Um amigo
diz-nos que Allan Kardec, quando da publicação de O Livro dos Médiuns, ao definir a obsessão simples, a fascinação e
a subjugação, descartara a hipótese da existência da possessão. Mais tarde, no
livro A Gênese, os Milagres e as
Predições segundo o Espiritismo, cap. XIV, o Codificador voltou ao assunto,
utilizando aí o termo possessão não somente para a atuação malfazeja, mas
também em determinados casos de manifestação dos bons Espíritos.
Em face
disso, pergunta-nos:
· Existe possessão?
· Como interpretar os dois textos (Livro dos
Médiuns x A Gênese)?
· No caso de um bom Espírito, podemos dizer
que se trata da chamada incorporação mencionada por Léon Denis na obra No Invisível?
Quem estuda o
Espiritismo sabe que Kardec mudou de ideia com relação à "possessão",
que ele rejeitou até O Livro dos Médiuns e
depois admitiu claramente em A
Gênese.
Quando
produzida por um mau Espírito – diz o Codificador – a possessão tem todos os
característicos da subjugação, mas, diferentemente desta, a possessão pode ser
produzida por um bom Espírito e, neste caso, pode se aplicar ao fenômeno o nome
de incorporação mencionado por Léon Denis e, décadas mais tarde, por André
Luiz.
A mudança de
pensamento de Kardec deu-se por força dos fatos. Demorou algum tempo para que
ele conhecesse o fenômeno da incorporação, hoje tão conhecido dos que trabalham
na área da mediunidade. Na Revista
Espírita ele alude ao episódio, que muito o impressionou na ocasião.
Sugerimos aos
interessados que leiam, sobre a razão que levou Kardec a mudar de opinião, o
texto publicado na edição 111 da revista O
Consolador, constante da seção Estudando
as obras de Kardec, que nos é possível acessar clicando no link abaixo:
http://www.oconsolador.com.br/ano3/111/estudandoasobrasdekardec.html
http://www.oconsolador.com.br/ano3/111/estudandoasobrasdekardec.html
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