Luz nas chamas
Cyro Costa
Fogo!... Amplia-se a
voz no assombro em que se espalha.
Gritos, alterações...
O tumulto domina.
No templo do
progresso, em garbos de oficina,
O coração se agita, a
vida se estraçalha.
Tanto fogo a luzir é
mística fornalha
E a presença da dor
reflete a lei divina.
Onde a fé se mantém,
a prece descortina
O passado remoto em
longínqua batalha...
Varrem com fogo e
pranto as sombras de outras eras
Combatentes da Cruz
em provações austeras,
Conquanto heróis do
mundo, honrando os tempos idos.
Na Terra o
sofrimento, a angústia, a cinza, a escória...
Mas ouvem-se no Além
os hinos de vitória
Das Milícias do Céu
saudando os redimidos.
O soneto acima foi psicografado
por Chico Xavier por ocasião do incêndio do edifício Joelma, ocorrido em São Paulo (SP) no dia 1º
de fevereiro de 1974, e publicado no cap. 26 do livro Diálogo dos Vivos, obra de autoria de Chico Xavier, J. Herculano
Pires e diversos Espíritos.
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