Eurípedes Barsanulfo também ensina que na trama da obsessão não apenas se encontra em desalinho o que chora e se desespera, mas também aquele que aplica o látego, o verdugo aparentemente insensível, que é sempre alguém que perdeu o rumo de si mesmo e, por consequência, a identificação com a vida. Obsessor e obsidiado devem, pois, de igual modo, ser assistidos e auxiliados com os recursos espíritas. (Tormentos da Obsessão, cap. 18 – Socorro de emergência.)

104. É verdade que existem no perispírito as chamadas matrizes, ou seja, marcas nele impressas pela consciência culpada?

Sim, é verdade. E mais: tais matrizes facultam as induções e fixações entre credores e devedores, a expressar-se em aflições obsessivas para ambos os atormentados. O fato é mera consequência da lei de ação e reação que nos é explanada pelo Espiritismo. (Obra citada, cap. 18 – Socorro de emergência.)

105. Por que, iniciada a tarefa na seara, ninguém deve olhar para trás?

Esse pensamento é calcado em conhecida recomendação de Jesus. O fato é de fácil compreensão. Segundo Eurípedes Barsanulfo, o Espírito reencarnado em tarefa libertadora sempre será chamado ao testemunho nos montes onde problemas equivalentes o aguardam: no primeiro, deve dar a conhecer o objetivo a que se dedicará; no segundo, cabe-lhe traçar as linhas de comportamento que adotará, e no terceiro, vivê-las até o momento final com equilíbrio e abnegação, ciente de que nunca lhe faltará o apoio indispensável ao êxito, que procede do mundo espiritual vigilante e ativo. É por isso que, iniciada a tarefa na seara, ninguém deve olhar para trás, ou poderá perder excelente oportunidade de crescimento.  (Obra citada, cap. 18 – Socorro de emergência.)

106. A programação reencarnatória que fazemos antes de reencarnarmos fica registrada, com vistas a uma posterior avaliação?

Evidentemente. E foi exatamente esse registro, em forma de relatório, que a senhora Modesto exibiu e leu na presença do médium Edmundo e do grupo ali reunido. No relatório estavam arquivadas as responsabilidades que ele assumira perante as soberanas leis, antes de reencarnar. Quando a leitura foi concluída, Eurípedes perguntou a Edmundo, com tristeza na voz: “Que tem o querido irmão feito da fé renovada? Como se tem utilizado dos recursos mediúnicos, ora movimentados por forças inferiores? Como se encoraja a tentar unir César e Jesus no mesmo recipiente de prazer e proclamar que a vida deve ser fruída sem qualquer desvio das suas concessões?” (Obra citada, cap. 18 – Socorro de emergência.)

107. Diz Eurípedes que nunca nos faltam recursos para a preservação da saúde interior. Que recursos são esses?

Segundo Eurípedes Barsanulfo, tais recursos são a oração, as leituras edificantes, o trabalho de socorro fraternal, tanto quanto o social que diz respeito aos valores existenciais, a meditação, o espairecimento sadio, a conversação edificante, o intercâmbio de pensamentos elevados... Somente dessa forma, diz o Mentor, é possível preservar o psiquismo das incursões desastrosas, propiciadas pelos servidores das paixões subalternas. (Obra citada, cap. 18 – Socorro de emergência.)

108. É correto afirmar que ninguém se evade do dever sem consequências graves?

Sim. Essa afirmação foi feita por Eurípedes Barsanulfo, ao examinar o caso Edmundo. A reencarnação é bênção que faculta a reparação dos erros e propicia o crescimento moral mediante o dever retamente exercido. Evadir-se equivale a perder a oportunidade de reparar erros e de crescer espiritualmente. Ainda segundo Eurípedes, para uma saudável vivência espiritual torna-se imprescindível que a estrutura moral do indivíduo seja bem definida, no que diz respeito à elevação de pensamentos e à nobreza dos atos. (Obra citada, cap. 18 – Socorro de emergência.)

 

 

Observação:

Para acessar a Parte 17 deste estudo, publicada na semana passada, clique aqui: https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2022/10/blog-post_03.html

 

 

  

 


 

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