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sexta-feira, 13 de julho de 2012

Os selvagens podem alcançar o paraíso?


Um amigo nos pergunta:
Os Espíritos dos chamados selvagens também estão sujeitos à lei do progresso?
Em caso afirmativo, de que forma eles progredirão?
O assunto foi tratado por Allan Kardec em seu livro A Gênese, cap. XI, itens 32 e 33.
No tocante à primeira pergunta, a resposta é afirmativa.  
Os Espíritos dos selvagens fazem parte também da Humanidade e alcançarão um dia o nível em que se acham seus irmãos mais velhos. Trata-se de um processo lento, mas gradativo.
A resposta à segunda pergunta evidencia a importância da reencarnação, cujo princípio é uma consequência direta e necessária da lei de progresso.
Sem a reencarnação, como se explicaria a diferença que existe entre o presente estado social e os tempos em que prevalecia a barbárie?
Admitindo, contudo, que as almas de agora já viveram em tempos distantes; que possivelmente foram bárbaras como os séculos em que estiveram no mundo, mas que progrediram; que para cada nova existência trazem o que adquiriram nas existências precedentes; que, por conseguinte, as almas dos tempos civilizados não são almas criadas mais perfeitas, mas almas que se aperfeiçoaram por si mesmas com o tempo, teremos a única explicação plausível da causa do progresso social.
É isso que acontecerá com os chamados selvagens, que, a cada encarnação, vão subindo na escala evolutiva, tanto no aspecto moral como no aspecto intelectual, para o que é importantíssimo o contato com outras culturas, contrariamente ao que alguns estudiosos têm dito.
O homem não pode progredir sozinho, vivendo apartado da sociedade. É-lhe fundamental a interação com outros indivíduos. O mesmo ocorre com os selvagens, que não teriam futuro nenhum caso a existência corpórea fosse uma só.

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