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sábado, 15 de outubro de 2022

 



Sobre o grupo Jorge, o sonhador

 

JORGE LEITE DE OLIVEIRA

jojorgeleite@gmail.com

De Brasília, DF

 

Caros amigos e amigas, almas irmãs, visto sermos todos almas, encarnadas temporariamente no corpo físico, paz e luz!

Antes de mais nada, agradeço à quase totalidade dos amigos e familiares que permaneceram no grupo Jorge, o sonhador, recém-criado por mim. Hoje falarei sobre esse grupo e aproveitarei para narrar-lhes, resumidamente, linda história. 

Agora quero dar-lhes algumas informações da mais alta importância, como justificativa da criação desse grupo. Durante anos, assim que postava algo em meu blog, destinado à informação de temas espíritas e espiritualistas, baseados em sua literatura, eu selecionava cada um de vocês, cuja consideração, se não criticava meus textos, jamais se queixou de recebê-los. Porém, isso sempre demandava muito tempo, então optei por criar o grupo do WhatsApp.

Como houve pequeno mal entendido dum amigo, que postou no grupo vídeo e mensagem política, antes que eu limitasse as publicações ao administrador do grupo, reafirmei a todos meu objetivo, mas me predispus a analisar, no privado, antes de postar, qualquer contribuição que venha ao encontro dos objetivos do grupo.

Agora poderei aproveitar melhor meu tempo nos trabalhos de revisão, palestras (sempre com muito boa vontade, na impossibilidade de alguém mais bem preparado), postagens de crônicas, vídeos, poemas diversos e outras matérias de cunho espírita-literário (no sentido abrangente de literatura como ciência, filosofia e religião) e espiritualista. Disso resulta que não mais encaminharei individualmente o link dos textos ou vídeos publicados no blog, mas sim no WhatsApp de mesmo nome.

A literatura espírita e espiritualista é um verdadeiro universo artístico e literário, no sentido que expus. Toda a nossa existência atual é muito pouca coisa para dizermos que tudo conhecemos, entretanto esse universo é deslumbrante. Só não podemos é nos fanatizar e pensar que somos os donos da verdade, que só Jesus, dentre nós, o é; mas com muita humildade e vontade de aprender e compartilhar o que aprendemos, sem nada impor, continuaremos a trabalhar, como o fez o peixinho da história narrada pelo Espírito Emmanuel no prefácio da obra de André Luiz, intitulada Libertação, editada pela FEB, que passo a resumir e parafrasear:

 

No centro de formoso jardim, havia pequeno lago escuro, que era abastecido por diminuto canal, e suas águas escoavam-se doutro lado, cercado por grade estreitíssima. Aquele poço era administrado pelo peixe rei, que compartilhava as larvas e os nichos barrentos locais com seus preguiçosos e gulosos peixes súditos. Mas ali também havia um peixinho franzino que era desprezado por todos e, para sobreviver, precisava exercitar-se muito, nadando de um lado para outro, em constante correria para obter o mínimo sustento à sua sobrevivência. Não dispondo de tempo para o lazer, o peixinho passou a estudar todos os recantos do poço, até descobrir a grade do seu escoadouro. Pensou, então, se não seria melhor pesquisar a vida fora do acanhado lago em que sobrevivia à custa de grandes sofrimentos, e optou por mudar-se dali. Não foi sem sacrifício que conseguiu passar pela grade, mas conseguiu ir para o outro lado. Avançando pelo corredor d’água, pleno de esperança, alcançou grande rio e encantou-se com as novas paisagens, plenas de flores e claridade solar. Então deparou-se com muitas famílias piscianas simpáticas a ele, que o instruíram sobre o roteiro seguro a ser tomado, para evitar ser devorado por peixes monstruosos. E lá se foi nosso amiguinho, embevecido pela contemplação de homens e animais, barcos, navios, palácios, veículos, cabanas e árvores nas margens do rio. Continuando sua viagem, alcançou o mar “ébrio de novidade e sedento de estudo”. Ainda inexperiente, aproximou-se duma baleia que o engoliu junto com plânctons. Do ventre escuro do cetáceo, o aflito peixinho orou ao Deus dos peixes. Sua oração foi ouvida, e a baleia o vomitou, devolvendo-o às correntes marinhas. Agradecido e feliz, o peixinho fez amizade com amigos de confiança e aprendeu a evitar as tentações e os perigos do mar. Agora transformado em seus conceitos de mundo, nosso herói começou a perceber “as infinitas riquezas da vida”. Avistou luminosas plantas, flores, animais de várias espécies e tornou-se amigo doutros peixinhos laboriosos e estudiosos como ele. Era, então, extremamente feliz, residindo em belo palácio de coral que lhe fora proporcionado habitar, como prêmio aos seus esforços. Então, compadecido de seus companheiros de infância, optou por realizar grande sacrifício e retornar para informar-lhes da existência desse mundo maravilhoso e desconhecido deles. Ao reentrar, sem muito sacrifício, pela grade que separava o pequeno lago do rio em que agora vivia, encontrou seus amigos do passado “pesados e ociosos, repimpados nos mesmos ninhos lodacentos”, donde saíam apenas para disputar larvas desprezíveis. Ninguém demonstrou ter sentido sua falta. Como zombassem dele e o ridicularizassem, pediu uma audiência ao orgulhoso rei do local, que, com sua mania de grandeza, reuniu toda a comunidade de peixes para ouvir os argumentos do peixinho. O amigo desprezado ainda insistiu em lhes informar sobre a existência doutro mundo sem fim, pleno de vida e de maravilhas desconhecidas daqueles. Tão logo concluiu sua exposição, todos explodiram em risos estridentes, e ninguém acreditou em suas palavras. Chamaram-no de louco, diziam-lhe que era impossível haver vida noutra parte, que tudo que dissera era fruto de sua imaginação, e alguns peixes chegaram a afirmar que falavam em nome do Deus dos peixes, o qual era somente o seu Deus. Incompreendido, o peixinho retornou ao seu palácio de coral, no qual voltou a ser feliz, e passou a aguardar o tempo. Anos depois, uma seca devastadora secou “o poço onde viviam os peixes pachorrentos e vaidosos”, e todos eles morreram atolados na lama.

 

Assim tem sido o trabalho de todos os servidores do Cristo, dos quais ficarei satisfeito em ser considerado o último e mais humilde de todos eles. Semeamos em solo nem sempre fértil, o que não é o caso de você que me lê, alma irmã. Para tal, continuo contando com a apreciação, compreensão e colaboração na difusão deste trabalho. Quem sabe se, unidos, possamos fazer a dieta de abstenção dos maus pensamentos, paixões negativas, más palavras, hábitos pachorrentos e, com a ajuda mútua, ultrapassemos a grade que nos prende a enganos, descrença, falta de compaixão e de amor a toda a humanidade.

Como disse o Espírito Emmanuel, e está registrado no opúsculo publicado pela FEB/CEU, intitulado Doutrina e Aplicação, psicografada por Chico Xavier, “Não nos iludamos. O amor ilumina a justiça, mas a justiça é a base da Lei Misericordiosa”.

Muito obrigado!

 

Acesse o blog: www.jojorgeleite.blogspot.com

 

 

 

 

 

 

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