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segunda-feira, 13 de fevereiro de 2023

 



Sexo e Obsessão

 

Manoel Philomeno de Miranda

 

Parte 13

 

Damos sequência neste espaço ao estudo metódico e sequencial do livro Sexo e Obsessão, obra de autoria de Manoel Philomeno de Miranda, psicografada por Divaldo P. Franco e publicada originalmente em 2002.

Este estudo é publicado neste blog sempre às segundas-feiras.

Eis as questões de hoje:

 

85. Quem foi, no passado, Rosa Keller?

Principal personagem do encontro agendado com o marquês de Sade, Rosa Keller conheceu o marquês quando era ainda muito jovem. Segundo o mentor Anacleto, ela foi, em verdade, vítima dos abusos praticados pelo marquês, o que a levou a um estado de quase morte, tais as escabrosidades e vilezas que dele sofreu. A partir de então, a jovem passou de mão em mão, desrespeitada por todos que souberam do seu envolvimento com o marquês de Sade, continuando seus suplícios mesmo depois de sua desencarnação. (Sexo e Obsessão, capítulo 16: O reencontro.)

86. Qual a visão que marquês de Sade tinha sobre o sexo?

Mesmo estando desencarnado há tanto tempo, sua visão acerca do sexo continuava deplorável. Na concepção do marquês, o sexo é o objetivo único da existência execrável que a Vida nos concede. Fruí-lo até à destruição de si mesmo é a única finalidade de que dispõe o ser humano. (Obra citada, capítulo 16: O reencontro.)

87. Qual a finalidade do encontro entre o marquês de Sade e Rosa Keller?

O encontro fazia parte de um plano cujo objetivo era libertar Rosa Keller e Madame X da insidiosa enfermidade que as afetava, beneficiando igualmente o próprio marquês. Para isso, os três personagens principais ali se encontravam. Aliás, quando viu padre Mauro assumir a forma feminina de Madame X, o marquês de Sade não sopitou sua surpresa, porque não havia sido previamente informado de que Madame X também ali estaria. (Obra citada, capítulo 16: O reencontro.)

88. Como estava a psicosfera na sala onde se realizou o encontro com o marquês de Sade, Rosa Keller e Madame X?

Antes da oração inicial, a psicosfera no local do encontro, apesar de saturada de energias superiores, foi-se tornando mais densa, à medida que as Entidades convidadas começaram a exteriorizar os anelos do seu psiquismo atormentado. Foi, por causa disso, providencial a prece que, a pedido do dirigente do encontro, foi proferida pelo Dr. Bezerra de Menezes. (Obra citada, capítulo 16: O reencontro.)

89. Que efeito sobre o ambiente teve a oração inicial?

Foi excepcional o resultado da prece. Assim que Dr. Bezerra de Menezes silenciou, iluminado interiormente por peregrina claridade irradiante, percebeu-se que flocos diminutos igualmente luminosos caíam do alto e, tocando a todos, assinalavam-nos com pontos refulgentes que lhes produziam inefável bem-estar. O próprio marquês de Sade, que não estava acostumado a algo dessa natureza, observou a ocorrência entre espantado e receoso, não podendo, porém, ocultar o prazer decorrente da sensação que lhe causava o desconhecido benefício. (Obra citada, capítulo 16: O reencontro.)

90. Presente no encontro, Madame X fez um importante desabafo. Qual o pedido que ela então formulou? 

No seu desabafo, Madame X disse: “Também estou cansada de tanta desgraça. Necessito ser livre para crescer e ser feliz. Não mais suporto a pressão que me submete, nem a insaciabilidade que me queima interiormente, buscando novos e sórdidos comportamentos. O cansaço asfixia-me e o horror de mim mesma toma proporções com as quais já não posso conviver. Aspiro por novos comportamentos, necessito libertar-me da luxúria, da sensualidade perversa que me destrói. É demasiadamente alto o preço de cada comportamento desditoso, infelicitando vidas infantis que estertoram no meu regaço, enquanto a perversão me consome sem cessar...”. Em seguida, acusada diretamente pelo marquês pelos seus desmandos, ela declarou: “Não me escuso à responsabilidade nem a nego. No entanto, estou cansada de luta intérmina e inglória. O domínio que a sua mente exerce sobre mim, levando-me sempre de retorno à cidade, é o que desejo romper, para poder avançar com menos dificuldade e menor pressão emocional. Liberte-me, por favor, da sua hipnose destruidora!” (Obra citada, capítulo 16: O reencontro.)

91. O marquês de Sade comoveu-se com o desabafo sincero feito por Madame X?

Não. Ele manteve a arrogância habitual e fez ironia com relação àquele encontro, que ele chamou de “tribunal ridículo”. Quanto à sua responsabilidade nos atos que praticou, disse que apenas fez o que achou melhor para si e para todos aqueles que desejavam uma vida de prazer e não tinham coragem de realizá-la. “Eu apenas direcionei-os para o que sempre desejaram. Gênio, que sempre fui, soube cercar-me de amigos e cooperadores que me compartiam as experiências e se extasiavam com as mesmas. Por isso, a justiça, sempre corrupta, não conseguiu vencer-me.” (Obra citada, capítulo 16: O reencontro.)

 

 

Observação:

Para acessar a parte 12 deste estudo, publicada na semana passada, clique aqui: https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2023/02/blog-post_06.html

 

 

 

 

 


 

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