Sexo e Obsessão
Manoel Philomeno de Miranda
Parte 13
Damos sequência neste espaço ao estudo metódico e sequencial do livro Sexo e Obsessão, obra de autoria de Manoel Philomeno de Miranda, psicografada por Divaldo P. Franco e publicada originalmente em 2002.
Este estudo é publicado neste blog sempre às segundas-feiras.
Eis as questões de hoje:
85. Quem foi, no
passado, Rosa Keller?
Principal personagem
do encontro agendado com o marquês de Sade, Rosa Keller conheceu o marquês
quando era ainda muito jovem. Segundo o mentor Anacleto, ela foi, em verdade,
vítima dos abusos praticados pelo marquês, o que a levou a um estado de quase
morte, tais as escabrosidades e vilezas que dele sofreu. A partir de então, a
jovem passou de mão em mão, desrespeitada por todos que souberam do seu
envolvimento com o marquês de Sade, continuando seus suplícios mesmo depois de
sua desencarnação. (Sexo e Obsessão, capítulo 16: O reencontro.)
86. Qual a visão que
marquês de Sade tinha sobre o sexo?
Mesmo estando
desencarnado há tanto tempo, sua visão acerca do sexo continuava deplorável. Na
concepção do marquês, o sexo é o objetivo único da existência execrável que a
Vida nos concede. Fruí-lo até à destruição de si mesmo é a única finalidade de
que dispõe o ser humano. (Obra citada, capítulo 16: O reencontro.)
87. Qual a
finalidade do encontro entre o marquês de Sade e Rosa Keller?
O encontro fazia
parte de um plano cujo objetivo era libertar Rosa Keller e Madame X da
insidiosa enfermidade que as afetava, beneficiando igualmente o próprio
marquês. Para isso, os três personagens principais ali se encontravam. Aliás,
quando viu padre Mauro assumir a forma feminina de Madame X, o marquês de Sade
não sopitou sua surpresa, porque não havia sido previamente informado de que
Madame X também ali estaria. (Obra citada, capítulo 16: O reencontro.)
88. Como estava a
psicosfera na sala onde se realizou o encontro com o marquês de Sade, Rosa
Keller e Madame X?
Antes da oração
inicial, a psicosfera no local do encontro, apesar de saturada de energias
superiores, foi-se tornando mais densa, à medida que as Entidades convidadas
começaram a exteriorizar os anelos do seu psiquismo atormentado. Foi, por causa
disso, providencial a prece que, a pedido do dirigente do encontro, foi
proferida pelo Dr. Bezerra de Menezes. (Obra citada, capítulo 16: O
reencontro.)
89. Que efeito sobre
o ambiente teve a oração inicial?
Foi excepcional o
resultado da prece. Assim que Dr. Bezerra de Menezes silenciou, iluminado
interiormente por peregrina claridade irradiante, percebeu-se que flocos
diminutos igualmente luminosos caíam do alto e, tocando a todos,
assinalavam-nos com pontos refulgentes que lhes produziam inefável bem-estar. O
próprio marquês de Sade, que não estava acostumado a algo dessa natureza,
observou a ocorrência entre espantado e receoso, não podendo, porém, ocultar o
prazer decorrente da sensação que lhe causava o desconhecido benefício. (Obra
citada, capítulo 16: O reencontro.)
90. Presente no
encontro, Madame X fez um importante desabafo. Qual o pedido que ela então
formulou?
No seu desabafo,
Madame X disse: “Também estou cansada de tanta desgraça. Necessito ser livre
para crescer e ser feliz. Não mais suporto a pressão que me submete, nem a
insaciabilidade que me queima interiormente, buscando novos e sórdidos
comportamentos. O cansaço asfixia-me e o horror de mim mesma toma proporções
com as quais já não posso conviver. Aspiro por novos comportamentos, necessito
libertar-me da luxúria, da sensualidade perversa que me destrói. É
demasiadamente alto o preço de cada comportamento desditoso, infelicitando vidas
infantis que estertoram no meu regaço, enquanto a perversão me consome sem
cessar...”. Em seguida, acusada diretamente pelo marquês pelos seus desmandos,
ela declarou: “Não me escuso à responsabilidade nem a nego. No entanto, estou
cansada de luta intérmina e inglória. O domínio que a sua mente exerce sobre
mim, levando-me sempre de retorno à cidade, é o que desejo romper, para poder
avançar com menos dificuldade e menor pressão emocional. Liberte-me, por favor,
da sua hipnose destruidora!” (Obra citada, capítulo 16: O reencontro.)
91. O marquês de
Sade comoveu-se com o desabafo sincero feito por Madame X?
Não. Ele manteve a
arrogância habitual e fez ironia com relação àquele encontro, que ele chamou de
“tribunal ridículo”. Quanto à sua responsabilidade nos atos que praticou, disse
que apenas fez o que achou melhor para si e para todos aqueles que desejavam
uma vida de prazer e não tinham coragem de realizá-la. “Eu apenas direcionei-os
para o que sempre desejaram. Gênio, que sempre fui, soube cercar-me de amigos e
cooperadores que me compartiam as experiências e se extasiavam com as mesmas.
Por isso, a justiça, sempre corrupta, não conseguiu vencer-me.” (Obra citada,
capítulo 16: O reencontro.)
Observação:
Para acessar a parte 12 deste estudo, publicada na semana
passada, clique aqui: https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2023/02/blog-post_06.html
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