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terça-feira, 7 de fevereiro de 2023

 



O autoamor

 

CÍNTHIA CORTEGOSO

cinthiacortegoso@gmail.com

De Londrina-PR

 

Enquanto não houver amor por si, não haverá também puro amor a doar, pois bem se sabe que ofertar algo que ainda não experienciou, de fato, não assegura nem o sim nem o não, nenhuma segurança, ou seja, não há como conhecer se ainda não existiu. Quando se pensa que só agir em benefício alheio é notável atitude, sinto muito, mas esse não é um princípio muito apreciado.

Muitas máximas já apresentaram, sabiamente, as ideias de que para conhecer o outro é necessário antes conhecer a si; para amar, primeiramente, é preciso amar-se; para respeitar, o respeito por si deve vir antes; para fazer caridade é urgente ser generoso com o próprio coração. A partir do tempo em que começamos a sentir e compreender o belo e o bom, então, naturalmente saberemos amar os outros seres e, o melhor, teremos plena condição para isso.

Talvez seja uma das maiores faltas de caridade fazer tudo ao próximo e desconsiderar-se, pois ninguém virá ao nosso encontro para nos salvar de nós mesmos. Quando nos sufocamos com a falta de paciência, de carinho, de atenção, de respeito, estamos nos dizendo que não nos amamos. Imagine como a nossa criança interior se sente... ela fica acuada, insegura, triste já que o primeiro melhor momento somos nós que deveríamos nos proporcionar.

O autoamor é um dos mais nobres sentimentos, pois ele demonstra que o coração reconhece a grandiosidade da vida, o respeitoso amor do Pai pela sua criatura. Estaremos conosco pela eternidade, somos nós desde o momento de nossa criação (tão rude) até o tempo em que a plena paz e contentamento tomarem por completo o nosso coração... e continua.

Só poderemos aprender quando, assim, pudermos sentir porque até hoje ninguém se consagrou professor sem nenhuma vez lecionar.

O autoamor é tão nobre que cria as necessárias condições para amar os outros seres como um dia o Mestre nos ensinou.

Tudo começa em nós.

 

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