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quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Pílulas gramaticais (18)


Dez lembretes que podem ser úteis para quem fala ou escreve:
1. “Havia muitas pessoas no local” e não "Haviam muitas pessoas...”, porque o verbo haver, no sentido de "existir", mantém sempre a forma singular. Em razão disso, devemos dizer sempre: “Houve muitos convidados na festa”, e não “Houveram muitos convidados na festa”. “Pode haver problemas”, e não “Podem haver problemas”.
2.   “A partir de agora vou mudar”, e não “À partir de agora vou mudar”, porque a crase só se compreende quando a palavra que se segue for feminina, esteja ou não oculta. “Partir” é verbo e, portanto, repele o artigo “a”, que forma a crase ao fundir-se com a preposição “a”.
3.   “Isto veio para eu ler”, e não “para mim ler”, porque o pronome pessoal “eu” é o único cabível em construções dessa natureza. Da mesma maneira que ninguém diria: “Isto é para ti fazer”, é impensável dizer: “Isto é para mim fazer”.
4.   Se não houvesse o verbo “ler” na frase mencionada no tópico anterior, aí sim o pronome seria “mim”. Exemplos: “Isto veio para mim”, “Ela enviou esta carta para mim”, da mesma forma que diremos “Isto veio para ti”, “Este e-mail é para ti”.
5.   “Ficamos com um grande dó”, e não “Ficamos com uma grande dó”, porque a palavra “dó” quando feminina significa uma das sete notas musicais.
6.   “Problema” lê-se tal como se escreve: “problema”. Não é poblema nem pobrema, como alguns notórios políticos gostam de falar.
7.   CD-Rom lê-se CD Rom, como pronunciaríamos a palavra Roma sem o “a”. Não é CD-Rum. 
8.   Hall lê-se “ról”, e não “rau” nem “au”.
9.   Em vez de dizer: “Eu vou ESTAR mandando, vou ESTAR passando, vou ESTAR verificando”, como é praxe na fala dos atendentes de telemarketing, digamos de maneira direta e mais simples: “Vou mandar, vou passar, vou verificar”.
10. No uso dos verbos SER e ESTAR no modo subjuntivo, digamos sempre: “Seja o que Deus quiser”, jamais “Seje o que Deus quiser”. Da mesma forma, diga “esteja”, nunca “esteje”.


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