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sexta-feira, 18 de outubro de 2024

 



A Caminho da Luz

 

Emmanuel

 

Parte 10

 

Damos prosseguimento ao estudo da obra A Caminho da Luz, de Emmanuel, psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier em 1938 e publicada em 1939 pela Federação Espírita Brasileira.

Este estudo, que tem por base a 15ª edição da obra, é publicado sequencialmente sempre às sextas-feiras neste blog.

A seguir, o texto e as questões de hoje.

 

Texto-base para leitura e reflexão

 

164. Antes da criação do Papado, em 607, as forças espirituais se viram compelidas a um grande esforço no combate contra as sombras que ameaçavam todas as consciências, e muitos emissários do Alto se encarnam entre as falanges católicas no intuito de regenerar os costumes da Igreja. (P. 149)

165. Entre esses missionários, veio aquele que se chamou Maomé, nascido em Meca no ano de 570. Filho da tribo dos Coraixitas, sua missão era reunir todas as tribos árabes sob a luz dos ensinos cristãos, de modo a organizar-se na Ásia um movimento forte de restauração do Evangelho, em oposição aos abusos romanos. (P. 150)

166. Maomé não consegue, porém, resistir ao assédio dos Espíritos da Sombra e trai nobres obrigações espirituais com suas fraquezas. É por isso que o missionário do Islã deixa entrever, em seus ensinos, flagrantes contradições: a par do perfume cristão que se evola de muitas das suas lições, há nelas um espírito belicoso, de violência, de imposição. (P. 150)

167. Por essa razão o Islamismo, que poderia representar um grande movimento de restauração do ensino de Jesus, corrigindo os desvios do Papado nascente, assinalou mais uma vitória das Trevas contra a Luz e cujas raízes era preciso extirpar. (PP. 150 e 151)

168. Quando Maomé regressou ao plano espiritual, toda a Arábia estava submetida à sua doutrina, pela força da espada, e todavia os seus continuadores não se deram por satisfeitos, iniciando no exterior as chamadas "guerras santas", subjugando toda a África setentrional no fim do século VII e estabelecendo-se, no início do século VIII, na Espanha. (P. 151)

169. Depois desses acontecimentos, Jesus permite a reencarnação de um dos mais nobres imperadores romanos: Carlos Magno, o verdadeiro reorganizador dos elementos dispersos para a fundação do mundo ocidental. (PP. 151 e 152)

170. No reinado de 46 anos, Carlos Magno, apesar de quase analfabeto, intensificou a cultura e corrigiu defeitos administrativos que imperavam entre os povos desorganizados da Europa, mas o império por ele organizado teria escassa duração. (PP. 152 e 153)

171. Do século VIII até o século XII, o feudalismo se estende pela Europa, figurando-se ao estudioso da História como um retrocesso de toda a civilização. A unidade política desaparece; a propriedade individual jamais alcançou tamanha importância; nunca a servidão moral ganhou tão forte impulso. Evidentemente, as lutas fratricidas, com semelhante regime, tiveram campo largo no território europeu. (P. 153)

172. Esse regime é, todavia, facilmente explicável. A missão de Carlos Magno, organizada pelo plano espiritual, não teve o resultado esperado, em virtude do endurecimento da maioria dos corações; por isso, as autoridades espirituais, sob a égide do Cristo, renovaram os processos educativos do mundo europeu, chamando todos os homens para a vida no campo, a fim de aprenderem melhor, no trato da terra e no contato da Natureza. (P. 154)

173. Apesar de seus numerosos desvios, nunca o Catolicismo foi de todo abandonado pelas potências do bem, no mundo espiritual. (P. 155)

174. Como os vários imperadores dispunham da Igreja de acordo com os seus caprichos pessoais, transformando a sede do Catolicismo em vasto mercado de títulos nobiliárquicos de toda a espécie, a instituição católica trabalhou para libertar-se de semelhante tutela, o que se conseguiu depois do papa Estêvão II, em 756, com a organização do chamado Patrimônio de São Pedro. (P. 156)

175. Mas a situação de descalabro moral prosseguiu até depois do século X, quando os Apóstolos do Senhor, deplorando semelhantes espetáculos de indigência espiritual, promovem a reencarnação de numerosos auxiliares da tarefa remissora. (P. 156)

176. Foi assim que surge a figura de Hildebrando, conhecido como Gregório VII, que se destacou por sua fé e pela sinceridade que lhe caracterizaram as atitudes. Eleito papa, reconheceu ele que as primeiras providências que lhe competiam eram as do combate ao simonismo no seio da Igreja e a recondução desta ao verdadeiro Cristianismo. (PP. 156 e 157)

177. Instalada nas suas imensas riquezas e dispondo de todo o poder e autoridade, a Igreja poucas vezes compreendeu a tarefa de amor, que competia à sua missão educativa. (P. 157)

178. Habituada a mandar sem restrições, muitas vezes recebeu as advertências de Jesus à conta de heresias condenáveis, que era preciso combater e profligar. (P. 157)

179. As exortações do Alto se faziam sentir também fora do ambiente religioso, evidenciando o efeito dos exemplos do Cristo na sociedade, como ilustra muito bem o caso de Pedro de Vaux, de Lião, que se despojou de todos os bens em favor dos pobres e necessitados. Evidentemente, os valdenses foram excomungados pelo arcebispo local e depois, em 1185, pelo papa. (P. 158)

180. As perseguições aos chamados "hereges" e o infeliz projeto corporificado depois na Inquisição preocupavam o mundo espiritual, onde se aprestaram providências e medidas de renovação educativa. Reencarna-se, então, na região da Úmbria, um dos maiores apóstolos de Jesus, que recebeu o nome de Francisco de Assis. (P. 159)

181. Seu exemplo de simplicidade e de amor, de singeleza e de fé, contagiou numerosas criaturas, mas não foi suficiente para converter a Igreja, que não entendeu que a lição trazida por Francisco era para ela mesma. (P. 160)

182. Em 1231 o Tribunal da Inquisição estava consolidado com Gregório IX e a repressão das "heresias" foi o pretexto de sua consolidação na Europa, tornando-se o flagelo e a desdita do mundo inteiro, em nome daquele que é amor, perdão e misericórdia. (P. 161)

183. Obra direta do Papado, de existência injustificável, a ação criminosa e perversa da Inquisição entravou a evolução da Humanidade por mais de seis longos séculos. (P. 161) (Continua no próximo número.)

 

Questões para fixação do estudo

 

A. Qual era a missão de Maomé?

Maomé foi um dos emissários do Alto que se encarnaram entre as falanges católicas antes da criação do Papado, no intuito de regenerar os costumes da Igreja. Nascido em Meca no ano de 570, filho da tribo dos Coraixitas, sua missão era reunir todas as tribos árabes sob a luz dos ensinos cristãos, de modo a organizar-se na Ásia um movimento forte de restauração do Evangelho, em oposição aos abusos romanos. (A Caminho da Luz, pp. 149 e 150.)

B. Quem foi Francisco de Assis?

Nascido na região da Úmbria, Francisco de Assis foi o nome dado a um dos maiores apóstolos de Jesus que reencarnou na Terra com o objetivo de converter a Igreja, mas esta não entendeu que a lição de simplicidade e amor, singeleza e fé, por ele trazida, embora tenha contagiado numerosas criaturas, destinava-se a ela mesma. (Obra citada, pp. 159 e 160.)

C. Em que data se consolidou o Tribunal da Inquisição e que consequências sua ação trouxe para a Humanidade?

Foi em 1231, com Gregório IX, que o Tribunal da Inquisição se consolidou. A repressão das "heresias" foi o pretexto para sua consolidação na Europa, e sua ação tornou-se o flagelo e a desdita do mundo inteiro, além de entravar a evolução da Humanidade por mais de seis longos séculos. (Obra citada, pág. 161.)

 

 

Observação:

Para acessar a Parte 9 deste estudo, publicada na semana passada, clique aqui: https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2024/10/a-caminho-da-luz-emmanuel-parte-9-damos.html

 

 

 

 

 

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