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quinta-feira, 11 de julho de 2024

 




CINCO-MARIAS

 

Filho único

 

EUGÊNIA PICKINA

eugeniapickina@gmail.com



A minha infância de menina sozinha deu-me duas coisas que parecem negativas, e foram sempre positivas para mim: silêncio e solidão. Cecília Meireles

 

É cada vez mais comum encontrarmos pais que decidem ter apenas um filho e, ainda hoje, são questionados por essa decisão. Mas será que ter irmãos é fundamental para o desenvolvimento de uma criança?

O ambiente familiar tem influência na formação da criança, afetando os pais, seus exemplos, a maneira como ela construirá seus vínculos e relacionamentos.

Obviamente, no dia a dia, a convivência com outras crianças é extremamente importante, pois é através dessas relações que a criança se percebe como indivíduo, aprende sobre tolerância, frustrações, diferenças, amizade, cooperação, a força da reconciliação...

Na infância, a interação com o grupo, sobretudo promovido pela escola e pelo convívio com os parentes (primos de idade similar), poderá dar à criança lições de empatia, gentileza, carinho, o que substitui, na prática, o aprendizado na relação com os irmãos.

O que é importante para o filho único?

Sem esquecer que crianças aprendem pelo exemplo, seja ele bom ou ruim, para o filho único é importante vivenciar em casa amor e atenção, ou seja, dispor de um espaço de escuta e acolhimento, tendo a chance de estabelecer vínculos de apego e segurança.

Algumas dicas que ajudam os pais de filho único:

1 - Procurem compensar a excessiva convivência da criança com adultos dando a ela a possibilidade de se relacionar com frequência com outras crianças da mesma idade.

2 - Coloquem seu filho na escola desde pequeno, pois a vida de relação social com outras crianças é um caminho instrutivo fundamental para um filho único.

3 - Tomem cuidado com o excesso de proteção e mimos, principalmente os avós e tios que costumam exagerar na satisfação dos caprichos da criança.

4 - Com a boa intenção de formar um filho independente, muitos pais acabam caindo no erro de serem rígidos demais e às vezes frios no trato com a criança. As mostras de afetividade e presença amorosa são fundamentais para que a criança cresça sadia e confiante. O que deve ser evitado é a superproteção e o sentimentalismo.

 

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Eugênia Pickina é educadora ambiental e terapeuta floral e membro da Asociación Terapia Floral Integrativa (ATFI), situada em Madri, Espanha. Escritora, tem livros infantis publicados pelo Instituto Plantarum, colaborando com o despertar da consciência ambiental junto ao Jardim Botânico Plantarum (Nova Odessa-SP).

Especialista em Filosofia (UEL-PR) e mestre em Direito Político e Econômico (Mackenzie-SP), ministra cursos e palestras sobre educação ambiental em empresas e escolas no estado de São Paulo e no Paraná, onde vive.

Seu contato no Instagram é @eugeniapickina

 

 



 

  

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